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Governo Federal anuncia R$ 647 milhões para educação no RN

O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 16 de outubro, investimentos de mais de R$ 647 milhões para a educação no estado do Rio Grande do Norte. O aporte se destina a melhorias e a novas construções em institutos e universidades federais, hospitais universitários e escolas da educação básica.

Na cerimônia, o ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também lançou a pedra fundamental de três novos campi do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), nos municípios São Miguel, Touros e Umarizal. Atualmente, o IFRN conta com 23 unidades, sendo 22 campi e um polo de inovação.

“Queremos construir uma nação em que todos tenham as mesmas oportunidades de sonhar e de alcançar um futuro melhor”, disse o presidente. “O investimento que fazemos aqui não é um favor para a população, mas, sim, uma obrigação do Estado em transformar o Brasil em um país mais justo e igualitário, com melhores condições de saúde, infraestrutura, segurança e educação.”

Santana explicou como serão alocados os investimentos no estado. “Os recursos serão destinados para a construção de novas creches, escolas de tempo integral, ônibus e campus de institutos federais no Rio Grande do Norte, de maneira a assegurar o avanço da educação básica e dar mais oportunidades para os jovens, com mais estrutura e condições para a conclusão do ensino. Além disso, parte do investimento será alocado na consolidação e expansão da educação superior”, apontou.

Investimentos 

Por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), o governo federal investirá em expansão e consolidação da educação no Rio Grande do Norte. Serão R$ 108 milhões para as universidades federais e R$ 88,6 milhões para o IFRN. Os repasses contemplarão a construção e ampliação de hospitais universitários, a criação de novos campi do IFRN, bem como a consolidação das unidades existentes.

Além disso, o estado receberá R$ 450 milhões de aporte do Novo PAC para a educação básica. Isso vai custear creches (R$ 181,9 milhões em 41 municípios); escola de tempo integral (R$ 235,3 milhões em 24 municípios); e ônibus escolares (R$ 32,7 milhões em 69 municípios).

Universidades federais 

Ao todo, para melhoria da infraestrutura das universidades federais do Rio Grande do Norte, serão investidos R$ 68 milhões na consolidação. Os recursos beneficiarão a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com R$ 44 milhões, e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), com R$ 24,7 milhões. Além disso, serão repassados R$ 40 milhões para reforma e ampliação de hospitais universitários, entre eles o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN).

Institutos federais 

Dos 100 novos campi de institutos federais que estão sendo financiados pelo Novo PAC, três estão localizados no Rio Grande do Norte. Quando estiverem em funcionamento, essas unidades oferecerão 4,2 mil novas vagas, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio.

O governo estadual está construindo as escolas e as repassará ao IFRN quando estiverem concluídas. As obras estão com mais de 80% de execução. Os novos campi têm investimento estimado de R$ 25 milhões cada, sendo R$ 15 milhões para infraestrutura e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos e mobiliário.

Até 2026, o Ministério da Educação (MEC) terá investido R$ 13,6 milhões para consolidação dos campi existentes do IFRN, com foco nos que ainda não têm infraestrutura completa (restaurantes estudantis, bibliotecas, salas de aula, laboratórios e quadras poliesportivas). Desse montante, de 2023 até o primeiro semestre deste ano, o MEC já repassou R$ 9,1 milhões ao IFRN. Outros R$ 4,5 milhões estão previstos até 2026 para construção de restaurantes estudantis nos Campi Natal Central, Natal Cidade Alta, Parnamirim e Jucurutu, além de uma biblioteca no Campus Natal Cidade Alta.

Participantes

Também estiveram presentes na cerimônia a governadora do estado do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra; o ministro dos Transportes, Renan Filho; o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa; o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; o ministro das Cidades, Jader Filho; o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Walter Alves; o reitor da UFRN, José Daniel Diniz; o presidente da Caixa, Carlos Vieira; o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli; o reitor do IFRN, José Arnóbio; além de parlamentares e outras autoridades governamentais.

Expansão

Universidades federais e hospitais universitários – No dia 10 de junho, o governo federal anunciou o investimento de R$ 5,5 bilhões para a consolidação e a expansão das universidades federais e dos hospitais universitários. O recurso é parte do Novo PAC e será dirigido à criação de dez campi universitários, espalhados pelas cinco regiões do país, e a melhorias na infraestrutura de todas as 69 universidades federais. Além disso, será repassado R$ 1,75 bilhão para realização de obras em 31 hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sendo oito novos.

Institutos federais 

Com intuito de ampliar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica, o governo federal está criando oportunidades para jovens e adultos, especialmente para os mais vulneráveis. Nesse sentido, anunciou em março a criação de 100 campi dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. A iniciativa contempla todas as unidades da Federação, gerando 140 mil novas vagas, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio. Estão sendo investidos R$ 2,5 bilhões na construção dos novos campi e R$ 1,4 bilhão na consolidação dos institutos federais existentes, com foco na construção de restaurantes estudantis, bibliotecas e ampliação de salas de aula e laboratórios.

