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Susto na Avenida João da Escóssia mostra como Allyson controla narrativa em Mossoró e oposição segue apática

O susto da madrugada da última sexta-feira quando um motorista bêbado quase atropelou um ciclista na Avenida João da Escóssia em um momento em que ela está reservada para ciclistas e corredores fazerem exercícios físicos.

As imagens divulgadas em primeira mão pelos perfis do Blog do Barreto nas redes sociais, repercutidas por outras páginas, geraram revolta na cidade.

Seria um momento para a oposição levantar o debate sobre a falta de planejamento e segurança ofertada pela gestão do prefeito Allyson Bezerra (União) aos corredores e ciclistas.

Mas quem assumiu a narrativa foram os governistas. O presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (SD) anunciou audiência com o secretário de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito (Sesdem), Walmary Costa, para defender o reforço na segurança dos praticantes de esportes naquela área nobre da cidade.

O neogovernista Francisco Carlos (Avante) gravou vídeo defendendo o direito dos esportistas e aproveitou para alfinetar o Governo do Estado ao sugerir levar projeto semelhante na Rua Jorge Freire, trecho estadualizado, que precisa ser asfaltado.

O prefeito anunciou reforço na segurança na Avenida João da Escóssia e garantiu que a ampliação do serviço, que existe desde 2021, será incluída no Mossoró Realiza.

E a oposição? Bem, a oposição foi apática nesta história. Perdeu a chance de apontar o dedo e lembrar que além da falta de segurança na João da Escóssia há dois anos o prefeito priorizou uma área nobre da cidade cheia de condomínios fechados com espaços para práticas esportivas e academias, esquecendo da periferia.

Allyson controlou a narrativa em mais uma situação controversa.

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Oposição mossoroense cedeu seu lugar de contestação

Por João Paulo Jales dos Santos*

Allyson Bezerra (UB) mantém alta aprovação por seus méritos, contudo o entorpecimento que sucumbe a oposição é um combustível a mais na popularidade do prefeito. O oposicionismo, dividido em várias correntes, é composto por feudos que não conseguem convergir, o resultado é uma falta de perspicuidade política.

Se por meses a falta de entrosamento era a regra, em que cada porção trabalhava por seu próprio propósito, a oposição parece disposta a mudar esse caráter. Tentativas de encontros para afinar interesses vem se tornando mais frequente, deixando transparecer que o ajustamento da sincronia é um trabalho de exercício parcimonioso.

A oposição costuma dizer que as diversas pesquisas que dão supermaioria de aprovação a Allyson são embustes plantados pelo Palácio da Resistência. Os quadros dizem que ouvem muitas queixas da população. É desvario aos contrários à gestão municipal acharem que as queixas dos populares sejam dum volume incomensurável nas pesquisas.

Cabe aos próprios contendores do governismo o fundamento da validação das muitas queixas a que se referem. O quanto de aprovadores do governo apoiam a administração, mas num nível considerado baixo? É uma indagação, medida através de pesquisa, para a oposição começar até mesmo a nortear seu discurso.

Caso encontre algum fundamento para o que até aqui é apenas uma crença, a mansidão com que o oposicionismo sempre buscou tratar Allyson deve ser levantado como principal motivo para que possíveis desgostosos estejam na mesma fileira dos que abonam o alcaide.  Se não há contestação qualificada que dê de conta de fazer um embate com o governo, as queixas correm o risco de se dissipar.

O ensaio duma transição dum papel de camaradagem para uma predisposição ao combate, vem de dois exemplos, da bancada de oposição na Câmara Municipal e do petismo. Na Câmara, a bancada veio a se configurar como tal em meados do ano passado, em que três quartos de seus integrantes já pertenceram as hostes governista. No petismo, a grita mais feroz contra o prefeito, a postura mordaz começou a partir da eleição passada.

O que se tem é um oposicionismo que viu perder seu lugar de contestação, que não ficou no vácuo e foi ocupado pelo poder municipal. É uma oposição tão rarefeita que não consegue dar corpo a um problema e elevá-lo a uma agenda pública, tornando-o uma questão pautada, que possa causar, ao menos, uma situação embaraçosa no estafe do executivo.

Ao contar com uma oposição definhada, o poder municipal ocupou o espaço que seria de contestação a seu governo, transformando-o em mais uma arena de defesa do prefeito. Por mais perplexidade que isso possa causar, acaba comprovando o arsenal político do alcaide, que o faz ter sustentáculos em diversas esferas da sociedade.

Quando na eleição de 2022 Mossoró viu Pablo Aires (PSB), Tony Fernandes (SD), Isolda Dantas (PT), Isaac da Casca (MDB) e Marleide Cunha (PT) amealharem, no agregado, bons resultados nas urnas, e a banda governista com uma votação aquém das expectativas, chegou-se a cogitar que o antagonismo, enfim, daria corpo alvissareiro no enfrentamento ao burgomestre, o que até aqui não passa de uma ilusão de ótica.

