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Presidente da Femurn revela que 80 prefeituras podem decretar estado de calamidade financeira

A crise financeira enfrentada pelos municípios potiguares levará 80 Prefeituras do Estado a decretar calamidade financeira. A informação foi revelada pelo presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Luciano Santos, durante debate realizado nesta terça-feira (07) na Assembleia Legislativa, em reunião conjunta entre a Comissão de Constituição e Justiça e a de Finanças e Fiscalização. A pauta da discussão girou em torno do projeto que pede a manutenção da alíquota do ICMS em 20% de forma definitiva no RN. A Femurn divulgou uma carta em que confirma a posição da maioria dos prefeitos a favor da medida.

“A nossa posição é resultado de uma votação realizada pelos prefeitos no âmbito da nossa Federação, em que a maioria manifestou-se a favor de apoiarmos a aprovação do referido projeto”, diz trecho do documento. Entre as razões elencadas pela entidade, destaque para o fato das Prefeituras perderem cerca de R$ 175 milhões em arrecadação caso o imposto volte ao patamar de 18% no próximo ano. Além disso, “a atual situação financeira dos municípios, assim como do Estado, não nos permite abrir mão de nenhuma receita, muito menos em monta tão elevada”, completa a carta com foco na defesa da pauta municipalista.

O presidente da Femurn alertou ainda para o fato de que o ICMS será extinto em alguns anos de acordo com a reforma tributária, em debate no Congresso Nacional. E que, quando for implantado o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em todo o país, a repartição do bolo tributário nacional será baseada na sua arrecadação a partir de 2024. “Se o RN estiver com suas receitas reduzidas em face da redução da alíquota modal, seremos prejudicados ‘ad eternum’ pela posição a menor dos nossos patamares de arrecadação”, disse Luciano Santos, que também é prefeito de Lagoa Nova.

Quem também discursou em nome da Femurn foi o ex-secretário estadual de Planejamento, Vágner Araújo, que presta consultoria à entidade. Em suas palavras, enfatizou o fato de que o ICMS está prestes a ser extinto pela reforma tributária, e que o debate importante a ser feito é o fato desta taxa influenciar nos valores que serão repassados ao RN pelos próximos 50 anos.

A abertura do encontro contou com pronunciamento do secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier. O gestor fez um breve resumo do que levou o Executivo a propor o aumento do ICMS no ano passado e destacou a importância de se manter o percentual de 20% para 2024. “Não estamos tratando da viabilidade do governo Fátima Bezerra, mas da viabilidade financeira do RN nos próximos 50 anos. A reforma tributária traz que nos próximos 4 anos serão parametrizados a participação de cada estado no bolo tributário nas próximas 5 décadas. Não podemos ficar com alíquota de 18% enquanto demais estados do Nordeste com mais de 20%. Nossa participação do bolo tributário vai ficar comprometida”, alertou.

Os representantes das entidades do setor produtivo também marcaram presença no debate. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-RN), Marcelo Queiroz, apresentou um estudo durante o encontro onde expôs que o setor varejista teve seu crescimento reduzido e encontra-se estagnado no último trimestre desde que entrou em vigor o ICMS de 20%. Antes desse período, mostra o estudo, o setor estava entre os que mais cresciam no país. “A realidade é realmente grave, o diagnóstico está correto. Porém, precisamos discutir o remédio proposto e seus efeitos para a sociedade. O aumento do modal do ICMS não irá resolver o problema”, disse.

De acordo com a Fecomércio-RN, a arrecadação do ICMS no Estado vem tendo crescimento durante os meses de 2023 graças ao valor fixo cobrado em cima do litro de combustível que passou a ser de R$ 1,22. “Essa é a origem dos recordes de arrecadação no Estado. O aumento do imposto fez o setor terciário ter forte queda, especialmente no comércio. Passamos de crescimento de 4,4% em março e estagnamos em 1,7% no acumulado de agosto. Um dos piores desempenhos do país”, completou.

“Reconhecemos esforços do Executivo em equilibrar as finanças, mas entendemos que ações não podem ser pontuais. Aumento de tributos não são a única nem a melhor saída. O diagnóstico é duro, mas discordamos do remédio. A melhor maneira de melhorar arrecadação, é fortalecer economia. Somente com economia forte, teremos estado que será bom para todos os atores da sociedade”, finalizou Marcelo Queiroz.

