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Bolsonaristas que bancaram nomeação de Ludimilla se calam após decisão do Consuni/Ufersa

O bolsonarismo que bancou a nomeação daquela ficou em terceiro lugar na eleição da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).

Agora Ludimilla Oliveira está prestes a cair com a aprovação pelo Conselho Universitário (Consuni) por 19 votos a favor e três abstenções. Ela está inabilitada ao cargo de reitora por ter o título de doutora cassado após a comprovação de plágio na tese doutorado.

Nenhuma liderança bolsonarista do Estado manifestou solidariedade à reitora. O deputado federal General Girão (PL) não tocou no assunto em suas redes sociais. O senador Rogério Marinho (PL) idem. O ex-deputado Beto Rosado (PP) seguiu na mesma linha. Eles bancaram a escolha dela e a instalação de uma crise política que dura três anos na Ufersa.

Resta a Ludimilla se apegar ao divino. O problema é que quem vai decidir é o ministro da educação Camilo Santana.

 

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Isolda lembra “muro” de Lula ao afirmar que democracia foi restabelecida na Ufersa

Em uma série de posts no Twitter a deputada estadual Isolda Dantas (PT) associou os 18 anos da transformação da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM) na Universidade Federal do Semiárido (Ufersa) com a decisão do Conselho Universitário de aprovar a destituição da reitora Ludimilla Oliveira que teve o título de reitora cassado por plágio e se tornou inabilitada para a função.

“Hoje, o muro que @LulaOficial veio inaugurar em Mossoró transformando a ESAM em UFERSA, completa 18 anos com mais de 13 mil alunos em 4 campi (Mossoró, Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros), contribuindo grandemente para o desenvolvimento do nosso RN”, lembrou.

“Que o retorno do governo Lula com mais investimentos e a retomada democrática com a destituição da reitora nomeada por Bolsonaro, renovem a força e a autonomia da UFERSA para que siga ampliando os horizontes do povo potiguar. Vida longa à UFERSA!”, complementou.

A continuidade do mandato de Ludimilla agora depende da decisão do ministro da educação Camilo Santana. Se ele optar por assinar a exoneração dela, a reitora cai e o doutor mais antigo é nomeado reitor pró-tempore até que novas eleições sejam realizadas.

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Mineiro sobre destituição de reitora da Ufersa: “é o fim de mais um dos desmandos do ex-presidente que ignorava a democracia”

O deputado federal Fernando Mineiro (PT) comentou a decisão do Conselho Universitário da Universidade Federal Rural do Semiárido (Consuni/Ufersa) que aprovou a destituição da reitora Ludimilla Oliveira após ela ficar inabilitada ao cargo pela cassação do título de doutora após o acatamento da acusação de plágio pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Mineiro lembrou da forma como Ludimilla se tornou reitora sendo nomeada mesmo tendo ficado em terceiro lugar na eleição. “O Conselho da UFERSA decidiu pela destituição da reitora indicada por bolsonaro. Agora cabe ao MEC a decisão definitiva pela destituição. Que seja feita justiça e prevaleça a autonomia universitária. É o fim de mais um dos desmandos do ex-presidente que ignorava a democracia”, escreveu no Twitter”, frisou.

A decisão foi recebeu 19 votos a favor no Consuni e três abstenções. Agora segue para o ministro da educação Camilo Santana decidir se assina a exoneração e nomeia o professor doutor mais antigo como reitor pró-tempore e convoca uma nova eleição para concluir o mandato.

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Reitora de manifesta sobre destituição: “a última palavra vem de Deus”

A reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) Ludimilla Oliveira se manifestou em vídeo postado nas redes sociais a respeito da decisão do Conselho Universitário (Consuni) que aprovou a destituição dela do cargo que será encaminhada para o ministro da educação Camilo Santana.