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MEC investe R$ 9,1 milhões no IFRN

O Ministério da Educação (MEC) repassou mais de R$ 9,1 milhões para o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), em 2023. O montante faz parte da ação de consolidação do Novo Plano de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) do governo federal, melhorando a infraestrutura existente e beneficiando milhares de estudantes. O investimento contempla oito obras, sendo uma já concluída e sete em andamento.

O investimento foi direcionado a diversos campi do IFRN, contemplando a construção de restaurante estudantil em Parnamirim, além de reformas, construções e ampliações nos campi Natal Zona Norte, Mossoró, Natal Zona Leste, Pau dos Ferros e Apodi. As obras estão em andamento. O recurso também foi utilizado na aquisição de usinas fotovoltaicas, equipamentos e mobiliários para diferentes campi.

Consolidação nacional

Até 2026, o governo federal prevê investimento de R$ 1,4 bilhão para a melhoria da infraestrutura das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica: institutos federais (IFs), Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e Colégio Pedro II. O objetivo é fortalecer e ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica pela Rede Federal.

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UnP abre 182 vagas para bolsas do Prouni

O Ministério da Educação (MEC) divulgou edital 2023 do Programa Universidade para Todos (Prouni) para que os candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possam aproveitar a oportunidade de conquistar uma vaga no Ensino Superior.

As inscrições para o Prouni começam no dia 28 de fevereiro e vão até 3 de março. Os resultados serão divulgados entre 7 e 16 de março, na primeira chamada, e também entre 21 e 30 de março, na segunda chamada.

No Rio Grande do Norte, a Universidade Potiguar (UnP) soma mais de 180 vagas em diversos cursos de graduação nas modalidades Presencial e EaD.

Para concorrer a uma vaga, o candidato deve ter obtido nota mínima de 450 pontos na prova do Enem e não ter zerado a redação. Além disso, não pode possuir vínculo com Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e deve ter cursado o Ensino Médio integralmente em instituição pública.

“O Prouni é uma excelente porta de entrada para o Ensino Superior. É a oportunidade de tirar do papel o sonho de ingressar em uma universidade de qualidade, com infraestrutura de ponta, que capacita os futuros profissionais para um mercado de trabalho desafiador e competitivo”, afirma o diretor da UnP, Guilherme Guerra.

Quadro de vagas e cursos

Natal – 120 vagas

Cursos presenciais: Enfermagem, Educação Física, Gestão de Recursos Humanos, Serviço Social, Fisioterapia, Farmácia, Ciências Biológicas, Radiologia, Estética e Cosmética, Fonoaudiologia, Odontologia, Jornalismo, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Produção Audiovisual, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Design de Interiores, Design Gráfico, Gastronomia, Gestão comercial, Marketing, Relações Internacionais, Sistemas de Informação, Cinema e Audiovisual, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Logística.

Cursos EaD: Administração, Gestão de Recursos Humanos e Letras

Mossoró – 62 vagas

Cursos Presenciais: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Design de Interiores, Direito, Enfermagem, Engenharia Mecânica, Fisioterapia, Gestão de Recursos Humanos, Nutrição, Pedagogia, Psicologia, Educação Física e Medicina Veterinária.

Cursos EaD: Gestão de Recursos Humanos, Marketing e Serviço Social.

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Número de vagas do Prouni no RN reduz 36% no RN

Agência Saiba Mais

A assistente social Larissa Carvalho, 24 anos, trabalhava no contra-turno da faculdade para pagar metade da mensalidade do curso na UNI-RN. A outra metade era financiada pelo Programa Universidade Para Todos, que completa 15 anos em 2020. Ela foi beneficiária do ProUni de forma parcial e, nessa dupla jornada, conquistou o diploma do curso de Serviço Social em 2018. A formação de nível superior só foi possível em razão da bolsa do programa federal.

– É com ferramentas como essa que a classe trabalhadora consegue vislumbrar fazer um ensino superior, pois uma parte pequena dessa população consegue se qualificar para atingir as notas da federal. Quem ingressa pelo Prouni ou Fies sente a diferença do que é na federal, que conta com programas de assistência estudantil para alunos de baixa renda. Na particular a gente tem que trabalhar pra conseguir manter os estudos”, conta.

Há pouco mais 15 anos o acesso à educação superior privada não é mais um privilégio garantido apenas para os detentores de maior poder aquisitivo. Em 13 de janeiro de 2005, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionava a lei nº 11.096, que criou o ProUni, com o objetivo de conceder bolsas de estudo integrais e parciais para cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior.

O benefício completa a idade de debutante com oscilações nos números de vagas ofertadas, porém dando seguimento à universalização do ensino superior. No Rio Grande do Norte, houve uma queda de 36,2% no número de vagas no período de 2015 (4.175 bolsas) a 2018 (2.660). De acordo com o Ministério da Educação, no primeiro semestre de 2019, foram disponibilizadas 1.623 oportunidades, entre bolsas parciais e integrais. O MEC não disponibilizou os dados totais do ano passado.

