Na sessão desta terça-feira (19), a Câmara Municipal de Mossoró aprovou o Projeto de Lei Ordinária do Legislativo nº 129/2023. De autoria do vereador Lawrence Amorim, a proposta denomina a Avenida Diocesana de Avenida Diocesana Padre Sátiro.
Com a aprovação no plenário, por unanimidade, o projeto segue ao Poder Executivo para sanção e virar lei municipal.
Segundo Lawrence, a denominação faz justiça à memória e ao legado do padre Sátiro Cavalcante Dantas, falecido aos 93 anos, no último dia 27 de novembro.
“Nossa gratidão por tudo o que padre Sátiro produziu em Mossoró e nossa gratidão aos colegas vereadores e vereadoras, que aprovaram o projeto em regime de urgência especial”, agradece o presidente da Câmara.
Respeito
Ao acrescentar o nome de padre Sátiro à Avenida Diocesana, a iniciativa mantém homenagens feitas anteriormente: os demais trechos da mesma via, Francisco Solon (Boa Vista) e José Damião (Abolição 1), permanecem com os mesmos nomes.
A Avenida Diocesana começa na Rua Dr. João Marcelino, endereço do Colégio Diocesano Santa Luzia (CDSL), lar por décadas de padre Sátiro, e termina na Rua Felipe Camarão. Trata-se de uma das principais vias de Mossoró.
Os anos 2000 foram contraditoriamente o ápice e o início da decadência do jornalismo impresso em Mossoró em termos de estrutura.
Afirmo isso porque as redações colhiam os benefícios da transição do analógico para o digital e das primeiras influências do curso de jornalismo da UERN na comunicação local. O primeiro ponto seria o cavalo de troia que levaria três dos quatro jornais da cidade ao encerramento das atividades na década seguinte.
A morte de Padre Sátiro Dantas, um dos principais ícones da Igreja Católica no Rio Grande do Norte, me fez lembrar de grandes coberturas nos momentos em que figuras emblemáticas falecem.
Lembro de participar em O Mossoroense de grandes coberturas que resultaram em cadernos especiais nas mortes de Vingt-un Rosado, Dorian Jorge Freire e Aluízio Alves.
Eram redações cheias, equipes atuando de forma coordenada e que teriam condições de levantar várias informações em pouco tempo para produzir um material para o leitor se situar sobre o legado daquela figura pública que faleceu.
Padre Sátiro certamente seria tema de um caderno especial se ainda tivéssemos redações funcionando em sua plenitude em Mossoró como nos tempos dos jornais impressos. Hoje temos blogs que são redações de um jornalista só ou portais que trabalham com equipes reduzidas e sem a mesma estrutura dos jornais de outrora. A única redação que funciona a contento é a da TCM e ainda assim é mais voltada para a produção audiovisual.
Mesmo assim esta página e as de vários colegas conseguiram entregar várias informações sobre o legado de Padre Sátiro, que além de religioso foi um professor marcante na história local. Foi o possível diante de um jornalismo sem redação, individual e que ganhou ares de profissão liberal.
Saudosismo e paixão pelo jornalismo à parte, ficou clara a falta de um caderno especial daqueles com ares de edição de colecionador sobre Padre Sátiro.
Relembrando passagens da convivência com o Padre Sátiro, falecido esta semana em Mossoró, a deputada Isolda Dantas (PT) ressaltou a importância do religioso e sua contribuição para o setor educacional do RN. O pronunciamento de Isolda aconteceu em plenário, durante a sessão da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (29).
“Padre Sátiro foi um dos maiores seres humanos que o Rio Grande do Norte já teve, com uma história completamente dedicada não apenas à igreja, mas à Educação”, disse a parlamentar. Isolda relembrou a atuação de Padre Sátiro como presidente do Conselho Estadual de Educação, entre outros.
“Cumpriu um grande processo de dedicação à Educação, principalmente na luta vitoriosa pela estadualização da UERN, da qual foi reitor. Costumávamos falar que muitos de nós só conseguimos o diploma graças à luta do padre Sátiro. Hoje a universidade já emitiu 50 diplomas, que têm a sua digital”, afirmou.
A deputada acrescentou que a missão do educador foi transformar vidas. “Ele dedicou uma vida inteira à educação e acreditava na juventude, a quem olhava como um potencial positivo e próspero”, disse.
A deputada finalizou: “Hoje dou o depoimento de uma vida transformada por ele, a quem tive o privilégio de conviver e ouvir conselhos. É um dos nomes que ficará marcado na história, por sua dedicação e por ver a fé como transformação. Sem dúvidas estará sempre presente em todos os atos que forem feitos pela igreja, a cultura e a educação”, concluiu.
