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Análise

Pautas para a oposição agir em Mossoró

Enquanto o prefeito Allyson Bezerra (SD) vai dando a reeleição como uma mera formalidade no próximo ano a oposição segue na sua inércia e poderia tomar algumas atitudes para ao menos demonstrar que existe sangue nos olhos entre os seus membros.

Algumas sugestões para os vereadores:

-Audiência pública para debater a aplicação dos recursos dos Finisa;

-Convocar o secretário de infraestrutura para explicar a situação das obras paralisadas;

-Entrar com uma ação na justiça para saber a situação da dívida da prefeitura com a Caern (que não pode revelar os números por questões contratuais);

-Convocar secretário para explicar por que os recursos federais enviados para serem usados em políticas públicas para pessoas em situação de rua foram devolvidos;

-Convocar secretário para explicar por que as obras prometidas para ligar as BRs 110 e 304 ainda não saíram do papel;

-Explorar o não cumprimento da promessa de campanha do prefeito de implantar gestão democrática nas escolas;

-Realizar uma audiência pública sobre a situação do Nogueirão;

São só algumas dicas para ver se a oposição sai da letargia e a política local ganha alguma graça. A gestão de Allyson tem muita conta para prestar e suas versões prevalecem porque a oposição está parada.

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Muita calma nessa hora! Crise com servidores é insuficiente para derrubar popularidade de Allyson

Quem não gosta do estilo de governar do prefeito Allyson Bezerra (SD) enxergou na crise criada pelo próprio burgomestre com os servidores municipais uma possibilidade e derrubar sua popularidade estratosférica.

Allyson tem 86% de aprovação na última pesquisa Seta divulgada pelo Blog do Barreto em outubro do ano passado e o mesmo índice na TS2 apresentada pela TCM em dezembro de 2022.

A única pesquisa de 2023 foi do Instituto Logos, divulgada pelo Blog Diário Político, apresentou 77% de ótimo/bom, um desempenho espetacular.

Com esses números é ilógico acreditar que uma crise isolada derrube a popularidade do prefeito. Ela provocou desgaste, minimizou a agenda positiva do Mossoró Cidade Junina e criou problemas que mais a frente podem gerar consequências como a união dos sindicatos e das oposições. Além do vazamento de informações negativas por parte de efetivos que passaram a ter antipatia pelo prefeito.

Mas para derrubar uma avaliação positiva é necessário um conjunto de fatores. Por enquanto não há, embora considere que a gestão tenha alguns problemas sérios com relação à buraqueira nas vias públicas que vem sendo minimizada com obras pontuais.

Isso é pouco para derrubar a popularidade. A queda da avaliação de um governo costuma ser um processo lento e gradual.

Veja o exemplo do prefeito do Natal Álvaro Dias (Republicanos). Em 2020, ele tinha aprovação de 65% no Instituto Seta. Em maio deste ano ele apareceu  com 33% de avaliação positiva neste mesmo instituto. Foram três anos para ele cair 32 pontos percentuais. Para isso pesaram escândalos de corrupção, crise no transporte público, envolvimento em polêmicas nas eleições do ano passado, enfrentamento com os servidores, buraqueira, crise na saúde e outros problemas.

Foi um conjunto de fatores tão avassalador que nem a blindagem midiática do prefeito foi suficiente para conter o derretimento da popularidade de Álvaro. Ainda assim ele continua sendo um ator importante na eleição de 2024.

Já Allyson, na maioria das vezes, administra os problemas sem desgaste no debate público e agora conta com R$ 200 milhões financiados junto à Caixa Econômica Federal que cairão como uma luva. São R$ 80 milhões agora no segundo semestre e mais R$ 120 milhões ano que vem para fazer investimentos que vão ajudar a diluir o desgaste.

Não existe bala de prata em política e se a oposição quiser vencer terá que se organizar e definir uma agenda no debate público para confrontar o prefeito.

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Análise

Ter ou não ter Rosalba? eis uma questão para a oposição resolver

A ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) apareceu em um evento do PC do B na quinta-feira e sacudiu o noticiário político de Mossoró.

Como naturalmente acontece as especulações começaram a troar.

“Rosalba com a esquerda?”, é a pergunta que foi feita.

