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Governo do RN afirma que gestão de Bolsonaro atrasou repasses e descumpriu prazos do Pró-moradia, provocando ocupação do MLB

O Governo do Estado emitiu nota em meio a polêmica sobre a ocupação do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) em um prédio público abandonado há 12 anos na Avenida Deodoro da Fonseca em Natal.

A nota explica que a reação resulta de um atraso nos repasses do programa Pró-Moradia ainda no Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Confira a manifestação:

NOTA

O Governo do Estado aguarda tramitação de processo na Caixa Econômica Federal para dar continuidade ao Pró-Moradia, e iniciar a construção das casas em um terreno localizado no bairro Planalto, em Natal, que corresponde a um dos contratos da ação. O programa foi interrompido porque a gestão anterior do governo federal deixou de efetuar os repasses financeiros previstos, afetando diretamente o cumprimento dos prazos firmados com movimentos sociais como o MLB e Prefeitura de Natal.

Os repasses federais foram rapactuados já na atual gestão federal, após empenho do ente estadual para resgatar o contrato e devolver dignidade às famílias em situação de vulnerabilidade, numa força-tarefa entre os jurídicos do Governo do Estado, da Caixa Econômica e do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

O Governo do RN chegou a antecipar sua contrapartida na execução das obras do Pró-Moradia, no estado, enquanto atuava para que gestão federal cumprisse o contrato e liberasse os recursos. O entrave gerado pela gestão federal anterior trouxe efeito direto ao custo final de cada imóvel, incidindo no aumento do valor final das unidades.

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A luta contra a fome incomoda mais que a miséria

As pessoas que passam pano para quem foi a Brasília depredar prédios públicos em nome de um ilegítimo pedido por um golpe de estado porque não aceitaram os resultados das urnas são as mesmas que condenam os manifestantes do MLB que ocuparam um supermercado em Natal em uma manifestação contra a fome em uma luta por doação de cestas básicas.

Os vândalos da democracia recebem apoio e solidariedade. Os manifestantes contra a forme são acusados de serem bandidos mesmo que não tenham quebrado nada.

O que define quem é cada um é a causa. A luta contra a fome incomoda muito mais do que a existência da miséria.

Não é por acaso que os que apoiam os golpistas de 8 de janeiro são os que passaram anos detonando o Bolsa Família e vibraram quando o Policial Militar da Reserva e político inelegível por condenação por parte de arma de uso restrito Wendell Lagartixa foi lá criar confusão.

Depois de tudo ainda teve quem se desse ao trabalho de incendiar o ônibus que transportava os militantes do MLB, mais uma vez sem qualquer manifestação daqueles que costumam chorar nas redes sociais por vidraças de banco quebrada e depredações de estátuas de genocidas.

Lutar contra a fome e justiça social incomoda muito.

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Isolda se compromete em levar debate sobre moradia digna para Assembleia Legislativa

Isolda ouviu reivindicações do MLB (Foto: cedida)

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) se reuniu com integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). No encontro, Isolda se comprometeu em ser favorável ao projeto de lei Despejo Zero, em tramitação na Assembleia Legislativa, e a realizar uma audiência pública para avaliar as políticas de moradia e levantar a urgência por essas políticas com dados de conflitos fundiários.

O projeto de Despejo Zero evita que qualquer despejo e remoções seja realizado durante a pandemia do novo coronavírus. Ele tramita atualmente na Assembleia Legislativa e é importante para a garantia da moradia em um momento de crise sanitária e social, agravado pela pandemia do coronavírus. “Esse assunto vai ser pauta na Assembleia Legislativa, sim. Vamos fazer de tudo para avançar nas políticas sociais de moradia”, afirmou a deputada.

O movimento também entregou à deputada uma carta pelo direito à moradia popular no Rio Grande do Norte, que reivindica a criação de mais políticas de moradia. O MLB destacou o déficit de moradia existente no Rio Grande do Norte que, segundo a Companhia Estadual de Habitação do Governo do Estado (Cehab/RN), chegou a 137 mil. Somente em Natal, são 40 mil. Em paralelo, lembrou os retrocessos no país causados pelo atual governo de Jair Bolsonaro e agravados pela pandemia do coronavírus.

“As promessas de geração de empregos com as reformas trabalhista, previdenciária, com a lei da terceirização e agora com a MP 1045 significam, na realidade, apenas menos direitos e mais pobrezas”, destaca o MLB na carta entregue a Isolda.

Como ação para o mandato, a entidade solicitou a aprovação de programas habitacionais emergenciais que apontem para a diminuição do déficit habitacional. Em resposta, Isolda colocou o mandato à disposição das demandas. “Nosso mandato sempre atuou junto aos movimentos sociais e sabe da importância da pauta da moradia. Na pandemia, vimos a importância de haver moradia digna e segura e estamos atentos a isso”, disse a deputada.

Na Assembleia Legislativa, a deputada tem projetos de lei aprovados que são voltados para a moradia. É o caso da lei que estabelece as mulheres vítimas de violência e chefes de família como prioridade nos programas habitacionais. “Essas mulheres muitas vezes precisam sair de casa quando estão sob violência e não têm onde ir. Esse projeto evita que isso aconteça, evitando que o déficit habitacional aumente”, continuou.

Outras ações do mandato também foram voltadas para a garantia do direito à moradia. Isolda apoiou o processo para a garantia de moradia da Vila Alcanorte, em Macau, que em agosto saiu do papel com o decreto da governadora Fátima Bezerra. A deputada também fez a entrega de cestas básicas em acampamentos rurais e ocupações urbanas durante a pandemia do coronavírus em solidariedade aos moradores, que estavam em situação de vulnerabilidade econômica.