O nome do padre Sátiro Cavalcante Dantas, falecido segunda-feira (27), será eternizado em uma das principais vias de Mossoró: a Avenida Diocesana, que será denominada Avenida Diocesana Padre Sátiro.
É o que estabelece o Projeto de Lei Ordinária do Legislativo (PLOL) nº 129/2023, de autoria do vereador Lawrence Amorim, presidente da Câmara Municipal.
Em comum acordo com a direção da Diocese de Mossoró, a proposta foi apresentada à Câmara nesta quinta-feira (30) e será apreciada ainda em dezembro.
“Consideramos ser gesto de gratidão e justa homenagem pelo tanto que padre Sátiro representa para Mossoró. Contamos com o apoio dos colegas vereadores e vereadoras para a aprovação do projeto”, diz Lawrence.
A Avenida Diocesana começa na Rua Dr. João Marcelino, onde fica o Colégio Diocesano Santa Luzia (CDSL), lar por décadas de padre Sátiro, e termina na Rua Felipe Camarão, abrangendo os bairros Santo Antônio, Nova Betânia e Doze Anos.
Legado
Decano da Diocese de Mossoró, padre Sátiro Cavalcanti Dantas morreu aos 93 anos, em Mossoró, onde foi sepultado, terça-feira (28).
Foi diretor do CDSL, diretor emérito da Faculdade Católica do RN, reitor da Uern; fundou o Santuário de Santa Clara, escolas, rádio, mosteiro, entre outros equipamentos evangelizadores e educacionais.
O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, esteve presente no velório do Padre Sátiro Cavalcanti, realizado no Ginásio Poliesportivo Padre Sátiro Cavalcanti – Carecão, ao lado do Colégio Diocesano.
Durante entrevista, Allyson fez um pronunciamento em primeira mão, anunciando que pretende homenagear Padre Sátiro em uma das obras do Programa Mossoró Realiza. O prefeito ressaltou que planeja dialogar com Padre Charles e os vereadores.
“Eu faço questão, já comuniquei ao Bispo Dom Mariano. Vou conversar com Padre Charles e com os vereadores para que possamos pensar em uma obra para a cidade, dentro do Programa Mossoró Realiza. Queremos fazer uma grande homenagem, assim como fizemos em vida. Agora, neste momento de despedida, continuaremos essa honra”, afirmou o chefe do Executivo.
A segunda fase do programa Mossoró Realiza, originalmente marcada para esta segunda-feira (27), foi cancelada devido ao falecimento de Padre Sátiro.
Padre Sátiro Cavalcanti será para sempre lembrado como líder a estadualização da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte em sua curta, porém rica passagem pela Reitoria da instituição entre 5 de agosto de 1985 e 8 de janeiro 1987.
Esse é o seu principal legado político pela capacidade de articulação demonstrada ao unir a comunidade acadêmica, movimentar todos os segmentos políticos do Estado, acionar ministros, convencer prefeito, governador, candidatos a governo, vereadores e deputados estaduais a formarem consenso na transferência de uma universidade de um município para um estado.
Na educação é o maior legado pelo que a UERN se tornou a partir da estadualização, deixando de ser uma universidade que sobrevivia a duras penas para se tornar uma referência de inclusão social com 89% de seus alunos oriundos de escolas públicas. Nada disso aconteceria sem estadualização cujo protagonista foi Padre Sátiro.
Mas para entender essa história é preciso voltar 38 anos na história. Padre Sátiro assumiu a então Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN) após uma crise política que derrubou o então reitor Laplace Rosado. Na época era uma instituição municipal que era pública, mas não gratuita porque cobrava mensalidades dos estudantes. Ainda assim ela não conseguia se manter.
A universidade devia seis meses de salários aos professores e funcionários quando Padre Sátiro assumiu o cargo.
A missão dele era clara: encontrar uma solução para a FURRN. Padre Sátiro recebeu carta branca do então prefeito Dix-huit Rosado para acabar com aquela agonia que a instituição vivia e foi se mexendo nos bastidores, unindo os segmentos da comunidade acadêmica e conquistando apoio político.
O reitor dedicou boa parte de sua agenda no primeiro semestre de 1986 a Brasília onde participou de uma série de reuniões e contou com o apoio do então ministro da administração Aluízio Alves. Ele discutiu o reconhecimento de cursos e ao mesmo tempo defendia a federalização da instituição.
Sátiro tentou contatos com o então ministro da educação Marco Maciel, que chegou a ser paraninfo das turmas concluintes da FURRN em 1986. Chegou-se a se discutir a possibilidade de a FURRN ser anexada a antiga ESAM, atual Ufersa, mas a ideia não avançou. A anexação pela UFRN também foi uma das alternativas discutidas na época.