Para o presidente da Fiern, Roberto Serquiz, estamos diante de dois cenários e conceitos “Temos realidade do Estado, onde há realmente um colapso do ponto de vista fiscal e financeiro. Não é coisa nova. Mas uma coisa não foi resolvida, a capacidade de investimento do estado que continua comprometida. Com essa capacidade de investimento retraída, o estado tem infraestrutura precária e que não favorece ao desenvolvimento. Não temos porto, aeroporto sonolento, não temos estradas. Nós temos de um lado arrecadação, e um gasto e peso grande do Estado. Precisamos atacar a causa. Não adianta só arrecadar matando a fonte” disse.

Presidente da Comissão de Fiscalização e Finanças, o deputado estadual coronel Azevedo (PL) criticou a proposta apresentada pelo Executivo. “Os técnicos estão nos alertando para não cometer o mesmo erro. ‘Não façam maldade com o contribuinte’. Não vimos nada para reduzir gastos. É preciso cortar gasto e não o poder de compra do povo”, disse o parlamentar. Já o líder do Governo na Casa, deputado Francisco do PT – presidente da Comissão de Constituição e Justiça -, defendeu a matéria. “Nós precisamos fazer uma reflexão. Não é fácil. Mas, quando faltam recursos, é menos educação e saúde para os mais pobres. O ICMS é uma das principais fontes de recursos para os gestores do RN”, defendeu.

O deputado Gustavo Carvalho (PSDB) cobrou do Governo do Estado a redução da máquina para permitir que o RN possa voltar a crescer. Opinião semelhante a do deputado Luiz Eduardo (SDD), que sugeriu um maior “incentivo ao consumo” para fazer a arrecadação crescer. Já o deputado Dr. Bernardo (PSDB), ressaltou que o maior argumento para impedir a adoção da alíquota de 20% no ICMS, que era a perda de competitividade, “não se mantém”, já que todos os estados nordestinos também ampliaram o mesmo imposto.

Além dos já citados, reunião contou ainda com as presenças dos deputados estaduais Adjuto Dias (MDB), Hermano Morais (PV), Neilton Diógenes (PP), Ubaldo Fernandes (PSDB), Kléber Rodrigues (PSDB), Dr. Kerginaldo (PSDB), Galeno Torquato (PSDB), Divaneide Basílio (PT) e Cristiane Dantas (SDD). Também participaram os secretários estaduais Daniel Cabral (Comunicação), Raimundo Alves (Gabinete Civil) e Guilherme Saldanha (Agricultura).

O encontro ainda contou com o presidente da Federação de Agricultura do Estado (Faern), José Vieira, da Associação de Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA), Matheus Feitosa, José Lucena da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), e Max Fonseca, diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RN).

 

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Femurn rebate deputado de oposição e volta a defender manutenção do ICMS de 20%

O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), o prefeito de Lagoa Nova Luciano Santos (MDB) reagiu aos ataques sofridos a partir de críticas do deputado estadual Tomba Farias (PSDB), um dos expoentes do bolsonarismo na Assembleia Legislativa.

Tomba disse em entrevista à Jovem Pan News que a Femurn está à serviço do governo de Fátima Bezerra (PT).

“Acho que o atual presidente da Femurn está à disposição do Governo Fátima. Ele não é presidente olhando voltado para os municípios. Discute algumas coisas, mas ele é muito ligado a Walter Alves (vice-governador), muito ligado ao governo e está fazendo um papel que não vejo com bons olhos. Eu acho que ele não está defendendo os municípios”*, frisou.

Por meio de nota publicada no site da Femurn, Luciano Santos rebateu a fala de Tomba lembrando que em diversos momentos bateu de frente com a governadora, inclusive organizando protesto na porta da Governadoria em agosto deste ano. “Esta gestão da Federação dos Municípios não foi eleita para defender segmento político A ou B. Caso o fato tenha acontecido preteritamente, na atual gestão não se repetirá em hipótese alguma, seja para agradar deputados, prefeitos ou segmentos corporativos. Todos os gestores têm inclinações partidárias, mas a defesa dos municípios deve ser a única incumbência da Femurn”, argumentou. “Reforçamos que política partidária fica para os prefeitos, deputados e senadores, em momento oportuno, que é o que não se pode extrair da entrevista do ex-prefeito de Santa Cruz, a menos que existam outros interesses no posicionamento”, complementou.

