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Sob pressão dos servidores, governistas esvaziam plenário e sessão é encerrada por falta de quórum. Trabalhadores saem em passeata para o Palácio da Resistência

O clima de tensão tomou conta mais uma vez da Câmara Municipal de Mossoró. Centenas de servidores municipais ocuparam as galerias no início da manhã desta quarta-feira, dia 14.

Gritando palavras de ordem, os manifestantes deram o tom do clima hostil que os vereadores governistas encontrariam caso fossem ao plenário votar a favor do fim do anuênio para os novatos de categorias sem plano de carreira, redução de 30 para três dias o limite para tirar licença médica sem passar por uma junta, redução da jornada de trabalho para pais de autistas num tempo menor que estipulado pelo TSF e redução de 90 para 60 dias o tempo de licença para cuidar de familiares doentes.

Somente compareceram ao plenário os vereadores Tony Fernandes (SD), Pablo Aires (PSB), Ozaniel Mesquita (União Brasil), Marleide Cunha (PT), Paulo Igo (SD), Omar Nogueira (Patriotas) e Francisco Carlos (Avante).

 

Sem a sessão, os servidores saíram em passeata para o Palácio da Resistência buscando serem ouvidos pelo prefeito Allyson Bezerra (SD). Ontem ele negociou com a OAB mudanças no projeto que reestrutura de a carreira de procurador do município, mas se recusou a receber os sindicatos, preferindo dialogar diretamente com alguns efetivos mais ligados à gestão.

Allyson tem negado que esteja retirando direitos dos servidores.

 

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Vereador que votou a favor de empréstimo vai ter direito a indicar obras

Nos bastidores da Câmara Municipal de Mossoró o assunto que emerge é a informação de que o Palácio da Resistência ofertou aos vereadores o direto de indicar obras com os recursos do empréstimo de até R$ 150 milhões que será obtido com a Caixa Econômica Federal.

Para isso bastava o parlamentar votar favorável à proposta. Quem votou contra não vai ter esse direito, claro.

Será uma espécie de “emenda premiada”.

Até mesmo vereadores da oposição receberam esse “canto da sereia”.

No fim das contas, o projeto passou com 14 votos favoráveis, cinco contra e uma abstenção.

Nota do Blog: não considero esse tipo de expediente algo ilegítimo. Faz parte do processo político no presidencialismo de coalizão. Mas fica evidente de que tudo que foi orquestrado não teve qualquer foco no interesse público.

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O amor não correspondido de Izabel Montenegro ao Palácio da Resistência

Leio nos blogs de Carlos Santos e Saulo Vale que a presidente da Câmara Municipal Izabel Montenegro (MDB) está amuada com a prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

Ela reclama de falta de prestígio com quem senta na cadeira mais confortável do Palácio da Resistência.

Izabel age com uma boa cristã. A cada tapa que leva oferece a outra face. Trocando em miúdos: tem sido fiel ao governismo. A cada falta de prestígio disferida pela prefeita ela devolve com atuação pró-palácio na Câmara.

Vou citar exemplos para que fique mais claro.

No início do mês ela teve a chance de usar suas prerrogativas de presidente para dificultar a aprovação do vergonhoso projeto que tirou o desconto em folha da contribuição sindical.

A própria Izabel deixou claro que era contra a iniciativa autoritária e mesmo com todos os questionamentos feitos sobre a condução da votação e um pedido de vistas ignorado, coube a ela pôr a bola no chão e garantir a vitória governista.

Ontem ela deu o voto de minerva favorável ao governismo na polêmica votação da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), ocasião em que fez o desabafo.

O amor de Izabel ao Palácio da Resistência não é correspondido.