Nacionalmente, o cenário é de crescimento. Nos últimos 5 anos, a oferta de vagas cresceu 26%, com 417 mil em 2018 e 244 mil só no primeiro semestre letivo do ano passado.

O músico e estudante de Direito da Universidade Potiguar (UnP), Vinicius Gabriel, de 19 anos, sente falta das políticas de permanência inexistentes em instituições privadas. Morador do município de Macaíba, região metropolitana de Natal, ele se desloca para a capital todos os dias. “Para mim a única dificuldade é a falta dessa assistência, pois, apesar de não ter gastos com mensalidade, existem gastos com passagens dos quatro ônibus por dia, por exemplo. Mesmo assim, a gente vai se virando como pode”, relata o estudante.

Para a ex-professora da UNP Valéria Credidio, a oportunidade de acesso à educação superior é capaz de mudar as vidas de estudantes de baixa renda. Ela observa que muitos desses estudantes que estão nas instituições através do Prouni são, em boa parte das vezes, os mais atentos e interessados:

“Eles (os alunos) chegam com vontade de aproveitar a chance, apresentam um desempenho melhor até, porque tem nos estudos a possibilidade de mudar suas vidas, um dos meus alunos era gari e super interessado. Uma curiosidade interessante é que os laureados das turmas, frequentemente, são esses alunos bolsistas”, exemplifica.

Além dos critérios de baixa renda, o bom desempenho é requisito para a continuação do aluno no curso.

Quanto à discriminação de classe dentro das salas de aula, a professora diz ainda que nunca notou ou presenciou tais atitudes. “Que eu saiba isso nunca aconteceu, todos os alunos são muito bem tratados tanto pelos colegas quanto pelos professores”, finaliza.

Estudante da mesma instituição, Leonardo Barbosa diz que nunca sofreu diretamente com esse tipo de preconceito, mas não nega que ele exista:

“Nunca cheguei a sofrer com isso mas, já presenciei com alguns amigos de outros cursos mais ‘elitizados’ como Direito e Medicina. Isso não muda o fato de que o ProUni é um programa de extrema importância que ajuda diversas pessoas que sonham em ter um diploma. Assim eu consegui ter oportunidade de crescimento profissional e através da graduação pude me inserir no mercado de trabalho”, diz.

Para os que não querem perder a chance de ingressar na universidade, a temporada 2020 dos três principais programas de acesso à educação superior começa em breve. No próximo dia 17 serão divulgados os resultados do ENEM. No dia 21 abrem as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada, Sisu, e no dia 28 é a vez da abertura de vagas para o ProUni. As inscrições para o FIES serão disponibilizadas em 5 de fevereiro.

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Parlamentares do RN recebem estudo de impacto do bloqueio de recursos das instituições federais

Parlamentares estão munidos de informações e agora irão ao MEC (Foto: Christiano Brito)

As três instituições de ensino superior e técnico do Rio Grande do Norte, afetadas pelo bloqueio de verba anunciado pelo governo federal, apresentaram, nesta segunda-feira (13), o relatório com o impacto local da medida. A reunião foi uma proposição do deputado federal Rafael Motta (PSB), coordenador da bancada potiguar.

Na ocasião, os reitores da UFRN, UFERSA e IFRN apontaram os reflexos do bloqueio de 30% do orçamento. Segundo eles, o corte atingiu em maior parte o custeio, ou seja, a verba destinada à manutenção diária das atividades das instituições, como pagamentos de energia e contratos com terceirizados

“O relatório foi muito bem elaborado e demonstra que são instituições premiadas e reconhecidas pelo seu papel social. E nosso próximo passo agora é mostrar os desdobramentos que esses cortes vão causar no nosso estado”, explica Rafael Motta.

Ângela Maria Paiva Cruz, reitora da UFRN, destacou que, apesar da assistência estudantil não ter sido afetada, outros setores da universidade vão sentir o impacto. “São quase 34% do orçamento de financiamento, manutenção da universidade e mais 44% do capital, ou seja, aquele orçamento dedicado às obras. Então nós temos uma eminência de uma paralisação parcial ou total de muitas atividades”, disse.

Reitor da Ufersa, José de Arimateia pontuou que o corte afeta 26% do funcionamento da instituição e capital ultrapassa os 48%. “Se mantiver o bloqueio, não temos como ultrapassar o mês de setembro”, afirmou ele. Enquanto que o reitor do IFRN, Wyllys Tabosa pontuou que o decreto delimitava R$ 26 milhões corte de custeio dos IF’s. “Nesse contexto, a nossa realidade é tão drástica como a das universidades”, avaliou.

Também participaram da reunião o senador Jean Paul Prates (PT), os deputados federais Natalia Bonavides (PT) e Benes Leocadio (PRB), o vice-governador Antenor Roberto (PCdoB), o deputado Hermano Morais (MDB), além de representantes da OAB-RN e do gabinete do senador Styvenson Valentim (Podemos).

Com o documento em mãos, a bancada vai agora ao Ministério da Educação (MEC), para apresentar os impactos do corte no RN ao ministro.