Nem federalização, nem Esam e muito menos UFRN. Todas as hipóteses foram descartadas porque esbarravam no argumento da mentalidade da época de que uma universidade federal era suficiente para o Rio Grande do Norte e ela era a UFRN.
O destino da FURRN era ser UERN e o de Padre Sátiro era liderar o processo como reitor. Assim, a página da ideia da federalização de 1985 deu lugar à luta pela estadualização ao longo do primeiro semestre de1986. Em abril, Padre Sátiro chegou a admitir que os campi de Patu, Pau dos Ferros e Assú seriam fechados caso não aparecesse uma solução para a crise. Em maio até o fechamento da universidade chegou a ser avaliado.
A virada de chave aconteceu em junho.
Padre Sátiro com a ajuda dos técnicos, alunos e professores lotou 10 ônibus e foi bater a porta do então governador Radir Pereira após a histórica assembleia do Cine Pax do dia 8 de junho que decidiu que era hora de focar na estadualização.
Radir gostou da ideia, mas disse que ficaria pouco tempo no poder e que os candidatos que disputariam a eleição na quele ano precisariam concordar.
O processo foi rápido. Padre Sátiro conseguiu arrancar dos candidatos ao Governo do Rio Grande do Norte João Faustino, Aldo Fonseca Tinoco, Sebastião Carneiro e Geraldo Melo a garantia de que eles dariam continuidade ao processo de estadualização da FURRN. Esse compromisso foi fundamental.
Em setembro a Câmara Municipal de Mossoró já tinha autorizado e o então prefeito Dix-huit Rosado assinado a lei autorizando a estadualização. Em novembro daquele ano a Assembleia Legislativa já tinha aprovado a estadualização e a FURRN já tinha sido incorporada ao patrimônio do Governo do Rio Grande do Norte.
A estadualização foi oficializada em 7 de janeiro de 1987.
No dia 8 de janeiro, e após rodar 35 mil quilômetros no Passat para encontrar uma solução para a FURRN, Padre Sátiro cumpriu a promessa de que após a missão dele como reitor ser cumprida renunciaria. A missão era resolver o maior problema da universidade que agora era além de pública, finalmente gratuita e poderia se manter como estadual.
Padre Sátiro renunciou ao cargo voluntariamente dando lugar a Antonio Capistrano e voltou ao curso de direito de onde ajudou a futura UERN no processo de reconhecimento de seus cursos no Ministério da Educação.
A estadualização da UERN é o maior marco de um líder religioso que se mostrou um hábil político e um batalhador da educação.
Confira o depoimento completo de Padre Sátiro numa entrevista que ele concedeu ao editor desta página e a jornalista Aglair Abreu:
A morte do Padre Sátiro Cavalcanti Dantas no final da manhã desta segunda-feira provocou uma comoção entre as principais lideranças políticas do Rio Grande do Norte. Além da governadora Fátima Bezerra (PT) e do prefeito Allyson Bezerra (União) – confira AQUI e AQUI outros políticos comentaram a morte do sacerdote.
A deputada estadual Isolda Dantas (PT) classificou a morte de Sátiro como uma grande perda e agradeceu pelos conselhos que recebeu dele. “Que grande perda! Mossoró e o RN perderam um gigante. Obrigada por todos os seus conselhos e ensinamentos, Pe. Sátiro. Como eu sempre disse: você era o mais jovem que conhecia, sempre à frente. Fica seu legado de sabedoria, defesa da educação, fé e compromisso com a sociedade”, registrou nas redes sociais.
A senadora Zenaide Maia (PSD) lembrou da luta de Sátiro pela educação como uma das principais marcas de Sátiro. “É com profunda tristeza que nos despedimos do Padre Sátiro, um homem cujo legado vai além de suas quase sete décadas dedicadas ao sacerdócio e à educação. Batalhou pela UERN e foi presidente do Conselho Estadual de Educação do RN, deixando um legado marcante e moldando o futuro educacional da região. Que sua partida, guiada por Deus, continue a inspirar e iluminar o caminho daqueles que foram tocados por sua dedicação incansável. Descanse em paz, Padre Sátiro, sua luz continuará a guiar gerações”, destacou.
A deputada federal Natália Bonavides (PT) também se manifestou: “Nossos sentimentos a familiares e amigos do padre Sátiro, e também a toda a comunidade mossoroense. Ele será sempre lembrado por sua bondade e atuação nas causas humanitárias”.
O coordenador da bancada federal Benes Leocádio (União), registrou pesar nas redes sociais. “Recebi com tristeza a notícia do falecimento do Padre Sátiro Cavalcante, um dos fundadores da UERN e do Colégio Diocesano de Mossoró. Lastimável perda não só para Mossoró, mas para todo o estado do Rio Grande do Norte. Padre Sátiro deixa sua marca na história potiguar. Meus sentimentos à família, amigos e a toda a população mossoroense”, afirmou.