A oposição em Mossoró não tem uma liderança consolidada. É basicamente formada por políticos emergentes em estágios diferentes de crescimento. Já Rosalba é uma liderança em decadência.

Essas lideranças emergentes que estão dentro da oposição combateram Rosalba em 2020. Para estes líderes era mais importante tirar a oligarca do poder.

Aí se abre a pergunta: vão se juntar a ela para derrotar Allyson? A oposição sabe que não é o melhor caminho se alinhar ao lado de quem já virou as costas para a esquerda num passado remoto (sim, Rosalba foi eleita pela primeira vez em 1988 pelo PDT, quando o partido era a principal sigla de esquerda do país).

Rosalba não é o caminho para derrotar Allyson que vive um momento ruim da gestão, mas ter o apoio dela ajudaria a alavancar quem for bater de frente com o prefeito.

Bem ou mal, a deputada estadual Isolda Dantas (PT) e os vereadores Tony Fernandes (SD) e Pablo Aires (PSB) são as principais lideranças de oposição enquanto Rosalba ficou calada nesses últimos dois anos.

Antes de se perguntar se deveria ou não se aproximar de Rosalba a oposição deveria se perguntar em que termos isso deveria acontecer.

Entendo que o caminho deveria ser no sentido de receber o apoio. Apoiar jamais!

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Um alcaide popular e uma oposição à procura de brechas para derrotá-lo

Por João Paulo Jales dos Santos*

De tudo já se comenta nos burburinhos sobre o pleito à prefeitura de Mossoró. Partindo da realidade, são poucos os quadros que têm potencial competitivo para topar a disputa ao Palácio da Resistência, sede da municipalidade.

Sem menosprezar alguns nomes credíveis apontados como pré-candidatos, como o do vereador Pablo Aires (PSB), há dois pré-candidatos que reúnem, até aqui, mais robustez para encarar o prefeito Allyson Bezerra (SDD), a deputada estadual Isolda Dantas (PT), e o vereador Tony Fernandes (SDD).

Dantas, posicionada à esquerda do centrismo esquerdista, precisará ampliar o diálogo com outros campos políticos. Sua atuação na defesa das pautas da cidade é uma credencial valiosa, contudo precisará cuidar de sua imagem, que tem ruídos de rejeição.

Se em 2020 a popularidade de Lula (PT) e a estrutura do governo estadual não renderam bons frutos, quando sua candidatura foi desidratada pelo voto útil da centro-esquerda em Bezerra, acendido pelo desejo de votar em quem tinha chance real de tirar o clã Rosado da municipalidade, o trauma desse voto útil, em 2022, a princípio, beneficia Isolda.

O apoio de Bezerra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) afastou um naco daquele campo progressista que o sufragou em 2020. Com a esquerda desconfiada, Isolda encontra um panorama mais favorável no eleitorado progressista.

Tony Fernandes goza de uma baixa rejeição, por ser um político centrista pode encontrar mais maleabilidade em abrir costuras com os diferentes segmentos que não

aprovam a gestão municipal, o centrismo também lhe confere um arsenal político para disputar um eleitorado amplo.

Sem o atrativo de uma estrutura governamental, terá testada sua capacidade de articulação para aglutinar forças ao seu redor.

No entanto, convém não subestimar a capacidade de Tony, 2022 exemplificou que uma exígua estrutura não é um problema. Mostrando poder de organização, sobressaiu-se as condições, que de partida, não lhe eram favoráveis.

Captar um possível clima de derrota, sutil no ar, de um alcaide bem avaliado, como é Allyson, é o principal desafio da oposição. O prefeito em sua 1ª metade de mandato enfrentou um oposicionismo leve, em que as dificuldades administrativas não surtiram efeito na opinião

pública.

O governo enfrenta muitos gargalos na gestão da oferta dos serviços públicos, e as licitações com valores que salta aos olhos é uma estranha nuvem que paira sob o Palácio da Resistencia.

Os problemas do governo ficarão mais evidentes com a oposição, que desde ano passado tem novos edis na bancada, começando a acordar para fazer contraponto a Mossoró pintada nas páginas do governismo. Resta saber se a imagem de bom gestor de Allyson será maculada. É o desgaste do alcaide que abrirá as brechas que oposicionismo precisa para derrotá-lo.