No oposicionismo ninguém lidera ninguém e o panorama é a falta de debate público qualificado. A agenda de questões se baseia em temas de nicho, restritos a enclaves da classe média. O que é de interesse das massas de excluídos e assalariados, a miríade eleitoral que irá bater o martelo em 2024, passa longe das discussões. O que a oposição se preocupa não passa de perfumaria no debate político-eleitoral.

Os temas pautados ganham inteligibilidade quando se observa a corrida que a oposição está preocupada, a proporcional. Com o interesse residindo na montagem de nominata à vereança, a confluência é em micro focalizar a pauta temática. No entanto, um palanque majoritário enfraquecido pode causar transtornos aos planos na proporcional.

Caberá ao flanco contrário mostrar que a corrida à prefeitura não será uma mera formalidade de cumprimento de tabela a qual Allyson terá que se submeter. Se existe bússola política que possa indicar um pleito com os elementos mínimos de competividade, cabe a oposição, por si mesma, localizar a direção do eixo para disputar o Palácio da Resistência, sede da municipalidade.

*É cientista social e graduando em História pela UERN.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Oposição terá nova liderança na Câmara Municipal

Blog Saulo Vale

A bancada de oposição na Câmara Municipal de Mossoró definiu que o próximo líder do grupo será o vereador professor Francisco Carlos (PP).

A atual líder, Larissa Rosado (PSDB), deve se afastar da liderança, no início do próximo ano, para focar em sua pré-candidatura a deputado federal.

A oposição atualmente é composta por três vereadores: Francisco Carlos, Larissa Rosado, que está na liderança desde o início da legislatura, e Marleide Cunha (PT).

Francisco Carlos é vereador de terceiro mandato. Em 2021, ele computou 2.227 votos.

É aliado da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP), derrotada no pleito de 2020, quando tentava reeleição.

 

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Não se iluda com a foto da oposição reunida

Oposição se reunida ainda não indica união (Foto: cedida)

A noite de sábado foi agitada nos meios políticos depois que o Blog do Barreto divulgou em primeira mão que os principais nomes da oposição mossoroense estiveram reunidos numa calçada.

Mas não se iluda caso esteja ansioso por mudanças no Palácio da Resistência. Foi uma conversa inicial e só. Não vislumbro perspectivas de união total porque a conjuntura política não favorece isso.

O rosalbismo tenta propagar uma tese antipolítica, que ofende a inteligência dos mossoroenses, de que a oposição não se une somente por vaidade. É uma simplificação que não se sustenta diante da complexidade do assunto que já explicamos à exaustão neste blog.

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Uma conversa de calçada da oposição mossoroense

Oposição se reúne numa calçada (Foto: cedida)

Assim como mostra a foto a oposição mossoroense se reuniu hoje para discutir alternativas para a eleição deste ano. Numa prosaica conversa de calçada como tantas que acontecem nos fins de tarde em Mossoró os deputados estaduais Isolda Dantas (PT) e Allyson Bezerra (SD) estiveram com a ex-prefeita Cláudia Regina (DEM) e os vereadores Ozaniel Mesquita (DEM), Petras Vinícius (DEM), Raério Araújo (PSD), Genilson Alves (PROS) e Alex do Frango (PV).

Os detalhes da conversa ocorrida hoje ficaram mantidos em sigilo, mas ninguém pode dizer que não houve diálogo.

Uma nova conversa foi agendada.

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A oposição mossoroense e o desafio de mostrar que pode fazer mais

Sobre Oposição Política.

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) apesar da gestão pífia e cheia de improvisos é favorita nas eleições de 15 de novembro. Pesam o carisma pessoal e o uso despudorado da máquina pública.

Ela empurrou várias obras para o ano eleitoral repetindo a tática de sempre. Como venho afirmando: Rosalba subestima a inteligência dos mossoroenses e eles adoram isso.

Mas a oposição tem um desafio: mostrar que pode fazer mais. Ir além do apontamento de falhas. O eleitor quando for pensar nas eleições de 2020 vai coçar a cabeça e pensar: “se está ruim com ela pode piorar”. Logo os candidatos da oposição precisam mostrar que podem fazer diferente e convencer o eleitor disto sob pena de empurrar o eleitor para uma escolha conservadora.

Rosalba certamente vai resgatar o passado recente de Francisco José Junior como muleta argumentativa. A oposição vai ter que se virar nos 30 na narrativa.

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Instabilidade: bancada de oposição tem quinto líder em dois anos

Tudo bem. A alegação é de rodízio. Mas não deixa de ser um sintoma da falta de foco e liderança da oposição em Mossoró.