O deputado federal General Girão (PL) lamentou a morte de Padre Sátiro agradecendo pela oportunidade de ter convivido com o religioso. “Um dia triste para nós que ficamos sem a presença do Padre Sátiro. Mas, certamente, alegria para ele por ter cumprido muito bem a sua missão. Padre Sátiro combateu o bom combate, encerrou a carreira e guardou a fé junto ao Pai.
Agradecemos a Deus por ter nos permitido conviver com uma figura humana tão positiva e tão prestadora de serviços em prol da educação, da cidadania e em benefício do nosso estado do Rio Grande do Norte. Uma honra poder tê-lo encontrado em julho último e desfrutar dos seus ensinamentos.
Fique em paz, Padre Sátiro”, escreveu nas redes sociais.
A ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) lembrou da luta do padre pela educação. “Nosso querido Mestre, padre Sátiro, partiu para a casa do Pai. Cumpriu com amor, zelo e devoção, sua missão de sacerdote e educador. Contribuiu na formação de milhares e milhares de jovens no nosso colégio Diocesano, defendendo a nossa UERN, cuidando de crianças e adolescentes carentes na sua funcern e muito.. muito mais…Sempre em defesa das grandes causas que contribuíram para o desenvolvimento da nossa cidade e região. Quero sempre lembra ló com a alegria que ele sempre nos trazia. Nesse momento de saudade,deixo o meu “ Muito Obrigado” padre, pela enorme contribuição a nossa cidade e na vida de tantos mossoroenses. Descanse em paz meu grande amigo”, postou no Instagram.
A Câmara Municipal de Mossoró cancelou a sessão ordinária de nesta terça-feira (28), em razão do falecimento do padre Sátiro Cavalcante Dantas. Essa decisão está oficializada no Ato da Mesa Diretora 09/2023, editado nesta segunda-feira. Com isso, a pauta da sessão foi transferida para a próxima data regimental, quarta-feira (29).
Homenagens
Mais cedo, a Câmara emitiu nota de pesar pelo falecimento do padre Sátiro, e destacou o legado dele para a religiosidade e a educação. Em sinal de respeito, as bandeiras da Câmara estão a meio mastro, seguindo o luto oficial de cinco dias em Mossoró. Também homenagearam o padre Sátiro vereadores e vereadoras. Em suas mídias sociais, lamentaram a perda e destacaram a trajetória dele.
“A atuação de padre Sátiro transcende gerações e ainda ecoará por muito tempo em nossos corações e mentes”, ressaltou o presidente da Câmara, Lawrence Amorim.
A governadora Fátima Bezerra (PT) foi as redes sociais lamentar a morte do ex-reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) Padre Sátiro Cavalcanti.
“Com uma profunda tristeza eu recebo a notícia do falecimento de Padre Sátiro Cavalcanti. O Rio Grande do Norte perde um grande exemplo e eu perco um grande amigo. Padre Sátiro é uma referência não apenas para Mossoró, mas também para o RN e o Brasil”, frisou.
Ela lembrou a trajetória de Sátiro na educação como um de seus principais legados. “Grande defensor da educação, foi no idealizador da Uern, onde ocupou o cargo de reitor, presidiu o Conselho Estadual de Educação do RN, dirigiu o Colégio Diocesano Santa Luzia e tantos outros feitos. Um evangelizador que tanto contribuiu com a educação e história de Mossoró”.
“Fica o seu imenso legado para as gerações presentes e futuras, além de uma imensa saudade. Gratidão, meu amigo. Que Deus o acolha com ternura e paz. Como homenagem e reconhecimento decreto três dias de luto pela imensurável perda”, complementou.
Padre Sátiro morreu na manhã desta segunda-feira aos 93 anos.
Governo
O Governo do Estado também emitiu nota lamentado a morte de Padre Sátiro:
“O Governo do Estado do Rio Grande do Norte lamenta profundamente a partida de Padre Sátiro Cavalcanti Dantas, pauferrense que adotou Mossoró como sua terra ainda jovem, quando ingressou no seminário. Nomeado diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia em 1961, onde ficou até 2016, Padre Sátiro foi incansável na luta pela educação. Teve papel fundamental na estadualização da Universidade Regional do Rio Grande do Norte (URRN), hoje Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), onde foi reitor, marca histórica em defesa do ensino público para todos, o que o consolidou com o título de “Padre educador”. O Rio Grande do Norte perde um dos seus filhos ilustres e notáveis. Que Deus o receba em seus braços e conforte a todos os que ficam com a saudade.
Natal (RN), 27 de novembro de 2023.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – ASSECOM“.