*É graduado em Ciências Sociais pela UERN.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 10 fev 2023 – Situação se complica para Ibaneis

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Antirosalbismo não é suficiente para unir oposição

Pré-candidatos só tem em comum o antirosalbismo (Fotomontagem: Blog do Barreto)

No mundo ideal a oposição em Mossoró deveria sentar numa sala e escolher um nome que mais agregue para enfrentar a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) ano que vem. As pesquisas mostram que esse é o melhor caminho para vencer a desgastada inquilina do Palácio da Resistência.

No mundo real isso não existe!

Não é porque os líderes da oposição local são egoístas, sedentos por poder ou desarticulados. Simplesmente é incomum a junção de toda a oposição em torno de uma candidatura numa cidade de porte médio como Mossoró.

Quanto maior a cidade mais complexa é a política dela. É raro juntar toda a oposição em torno de uma candidatura num município de médio porte.

Ah mas todos querem tirar Rosalba do poder, argumentaria o leitor. Sim, todos querem e por motivos bem parecidos. Mas política é um jogo de xadrez que envolve muitos fatores. O antirosalbismo é um fator simplista demais para justificar uma aliança total da oposição.

É possível que aconteça? Classificaria como pouco provável. Unir toda a oposição ou a parte mais relevante dela exigiria uma costura política sofisticada num cenário em que os principais nomes ainda não foram testados como cabeça de chapa majoritária.

Esse último fator gera uma série de pressões. Os partidos querem as candidaturas próprias, os apoiadores também. Isso pesa sobre os políticos nestas circunstâncias. O acordo exigiria incluir os líderes em nível estadual.

Outro ponto: a chapa proporcional também é importante neste contexto. Em 2020 não teremos coligações proporcionais. Isso torna fundamental aos partidos ter candidaturas majoritárias porque isso fortalece a corrida ao parlamento e reforça o voto de legenda.

Que tal escolher quem estiver mais bem colocado nas pesquisas? É um bom argumento objetivo, mas a política é uma ciência humana e subjetiva. Há vários casos registrados na literatura política que mostram que nem sempre o melhor colocado nas pesquisas um ano antes da eleição é o que tem mais chances de ganhar. A eleição de 2012 é um exemplo claro disso. Chico da Prefeitura vinha de duas votações excepcionais para deputado estadual (2006 e 2010) dentro de Mossoró e era o candidato do rosalbismo melhor situado nas pesquisas. Mas não era o melhor nome para enfrentar a então favorita Larissa Rosado. Cláudia Regina reunia mais condições de crescimento e foi o que aconteceu.

Para o Governo do Estado, em 2010, a oposição saiu com duas candidaturas fortes. A então senadora Rosalba Ciarlini e o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves. Isso não impediu Rosalba de bater o então governador Iberê Ferreira de Souza no primeiro turno.

Trocando em miúdos: mesmo que saiam várias candidaturas de oposição basta que um nome consiga polarizar com a prefeita para derrota-la caso o discurso de mudança emplaque.

Fala-se muito que a deputada estadual Isolda Dantas (PT) e o deputado estadual Allyson Bezerra (SD) deveriam se unir. Mas os dois estão em lados opostos na Assembleia Legislativa. Isso por si só já indica um distanciamento. O empresário Jorge do Rosário (PL) poderia ser um fator de união entre os parlamentares. É possível? É. Mas é pouco provável que aconteça porque exige um acordo político muito bem amarrado. Política exige reciprocidade. Em 2022 qual dos dois deputados receberia o apoio do eventual prefeito Jorge? Precisamos deixar de lado aquele discurso despolitizado que exige que a política seja uma reunião de anjos querubins decidindo os nossos rumos.

Como bem assinalou o jornalista Carlos Santos esta semana a oposição tem muito pouco a perder em 2020. A obrigação de vencer é da prefeita Rosalba.

Jorge do Rosário, Isolda Dantas e Allyson Bezerra nunca foram testados nas urnas como candidatos a prefeito. Estão em busca de consolidar seus nomes como liderança política. Os três saindo candidatos ajudam o governismo. No máximo dois é possível derrotar a prefeita. Creio mais na segunda possibilidade, mas entendo que seja legítimo que todos saiam candidatos.