Não entendeu? Explico: a bancada oposicionista acabou de escolher o quinto líder da bancada em dois anos e meio de legislatura.

Já lideraram a bancada Isolda Dantas (PT), Genilson Alves (PMN), Ozaniel Mesquita (PL) e Gilberto Diógenes (PT).

Agora Raério Cabeção (PRB) assume a missão de comandar uma bancada heterogênea e desarticulada em votações chave como a que retirou o desconto em contracheque da contribuição sindical dos servidores municipais.

Enquanto isso, a bancada governista caminha com o mesmo líder desde o início: Alex Moacir (MDB).

Falta a oposição foco e liderança de fato. Sem isso a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) seguirá se dando ao luxo de fazer uma administração pífia sem ser incomodada.

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Oposição tenta ficar menos fragmentada

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Vereador aceita assumir liderança na Câmara

Gilberto Diógenes será líder da oposição (Foto: reprodução/TCM)

Blog Carol Ribeiro

Um mês depois de assumir a cadeira de Isolda Dantas (PT) na Câmara Municipal de Mossoró, o vereador Gilberto Diógenes (PT) resolveu aceitar assumir a liderança da bancada de oposição.

Ele deverá cumprir a missão que os demais colegas de bancada rejeitaram, de unir a bancada esfacelada depois das divergências geradas pela verba de gabinete, além de articular a fraca oposição a Rosalba Ciarlini.

A solução para o nome se deu após muitas reuniões entre a bancada e a autorização do Partido dos Trabalhadores.

Há cerca de um mês, o vereador Ozaniel Mesquita (PR), até então líder, anunciou que deixaria o posto.

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Oposição mossoroense está morta e sem liderança

Oposição mossoroense traz tranquilidade a prefeita (Foto: cedida)

A oposição é uma aliada importante da prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Morta e sem liderança, nada poderia ser melhor para uma gestão enrolada com problemas que se acumulam a cada dia.

Não faltam assuntos para a oposição abordar. Problemas para quitar a folha de pagamento dos servidores dentro do mês trabalhado, terceirizados recebendo atrasado, má iluminação, saúde em crise, filas para matrículas de alunos da rede municipal, etc.

A oposição não dorme no ponto. Ela está morta. Aqui não se trata do discurso da “oposição responsável” porque responsabilidade não se pode confundir omissão.

Numa roda de conversa sobre política escutei uma avaliação interessante: “A bancada de oposição se divide entre os que querem aderir a Rosalba e os que se deixam liderar por Izabel Montenegro (presidente da Câmara)”.

Faz sentido.

A bancada de oposição está desunida, de fato. Houve um episódio deprimente entre os vereadores Raério Araújo (PRB) e Alex do Frango (PMB) que certamente deixará sequelas para entendimentos futuro.

Oposição dividida e sem coesão não consegue pautar o noticiário nem instigar mais cobranças ao executivo. Esse papel foi delegado a escassos setores da mídia local e alguns cidadãos indignados nas redes sociais.

Mesmo assim, a prefeita não deixou de ser tragada pela impopularidade.

Nenhum grupo político fora da órbita do rosalbismo se habilitou para liderar a oposição. Tião Couto (PR) e Jorge do Rosário (PR) afundaram junto com o fracasso eleitoral de 7 de outubro. Gutemberg Dias (PC do B) vive situação idêntica.

Os ex-prefeitos Francisco José Junior e Fafá Rosado não existem mais politicamente.

Restam os deputados estaduais Allyson Bezerra (SD) e Isolda Dantas (PT) que viverão um distanciamento político nos próximos anos por causa dos embates dentro da Assembleia Legislativa.

O primeiro é muito jovem, mas está em um partido organizado. A segunda é mais experiente e também está numa agremiação organizada, mas profundamente desgastada. Além disso, a petista depende do desempenho de Fátima Bezerra (PT) como governadora para se impor candidata viável.

Só o tempo dirá se ambos são nomes competitivos.

Derrotar uma lenda da política como Rosalba exige organização, liderança, discurso e capacidade de mobilização nas redes sociais e ruas.

Não é o que acontece agora permitindo que Rosalba governe mal, mas sem alguma alternativa de poder capaz de lhe fazer frente.

Será difícil unir a oposição em 2020. Não há sinais de alguém que assuma com propriedade a função de antirosalbista-mor na cidade. Isso é muito bom para a prefeita que pode conseguir um feito raro nas ciências políticas: ser reeleita mesmo fazendo um governo impopular.

O fato de Mossoró ter menos de 200 mil eleitores e por consequência não ter previsão de segundo turno permite que a prefeita tenha êxito com o capital político que ainda lhe resta.

Rosalba não pode reclamar da oposição.