No vídeo, a reitora disse pede tranquilidade a comunidade acadêmica e lembra que a questão também está judicializada (mas omite que ela já sofreu derrota na primeira tentativa de barrar a anulação do título de doutora). “Uma coisa muito importante: a reitora permanece reitora. Essa história permanece muito longe do ponto final”, frisou.

“Conte com nosso apoio, contem com nosso zelo e a última palavra vem de Deus”, concluiu.

Apesar da fala dela a decisão final a respeito da resolução do Consuni será do ministro Camilo Santana a quem cabe assinar ou não a exoneração dela do cargo. Caso siga a decisão do colegiado a tendência é que o doutor mais antigo assuma o cargo com prazo de 90 dias para convocar novas eleições.

Ludimilla perdeu o título de doutora após ter denúncia de plágio acatada por uma comissão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e sem o título ela fica impedida de exercer a função.

Assista o vídeo:

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Agora é com o MEC! Consuni da Ufersa aprova parecer que pede destituição de Ludmilla Oliveira

Acaba de ser encerrada a reunião do Conselho Universitário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), para apreciação e deliberação sobre o relatório expedido pela Comissão instituída pela Resolução 58/2023, acerca da proposta de destituição da servidora Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira do cargo de Reitora da universidade.

Com 19 votos favoráveis e 3 abstenções, o relatório da Comissão que defende a destituição de Ludmilla. Agora, o parecer será enviado ao Ministério da Educação (MEC) que é quem decide em definitivo sobre a retirada da docente do cargo de Reitora.

Entenda a história – O parecer apreciado na tarde de hoje (31) foi formulado por uma comissão de docentes, discentes, e técnicos administrativos acatou a decisão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) que tinha cassado o título de doutora de Ludimilla Oliveira após a constatação pela Comissão de Processo Administrativo Disciplinar (CPAD) de que a tese a tese “De repente, tudo mudou de lugar: Refletindo sobre a metamorfose urbana e gentrificação em Mossoró-RN” teria copiado trechos sem o devido crédito das dissertações de mestrado “O processo de urbanização da Cidade de Mossoró: Dos processos históricos à estrutura urbana atual”, de Karisa Lorena Carmo Barbosa Pinheiro, e a “Expansão Urbana de Mossoró – Período de 1980 a 2004”, de Aristotelina Pereira Barreto Rocha. A decisão assinada pelo reitor Daniel Diniz foi respaldada em liminar negada pelo juiz da 1ª Vara Federal de Natal Magnus Augusto Costa Delgado, que entrou no mérito descartando má fé na decisão administrativa.

Sem o título de doutora Ludimilla deixa de preencher um dos requisitos para o cargo de reitora daí a necessidade de destituí-la.

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Comissão da Ufersa recomenda destituição de Ludmilla Serafim do cargo de Reitora

A Comissão formada em reunião do Conselho Universitário da Universidade Federal Rural do Semiárido (Consuni/Ufersa) no dia 27 de junho para avaliar pedido de destituição da reitora Ludmilla Oliveira, publicou suas conclusões por meio do Parecer Nº 371/2023, divulgado ontem (24).

Segundo as análises apresentadas no documento, a Comissão recomendou que, diante da perda do título de doutora (Veja mais sobre isso AQUI), Ludmila tenha sua nomeação anulada. Foi recomendado que o Consuni envie ofício para o Ministério da Educação (MEC), que é quem tem competência para destituição da docente.

“a expedição de ofício ao Ministro de Estado da Educação para, no exercício da autotutela administrativa, adoção de providências com vistas à: anulação do Decreto de 21 de agosto de 2020, publicado na Edição: 161- A, Seção: 2 – Extra, Página: 1, do Diário Oficial da União, que nomeou, a partir de 30 de agosto de 2020, LUDIMILLA CARVALHO SERAFIM DE OLIVEIRA, Professora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, para exercer o cargo de Reitora da referida Universidade (…)”, sugere a comissão.