O mesmo vale para Gutemberg Dias (PC do B) que tem o direito em sonhar recuperar o capital político perdido nas eleições de 2018 e Daniel Sampaio e seu grupo que precisam mensurar o real tamanho do bolsonarismo em Mossoró. Inclui na lista ainda Telma Gurgel, pré-candidata do PSOL.

Mas não se iluda: só o antirosabismo não une a oposição. A formação das alianças se dará por articulações mais sofisticadas do que ser apenas “do contra”.

 

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Um projeto político de oposição à Rosalba

Por Pedro Lúcio Góis*

Nos últimos dias tem sido frequentes eventos políticos com a presença maciça de várias personalidades de oposição à Rosalba em Mossoró, unindo vereadores, líderes comunitários, empresários, deputados estaduais e presidentes de siglas partidárias de oposição ao rosalbismo. Aparentemente, a oposição em Mossoró começa a ganhar musculatura e a ameaçar a atual prefeita.

É de conhecimento geral que nenhuma unidade política pode ser competitiva e concreta sem a apresentação de um programa mínimo que possa dialogar com o povo e unir a oposição para além da rejeição a Rosalba, sob pena dessa unidade se autodestruir assim que passadas as eleições, como já vimos tantas vezes acontecer, no entanto uma provocação necessária e que precisa ser feita tem passado silenciosa: diante de tantas concepções diferentes de sociedade em um grupo heterogêneo, que tem desde trabalhadores comunistas a empresários, é possível a construção de um projeto político comum?

Tenho, nesse artigo de opinião, a ambição de iniciar um debate público sobre as linhas gerais de um projeto político que possa unir a oposição, dialogar com o povo e derrotar o rosalbismo.

Rosalba dialoga com o sentimento autoritário presente em boa parte da sociedade hoje e que ascendeu ao governo federal através de Bolsonaro, mas que perdeu em Mossoró. A atual prefeita dá sinais claros disso quando ataca a fonte de financiamento do sindicato dos servidores públicos, quando ataca a função dos professores colocando fiscais militares nas salas de aula, quando ataca liberdade de imprensa e persegue e sufoca jornalistas, quando submete a Câmara Municipal aos seus caprichos, usurpando seu papel, e quando acredita que é prerrogativa autoritária sua apresentar projeto de endividamento sem qualquer estudo de impacto financeiro ou mesmo dar satisfação alguma à sociedade. Além disso, sente-se confortável em fugir de seu dever de gestora pública e silencia diante da saída da Petrobrás do nosso Estado, da duplicação da BR-304, dos cortes na educação que afetam diretamente institutos e universidades presentes na nossa cidade e da reforma da previdência que também trará muitos prejuízos para o povo e para os cofres públicos.

Dessa forma, penso que o projeto político de oposição a Rosalba precisa fincar o pé na Democracia e rejeitar qualquer programa autoritário que ataque os professores, alunos, servidores públicos e demais trabalhadores, que ataque a liberdade de expressão e do contraditório, a liberdade de imprensa e a liberdade de organização em sindicatos de trabalhadores.

Por fim, o projeto político de oposição precisa ser ativo e altivo e enfrentar os problemas reais e imediatos do nosso povo, como o desemprego, a saída da Petrobrás, a ameaça constante que sofrem os ambulantes do centro da cidade, os terceirizados sem salários, e apresentar um programa de desenvolvimento da nossa cidade, com inclusão social. Acredito que essas são as bases de um programa político mínimo capaz de unir a oposição e derrotar o rosalbismo: democracia e desenvolvimento contra o autoritarismo!

*É Presidente do Diretório Municipal do PCdoB de Mossoró e Diretor de Secretaria-Geral do SINDIPETRO-RN.

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A conciliação de perfis da oposição

Jorge, Isolda e Allyson tem características que podem convergir (Fotomontagem: Blog do Barreto)

Os três principais nomes da oposição em Mossoró na minha avaliação são o empresário Jorge do Rosário (PL) e os deputados estaduais Isolda Dantas (PT) e Allyson Bezerra (SD).

A união entre eles é possível e depende de uma série de fatores. Não é simples, mas a construção de uma pauta comum é possível.

Jorge traz consigo o perfil de empresário vitorioso e a oferta de eficiência administrativa focada na geração de empregos. Ponto que a gestão de Rosalba Ciarlini (PP) tem falhado com ares de negligência.