Em seguida, Santos lista alguns posicionamentos adotados pela gestão dele este ano:

-Em divergência e cobrança contra o governo Estadual na pactuação das compensações. Aliás, a compensação só existiu porque representantes políticos, partidariamente, não se insurgiram contra a lei aprovada no governo federal anterior, que violentou a autonomia dos municípios ao retirar recursos pela redução da alíquota do ICMS;

– Manifestação em frente a governadoria para cobrar o repasse referente a ação no STF, que deu ganho de causa aos Estados derivado da redução do ICMS, feito pelo governo federal anterior. Os municípios tinham contrapartida que até então, não havia sido repassada;

– Manifestação na assembleia legislativa em defesa do FPM, com várias pautas definidas através da defesa de várias PECs e PLs, aprovando projetos de lei no congresso, inclusive com participação dos deputados estaduais no ato;

– Luta pela compensação do patrimônio público danificado nos municípios no episódio criminoso de ataque às instituições no início de 2023;

– Seguimos em defesa da manutenção da alíquota de 20% do ICMS, como forma de superar a crise que vivenciam os municípios brasileiros e em especial, os do Rio Grande do Norte;

– Ressalta-se que restabelecida a autonomia orçamentária, preconizamos o imediato retorno da alíquota ao patamar anterior;

– Defesa e cobrança contra o Governo do Estado referente a compensação do convênio GovRN x COSERN, em que a cota parte dos municípios não foi repassada, pauta esta, aberta e em diálogo com os entes envolvidos.

Em seguida Santos mandou um recado a Tomba e aos demais deputados de oposição para colocar os interesses dos municípios em primeiro lugar. “Para restaurar a verdade, a gestão da Femurn ressalta que esse é o momento de nossos representantes políticos, em todos os âmbitos, trabalharem para dar maior autonomia aos municípios, o que rogamos que seja feito. Política ideológica partidária, fica para o momento que essa atuação for relevante para quem assim age e não neste momento”, frisou. “Certo é que os cidadãos, em todos as cidades do Rio Grande do Norte, precisam de suporte para ações na saúde, educação, assistência, infraestrutura urbana e vários outros setores que, em primeiro momento, são executadas pelos municípios e para isso são necessários recursos. Com o devido respeito, não é hora e nem nunca será, do quanto pior melhor”, complementou.

*Aspas extraídas do Portal Agora RN.

Nota do Blog: Tomba foi intelectualmente desonesto na crítica a Luciano Santos que chegou a ser alvo de críticas desta página por exagerar na dureza com a governadora durante a crise do mês de agosto. O presidente da Femurn está certo em defender a alíquota de 20% do ICMS porque isso é de interesse dos municípios, quem está errado é Tomba que se diz municipalista e trabalha para que as prefeituras fiquem com menos recursos.

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Assembleia reúne mais de 70 prefeitos e bancada federal para fechar apoio a projeto que amplia o FPM

O presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), prestou solidariedade e declarou apoio irrestrito aos prefeitos Norte-Rio-Grandenses durante reunião realizada na manhã desta segunda-feira (18), com objetivo de solicitar apoio dos parlamentares ao aumento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O encontro reuniu mais de 70 prefeitos, além de deputados estaduais, federais, senador, prefeitos e presidentes de associações que representam os gestores municipais na sede do Legislativo estadual.

“Os prefeitos do Rio Grande do Norte têm, desta Casa Legislativa, apoio absolutamente irrestrito. Sabemos das dificuldades dos municípios e estamos aqui para dar as mãos e fazer um apelo à bancada federal para que todos possam se somar nessa luta, que é a luta municipalista e, não tenho dúvidas, que a bancada federal está aqui para hipotecar essa solidariedade e apoio. Todos nós sabemos que a vida acontece nos municípios”, afirmou.

Na oportunidade, Ezequiel Ferreira anunciou que as emendas dos deputados estaduais destinadas aos municípios e que estavam atrasadas, estão sendo liberadas desde sexta-feira passada. “Diante de uma negociação feita, começaram a ser liberadas. Temos o compromisso de fazer essas emendas chegarem aos municípios até o final deste mês, valores na ordem de R$ 1 milhão de cada deputado. Esse foi o compromisso assumido e o restante será pago até o final do ano”, destacou.

