O histórico das nossas forças armadas é marcado pelo autoritarismo e o sentimento de tutela sobre a sociedade que resultou em seis golpes de estado, fora as tentativas fracassadas, como a do último domingo quando bolsonaristas praticaram atos terroristas contra os poderes constituídos.
Já a Polícia Militar, uma força auxiliar do Exército, não tinha um histórico de envolvimento em movimentos sediciosos e a crítica a ela era muito mais pela falta de vocação para a defesa do cidadão, atuando como uma guarda patrimonialista, que não pensa duas vezes antes de atirar em preto e pobre.
Faltava o elo político entre os militares federais e estaduais e esse elo apareceu na figura de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente estimulou a ideologização nos quarteis das PMs pelo Brasil e o resultado configura em situações tensas, sobretudo para governadores progressistas.
Responsável pela segurança ostensiva, a PM bate em estudantes, professores, profissionais de saúde e qualquer outra categoria de trabalhador que ouse se manifestar nas ruas. Mas com os golpistas tiram selfies, apanham sem revidar e no último domingo simplesmente houve policial que assistiu a sedição golpista tomando água de coco.
Aqui no RN até policial servindo de babá de golpista apareceu (ver vídeo abaixo).
A Polícia Militar do RN não só prevarica ao não fazer nada para dispersar os golpistas como ainda os protege. O cidadão levou um baculejo de um PM por fazer chacota com os lunáticos. pic.twitter.com/bD08kUU7Yo
— Bruno Barreto (@Barreto269) November 7, 2022
A imagem da Polícia Militar ficou ainda mais arranhada pelo alinhamento com o bolsonarismo e agora faz companhia as forças armadas na mancha do golpismo e falta de compromisso com a democracia.