Isolda por sua vez apresenta um discurso em defesa da inclusão social. Por vocação, Rosalba deixa a inclusão social em último plano.

Já Allyson, representa a novidade e o discurso moralista. Rosalba repete os paradigmas administrativos dos anos 1990 e os atrasos salariais e obras com preços exorbitantes tem colocado a gestão dela na berlinda.

A conciliação destes perfis seria um excelente contraponto à atual gestão. Resta ao trio a capacidade de construir uma pauta conjunta.

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PSL fracassa em tentativa de isolar a esquerda em Mossoró

O PSL convocou pelo Whatsapp uma reunião envolvendo nomes da oposição à prefeita Rosalba Ciarlini (PP) na tarde de ontem.

Foram convidados representantes do Novo e do Podemos além dos empresários Jorge do Rosário e Tião Couto (ambos do PL), ex-vereador Genivan Vale (PDT) e o deputado estadual Allyson Bezerra (SD).

Da bancada de oposição foram chamados Petras Vinícius (DEM), Ozaniel Mesquita (PL) e Genilson Alves (PMN).

Dos nomes citados estiveram presentes Genivan Vale e Genilson Alves. Jorge e Allyson mandaram justificativas. Outro que se fez presente foi o suplente de deputado federal Lawrence Amorim (SD).

A reunião com iniciativa do PSL teve claro objetivo de isolar os partidos de esquerda que fazem oposição à Rosalba.

Em conversas com o Blog do Barreto, líderes da oposição demonstraram desconfiança em uma iniciativa dessas partindo do PSL. “A gente sabe que quem manda é Girão (general e deputado federal do partido) e ele é próximo a Rosalba”, disse um deles.

Está sendo articulada uma nova reunião desta vez incluindo todos os líderes da oposição sob iniciativa de políticos mais ao centro para tentar construir uma pauta.

Nota do Blog: já passou da hora da oposição sentar para conversar e formar grupos de trabalho.

Nota do Blog 2: enquanto o deputado Girão não der uma declaração dizendo que o lugar do PSL em Mossoró é fazendo oposição a Rosalba vão pairar dúvidas sobre a legenda.

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Manual de organização para a oposição em Mossoró

Se tem uma coisa que não falta na oposição em Mossoró é autocrítica. Não tem um adversário da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) que não admita em público a falta de unidade e organização do aprisco oposicionista.

Então o que falta? Falta alguém botar a bola no chão e se organizar porque se a oposição quer realmente vencer precisa agir. O rosalbismo é organizado, tem militância apaixonada e sabe jogar o jogo político.

A primeira coisa é alguém internamente conclamar os demais para um diálogo sem que isso seja externando na imprensa para não mexer com egos.

Não é hora para vaidades.

Depois se formar um grupo de trabalho para acompanhar a gestão municipal. Por exemplo: a ala de Jorge do Rosário e Tião Couto poderia atuar na área de desenvolvimento econômico levantando o que a prefeita fez ou tem feito para atrair investimentos e gerar empregos.

O deputado estadual Allyson Bezerra (SD), que é engenheiro civil, poderia formar uma ação voltada para a infraestrutura.

A deputada estadual Isolda Dantas cujo partido, o PT, tem muitos quadros na educação e saúde poderia agir nestas duas áreas.

O PC do B do empresário e professor Gutemberg Dias poderia atuar em cima da questão orçamentária usando a experiência dele e do ex-reitor da UFERSA Josivan Barbosa para analisar esse tema.

Não estou inventando a roda. Isso já é feito em países como Reino Unido, por exemplo. Lá essa formação de grupos de trabalho se chama Official Opposition Shadow Cabinet (Gabinete Sombra da Oposição Oficial).

A grande falha da oposição mossoroense é não debater a cidade e deixar uma prefeita impopular fazer uma gestão pífia sem ser incomodada.

Está dada a dica. Não precisa ninguém querer ser o pai ou mãe da iniciativa publicamente basta tomar a iniciativa nos bastidores e compartilhar os relatórios entre si.

Lá para junho quem estiver melhor nas pesquisas é o candidato ou candidata. Quem estiver em segundo é o vice. Não é simples, mas é possível.

Não se derrota uma figura pública como Rosalba com individualismo, desorganização, improviso e amadorismo.

Nota do Blog: isso que escrevi serve para Mossoró, Natal e outras cidades.