A bancada federal foi representada pelo senador Rogério Marinho (PL) e pelos deputados federais Sargento Gonçalves (PL), Benes Leocádio (União), Robinson Faria (PL) e Paulinho Freire (União). “É o sentimento de solidariedade que nos une. Por isso, estaremos irmanados, buscando soluções de curto prazo para resolver questões emergenciais, mas lembrando que a questão estrutural de médio e longo prazo, só poderá mudar se o Governo Federal mudar a forma que está tratando a economia no país”, declarou Rogério Marinho.

O discurso de união e reconhecimento da importância de se dar condições administrativas para os municípios foi comum na fala de todos os representantes da bancada federal potiguar. “A bancada federal está 100% unida, independente de partido. Nossa ideologia é o RN”, disse Robinson Faria. Já o deputado federal Sargento Gonçalves chamou atenção para propostas apresentadas que, muitas vezes, segundo ele, contém aumento de tributos. “Eu voto pelo povo”, disse. Os deputados federais Benes Leocádio e Paulinho Freire também contribuíram com suas explanações.

Durante a reunião, o presidente da Femurn, Luciano Santos, esclareceu que os repasses feitos aos municípios foram reajustados mas a questão, ressaltou, é que “o aumento não acompanha as despesas que prefeitos e prefeitas abraçam com seus municípios”. E destacou insumos que tiveram aumento de 100% a 200%, além do reajustes de salários, como dos professores, por exemplo. “Estamos pedindo condições de administrar os municípios para atender as pessoas. Queremos que os municípios estejam fortes para que nossas cidades possam crescer e oferecer os serviços essenciais”, disse.

Também estiveram presentes os deputados estaduais Cristiane Dantas (SDD), Luiz Eduardo (SDD), Ubaldo Fernandes (PSDB), Isolda Dantas (PT), Francisco do PT, Tomba Farias (PSDB), Dr. Bernardo (PSDB), Dr. Kerginaldo (PSDB), Taveira Júnior (União), Kleber Rodrigues (PSDB), Terezinha Maia (PL) e George Soares (PV).

O encontro ainda teve a participação de mais de 70 prefeitos e presidentes de associações que representam os gestores municipais.

Entenda

A solicitação dos prefeitos pelo aumento do FPM é uma pauta nacional dos municípios brasileiros. O Fundo de Participação dos Municípios registrou uma queda de 11,7% neste mês de agosto. Esse declínio, destacam os prefeitos, tem levado a crises financeiras enfrentadas diante da comprovação de diminuição de arrecadação oriunda da oscilação do FPM.

Dentre as pautas de reivindicações apresentadas destacam-se a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 25/2022, que propõe o aumento de 1,5 ponto percentual no FPM, passando de 22,5% para 24%, e o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 98/2023, que busca excluir da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) a contabilização do gasto com pessoal de empresas terceirizadas. Além disso, a discussão sobre a Reforma Tributária Nacional também integra as pautas de reivindicação dos prefeitos.

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Ao tentar desmentir Lula com base em premissa falsa, Femurn mostra mais uma vez que está focada em fazer oposição ao PT em vez de defender os municípios

Esta semana a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) deu mais uma demonstração de que segue como uma entidade aparelhada pelo bolsonarismo potiguar tendo como foco principal fazer oposição ao PT e não a defesa dos interesses das prefeituras.

Enquanto se silencia sobre votos contrários de deputados e senadores de direita e extrema-direita contra a antecipação da compensação do ICMS e o voto de qualidade do CARF, a entidade criou uma falsa polêmica em relação aos anúncios positivos para os municípios feitos pelo presidente Lula da Silva (PT) esta semana.

Lula anunciou que o pagamento da segunda parcela da compensação pelas perdas do ICMS, provocadas pelas medidas eleitoreiras de Jair Bolsonaro no ano passado, seria antecipado de 2024 para 2023. Ele também informou haveria um aporte extra para garantir que as perdas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) não fique menor do que o de 2022. O repasse é vinculado a arrecadação do Imposto de Renda e IPI e passou por uma osculação negativa em julho e agosto, apesar da alta acumulada ao longo do ano.

Em nota o prefeito de Lagoa Nova e presidente da Femurn, Luciano Santos (MDB), ficou incomodado com a expressão “recurso extra”. “Nada de novo foi esse anúncio do Governo Federal para os municípios aqui do Rio Grande do Norte. Esses R$ 277,2 milhões anunciados, na verdade, se tratam daquela compensação da Lei nº 192 e 194/2022, onde os municípios do Rio Grande do Norte tem 25% desse montante”, diz Luciano.