Pro tempore –  A Comissão também recomendou que o Consuni nomeie o professor ou professora na ativa mais antigo da instituição, que possua doutorado, ao cargo de reitor ou reitora pro tempore e  que no prazo de até 60 dias seja enviada uma nova lista tríplice ao Governo Federal para cumprimento do mandato de quatro anos.

Pro tempore (“por um tempo”, em latim) é uma expressão de origem latina que se pode traduzir por temporariamente ou por enquanto. É utilizada na linguagem comum para indicar uma situação transitória.

“nomeação do(a) professor(a) doutor(a) mais antigo(a) no quadro da Instituição como Reitor pro tempore, cometendo-lhe a incumbência de no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de vacância, organizar a lista tríplice para Reitor(a) e Vice-Reitor(a), para cumprimento de mandato de 4 (quatro) anos, na forma do art. 61 do Regimento Interno e do art. 7º, do Decreto nº 1.916, de 23 de maio de 1996” destaca a Comissão.

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Crise política da Ufersa é consequência do desprezo de Bolsonaro pela democracia

Se rito das regras não escritas da democracia fosse respeitado a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) estaria vivendo dias de calmaria como na maioria das instituições de ensino superior.

Mas o então presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu em 2020 não respeitar a vontade da comunidade acadêmica ufersiana que elegeu Rodrigo Codes reitor.

Bolsonaro preferiu a terceira colocada Ludimilla Oliveira. “Terrivelmente evangélica” e com um vice bolsonarista, o professor Roberto Pordeus, ela preenchia os requisitos políticos do critério do então presidente e estava respaldada pela lei, que estabelece qualquer integrante da lista tríplice pode ser nomeado.

A chegada de Ludimilla foi tumultuada e no tumulto se manteve pelos três anos seguintes. Some-se a isso o perfil da reitora não contribuiu para apagar a fervura no caldeirão que se tornou a Ufersa. Ela preferiu dobrar a aposta e jogar álcool flambando a crise.

A denúncia de plágio na tese de doutorado andou e no início de junho se converteu em anulação do título de doutora. Sem a titulação, Ludimilla está inapta para o cargo e agora enfrenta um processo de destituição.

Se não tivesse assumido um cargo sem a legitimidade do voto, a reitora estaria hoje dando suas aulas e longe da execração pública. Exposta graças a tecnologia de 2022 que facilita a identificação de plágio, o que foi feito em 2010 foi descoberto.

O que aconteceu na Ufersa talvez seja um exemplo extremo do que houve em outras universidades onde o mais votado não foi nomeado, quebrando uma tradição na democracia brasileira.

O desprezo de Bolsonaro pelas universidades é a raiz da crise na Ufersa.

 

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Despacho de reitor informa que não cabe mais recurso administrativo para Ludimilla Oliveira

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) José Daniel Diniz assinou despacho na tarde desta quinta-feira, 29, rejeitando mais um recurso da reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) Ludimilla Oliveira, que tenta reverter a anulação do título de doutora após denúncia de plágio.

“Obstando o remanejo do mérito, o Recurso Administrativo interposto não pode ser conhecido, uma vez que a esfera administrativa foi exaurida quando da prolação do Despacho Decisório nº 53/2023-GAB, que julgou o Pedido de Reconsideração da Recorrente”, escreveu o reitor.

“No caso em tela, observa-se que já houve o julgamento do Processo Administrativo Disciplinar Discente (Despacho Decisório nº 45/2023-GAB, de 02/06/2023) e a apreciação pela Autoridade competente do Pedido de Reconsideração interposto (Despacho Decisório nº 53/2023-GAB, de 21/06/2023), encerrando, assim, a instância recursal administrativa, sem a concessão de qualquer efeito suspensivo”, afirmou em outro trecho.

Agora Ludimilla só pode reverter a situação no judiciário onde já possui uma liminar negada em primeira instância em que o juiz da 1ª Vara Federal de Natal Magnus Augusto Costa Delgado entrou no mérito afirmando não existir indícios de erro teratológico na decisão da UFRN.