O argumento não se sustenta porque a antecipação da compensação do ICMS que seria pago em 2024 será em 2023.

Detalhe: os deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, votaram recentemente contra a urgência de uma proposta que versa sobre o pagamento de compensações do ICMS que garantem mais R$ 20 milhões este ano e R$ 40 milhões em 2024 aos municípios potiguares. A Femurn não se manifestou.

A Femurn também tentou tratar como “não novidade” a notícia de que haverá dinheiro extra para evitar perdas provocadas pela oscilação do FPM, evitando que o saldo fique negativo em relação ao ano passado. Não havia previsão desse montante, então temos um fato novo sim.

A Femurn sempre é rápida para criticar o presidente Lula e a governadora Fátima Bezerra (PT). Mas fingiu que os deputados federais do PL Gonçalves, Girão e João Maia não votaram contra o voto de qualidade do Carf. Mesma postura adotada pelos senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PODE).

Por sorte a proposta passou e, segundo estimativas do Instituto Justiça Fiscal, deve reforçar em R$ 1 bilhão o FPM dos municípios potiguares.

Há duas semanas a Femurn emitiu nota lamentando a queda acumulada de 39% dos royalties do petróleo no RN, omitindo o peso das vendas dos ativos da Petrobras. A alíquota dos repasses das empresas privadas é de 5%, a estatal pagava 7,5%. Parece pouco, mas isso significa milhões nos cofres municipais de prefeituras minúsculas.

A Femurn trata seus algozes como aliados.

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Femurn minimiza anúncio feito pelo presidente Lula: “não estamos falando de uma verba extra”

O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) Luciano Santos (MDB) se manifestou por meio de nota minimizando o anúncio do presidente Lula da Silva (PT) de que seriam enviados recursos extras às prefeituras para compensar as perdas nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) nos meses de julho e agosto.

Segundo Luciano já eram recursos acertados para compensar perdas anteriores. Para o presidente da Femurn se trata de uma reposição.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) vem à público esclarecer matéria publicada em vários portais e jornais no dia de hoje (12), referente à uma verba extra para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), no intuito de compensar perdas dessa modalidade de transferência constitucional percebida pelos municípios, notadamente, os norte-rio-grandenses.

Esse aludido ‘recurso extra’, trata-se na verdade, de uma compensação já discutida e acordada entre o governo federal e os estados, com quota parte dos municípios. Em alguns estados, esses valores não estavam sendo pagos. No nosso caso, no Rio Grande do Norte, o Governo do Estado já iniciou o pagamento há 3 meses. Ao lado do Rio Grande do Norte, já estavam transferindo esses recursos aos municípios, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Todos os outros estados não vinham pagando a compensação gerada pelas leis 192 e 194/2022. É importante ressaltar que quando falamos de ‘compensação’, não estamos falando de uma verba extra, mas sim, de ‘reposição’ a valores não transferidos por ocasião de uma ação governamental que gerou redução de repasses aos municípios para que cumprissem suas obrigações constitucionais.

Segundo o Presidente da Femurn: ‘Nada de novo foi esse anúncio do Governo Federal para os municípios aqui do Rio Grande do Norte. Esses R$ 277,2 milhões anunciados, na verdade, se tratam daquela compensação da Lei nº 192 e 194/2022, onde os municípios do Rio Grande do Norte tem 25% desse montante’, disse Luciano Santos.

A Governadora Fátima já vem cumprindo esse parcelamento, já vem repassando para os municípios e até agora nenhuma tratativa nova de dinheiro extra para os municípios do Rio Grande do Norte.

Portanto, os valores citados como sendo destinados ao Rio Grande do Norte que supostamente beneficiariam os municípios, na realidade, irão compor o Tesouro Estadual, o que claro é muitíssimo bem-vindo, mas não significam nenhum centavo de real a mais para os cofres municipais”.

Nota do Blog: a Femurn correu para rebater o presidente Lula, mas não viu problema nos recentes votos contrários dos deputados federais Sargento Gonçalves, General Girão e João Maia (todos do PL) e dos senadores Rogério Marinho (PL) e do senador Styvenson Valentim (PODE) a projetos que garantem mais recursos para os municípios.

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Governadora fecha acordo com prefeitos para pagamento de dívida do ICMS

O Governo do Estado e a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) chegaram a um acordo para o pagamento de R$ 12,6 milhões da compensação referente à queda de arrecadação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), conforme disposto nas leis complementares federais 192/22 e 194/22, que reduziu as alíquotas incidentes sobre a comercialização dos combustíveis e dos serviços de energia elétrica, telecomunicações e transportes.

Em reunião, realizada na tarde deste quinta-feira (17), ficou acertado que a quitação da compensação será feita em cinco parcelas, conforme acertado anteriormente, sendo que a primeira, no valor de R$ 2,4 milhões, será depositada nesta sexta-feira (18).

“Quero enaltecer esse ambiente de diálogo. Nós criamos o Comitê Interfederativo e lá estão os secretários que representam a governadora. O que não podemos é deixar que se levem essas questões para o terreno da politicagem. O diálogo, marca de nosso governo, é essencial para mantermos esse ambiente de respeito”, disse a governadora Fátima Bezerra.

Aos prefeitos que fazem parte da diretoria da Femurn, Fátima lembrou que o governo já vem pagando aos municípios as cotas-partes de IPVA e ICMS dos valores arrecadados com a cobrança da dívida ativa. “Historicamente, esses repasses nunca tinham sido feitos. Foi um compromisso que assumimos com os prefeitos e estamos cumprindo”, reforçou a governadora.

Sobre o repasse da Farmácia Básica, outro item da pauta da reunião, o governo já vem fazendo o pagamento em dia e, a partir de agora, serão feitos dois repasses mensais – um do mês de competência e outro de um mês em atraso. “Em janeiro quitaremos essa dívida e não haverá mais atrasados do Farmácia Básica no período referente ao governo da professora Fátima Bezerra”, explicou o secretário da Fazendo, Carlos Eduardo Xavier. Quanto à dívida de governos anteriores, o secretário disse que essa questão aguarda uma decisão da justiça, motivo pelo qual não entrou nas discussões da Femurn com o governo.

O presidente da Federação dos Municípios e o presidente de associações regionais consideraram positiva a reunião com a governadora e secretários da área econômica. Luciano Santos, que comanda a Femurn, elogiou o diálogo do governo com as entidades municipalistas. “Entendemos que alguns pontos avançaram no sentido de ajuste de pagamento e esperamos que os municípios consigam reverter a situação difícil em que se encontram.”

“A governadora, pela influência que tem junto ao Governo Federal, poderá ajudar muito aos municípios do Rio Grande do Norte, como por exemplo, na questão do Programa de Aceleração do Crescimento”, disse o prefeito de Currais Novos, Odon Júnior, também presidente do Consórcio Geoparque Seridó.  Marianna Almeida, vice-presidente da Femurn e prefeita de Pau dos Ferros, falou das dificuldades enfrentadas pelos municípios. “Nosso pedido foi de parceria e suporte do Governo do Estado para que as conquistas que os municípios tiveram ao longo dos anos sejam cumpridas, na esperança de que as coisas comecem a fluir e melhorem muito mais.”

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Bolsonarizados, prefeitos que aceitaram calados a redução do ICMS são os mesmos que vão fazer protesto contra Fátima mesmo com acordo firmado

No ano passado este operário da informação ficou com os dedos calejados de escrever e rouco de falar que a Femurn estranhamente aceitava silenciosamente perder arrecadação com a medida eleitoreira do então presidente Jair Bolsonaro (PL) de baixar artificialmente o ICMS dos combustíveis ao arrepio do pacto federativo estabelecido pela Constituição Federal.

Como 25% da arrecadação do ICMS é repassado aos municípios, houve um prejuízo enorme com a medida.

A Femurn não só se calou como o seu então presidente Babá Pereira (PL), prefeito de São Tomé, viu para crê na queda da arrecadação dando apoio a Bolsonaro.

A Femurn, como bem denunciou o Blog do Barreto, foi habilitada para receber recursos do orçamento secreto para distribuir R$ 43,205 milhões, beneficiando politicamente o então candidato ao Senado Rogério Marinho (PL).

Hoje a Femurn, sob o comando do prefeito de Lagoa Nova Luciano Santos (MDB), segue a mesma linha bolsonarizada da entidade. Não que não tenha razão em reclamar a parte das prefeituras na compensação pelas medidas eleitoreiras pagas pelo governo Lula (PT) nem nos outros pontos.