Ludimilla enfrenta um processo de destituição promovido pela Associação dos Docentes da Ufersa e pelo DCE da instituição porque a legislação determina que reitores de universidades federais precisam ter doutorado. Foi formada uma comissão e aberto um prazo de 30 dias para se emitir um parecer. Em meio a crise a reitora viajará para Israel no dia 18.

Confira o Despacho Decisório AQUI.

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Com risco de ser destituída, reitora deixa crise de lado e vai a Israel

O Conselho de Administração da Universidade Federal Rural do Semiárido (Consad/Ufersa) aprovou na útilma quarta-feira, 28, o afastamento da reitora Ludimilla Oliveira para ir a Israel no período de 17 a 28 de julho.

Ela vai cumprir agenda na Bem-Gurion Universtiy of The Negev, Arava Institute Eviramental Reaserch e Welzmann Institute respectivamente nas cidades de Tel Aviv, Sedo Boker e Beesheva.

A reitora se afasta do cargo em meio a maior crise política da história da Ufersa em que ela enfrenta um processo de destituição do cargo após ter denúncia de plágio na tese de doutorado acatada por uma comissão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Na última terça-feira, 26, foi formada uma comissão que terá um prazo de 30 dias para apresentar um parecer sobre o pedido de destituição dela do cargo formulado pela Adufersa e DCE.

Como o prazo final para o parecer é 26 de julho e a viagem se encerra no dia 28, a reitora estará fora do país quando o seu futuro for decidido.

Esta é a segunda viagem dela a Israel este ano. Ela esteve no país em janeiro.

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Doutorado da reitora da Ufersa é cassado por plágio

Daniela Freire

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O reitor da UFRN, Daniel Diniz, acolheu hoje o parecer da Procuradoria Jurídica da UFRN sobre o relatório da Comissão de Processo Administrativo que havia emitido despacho pedindo a cassação do título de Doutora da Professora Ludimilla Oliveira, atual Reitora da UFERSA/Mossoró. A acusação – agora constatação – é de que houve plágio em sua tese do Doutorado feito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

O reconhecimento da nulidade desse título de pós- graduação trará certamente graves consequências para a vida acadêmica da professora, sendo a primeira delas a perda do cargo de Reitora. E, possivelmente, a exigência de devolução dos valores extras recebidos em seu contracheque como chefe daquela instituição.

Nos bastidores da instituição, diz-se que o plágio chegou a acometer cerca de 45% da dissertação da professora.

Como aconteceu

Um relatório tinha sido elaborado pela Comissão de Processo Administrativo Disciplinar (CPAD) com despacho enviado ao reitor Daniel Diniz recomendando a anulação do título de doutora conquistado por Ludimilla junto ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com a tese “De repente, tudo mudou de lugar: Refletindo sobre a metamorfose urbana e gentrificação em Mossoró-RN”, que teria sido plagiada da dissertação de mestrado “O processo de urbanização da Cidade de Mossoró: Dos processos históricos à estrutura urbana atual”, de Karisa Lorena Carmo Barbosa Pinheiro. Ela também teria copiado trechos do livro “Expansão Urbana de Mossoró – Período de 1980 a 2004”, de Aristotelina Pereira Barreto Rocha.

Indicada por Bolsonaro

Apesar de ter ficado em terceiro e último lugar na disputa para a Reitoria da Ufersa, com 18,33% dos votos na eleição de 2020, a nomeação de Ludmilla Oliveira foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro durante uma visita dele a Mossoró. Na votação entre servidores e estudantes da Ufersa, Ludmilla ficou atrás dos professores Rodrigo Codes, com 35,55% dos votos; e Jean Berg, com 24,84%.

A nomeação gerou revolta na comunidade acadêmica que, na época, fez uma série de manifestações contra a intervenção federal.