O problema é que houve um acordo firmado em ata na última quinta-feira em que todos os pontos da entidade foram atendidos. Ainda assim, o protesto “municipalista” foi mantido na porta da Governadoria na manhã de hoje.

É radicalismo político à moda bolsonarista com digitais de Rogério Marinho.

A lição dos movimentos sociais é que o protesto se faz necessário quando não se tem diálogo com o poder público. No caso em questão a Femurn até tem razão na cobrança, mas não na insistência no protesto porque houve diálogo seguido de acordo.

É só radicalismo político de quem se calou lá atrás quando não interessava brigar com o presidente.

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Ata da reunião entre Governo e Femurn demonstra que manutenção de protesto de prefeitos é só politicagem

A jornalista Daniela Freire do Novo Notícias revelou a ata da reunião entre o Governo do Estado e a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) em que houve avanços nas negociações com acordos fechados.

Participaram da reunião o prefeito de Lagoa Nova e presidente da Fermurn Luciano Santos, o secretário da fazenda Cadu Xavier e a secretária de planejamento/gestão de projetos Virgínia Ferreira.

O principal ponto já tem entendimento: o Governo vai pagar em seis parcelas os 12.667.324,77,00 equivalente aos 25% recebidos pelo Estado da primeira parcela da compensação pelas perdas no ICMS provocadas pelas medidas eleitoreiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado.

O Governo acatou a proposta da Femurn.

Sobre os atrasos da Farmácia Básica, o Governo propôs o pagamento da parcela atrasada ainda este mês; também ficou combinado de na próxima reunião apresentar uma proposta de pagamento das dívidas relativas ao Programa Estadual de Transporte aos Municípios do Rio Grande do Norte (PETERN).

Com o avanço das negociações e o diálogo o protesto dos prefeitos torna-se desnecessário. Mas ainda assim foi mantido com nova data saindo da segunda-feira para a terça-feira próxima.

A própria Daniela Freire levantou que a insistência da manifestação mesmo com os acordos encaminhados se dá por causa dos prefeitos ligados ao senador Rogério Marinho (PL). Luciano Santos é ligado ao vice-governador Walter Alves (MDB), que tem posado de municipalista nas redes sociais.

O cheiro de politicagem está no ar.

Leia a reportagem de Daniela Lima AQUI.

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Governo acata proposta da Femurn, mas entidade mantém protesto em nova data

O Governo do Estado acatou a proposta da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN) e vai realizar o parcelamento da dívida de R$ 12,5 milhões com as prefeituras a título dos 25% de compensações recebidas do Governo Federal pelas medidas eleitoreiras tomadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado quando alterou alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis.

O Governo recebeu a primeira parcela e não tinha repassado aos municípios.

O secretário estadual da fazenda Carlos Eduardo Xavier informou ao Blog do Barreto que os repasses serão feitos entre agosto e dezembro.

Protesto

Apesar do acordo firmado, a Femurn manteve o protesto, alterando apenas a data. Incialmente seria na segunda-feira, mas diante do ponto facultativo por causa do jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo feminina de futebol, a entidade transferiu a manifestação para terça-feira, às 10h.

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Governo afirma que negocia com Femurn para pagar repasse atrasado do ICMS

Por meio de nota o Governo do Rio Grande do Norte informou ao Blog do Barreto que está negociando com a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) o pagamento de R$ 12,5 milhões às prefeituras correspondentes aos 25% à reposição de perdas pelas medidas eleitoreiras praticadas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado mexendo nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);

“Sobre o repasse dos percentuais do Índice de Participação dos Municípios (IPM) referente ao ICMS, a Secretaria Estadual de Fazenda comunica que já iniciou as tratativas junto à Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), visando uma solução para regularizar as transferências”, diz a nota.

À mídia de Natal, o presidente da Femurn Luciano Santos disse que o Governo vem seguidamente atrasando os repasses e já descumpriu acordos.

Na nota, o Governo alega que a Secretaria Estadual da Fazenda que já apresentou uma proposta. “A Sefaz-RN informa ainda que já foi apresentada uma proposta a fim de equacionar a distribuição da parcela do imposto aos municípios, tendo como premissas o diálogo, a transparência e a responsabilidade”, afirma.

A questão do ICMS será tema da reunião do Comitê Interfederativo, prevista para hoje. Se não tiver acordo a Femurn promete levar mais de 100 prefeitos para protestar na porta da Governadoria, sede do poder executivo estadual no Centro Administrativo.