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RN tem o maior percentual do país em participação feminina nas Câmaras Municipais

As Câmaras Municipais potiguares possuem a maior participação de mulheres de todo o Brasil. De 1.607 vagas no Rio Grande do Norte nas eleições 2020, 350 foram ocupadas por mulheres.

O número corresponde a 21,8% dos assentos de todos os parlamentos municipais do estado. Esse é um dos dados das “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais sobre as mulheres no Brasil”, estudo divulgado hoje (04) pelo IBGE.

Na comparação com a eleição municipal anterior, o espaço feminino nas câmaras municipais do Rio Grande do Norte cresceu 0,6 ponto percentual. Em 2016, as vereadoras eleitas representam 21,2% dos parlamentares municipais norte-riograndenses. Naquele ano, o Rio Grande do Norte também liderou esse ranking seguido do Amapá (18,2%) e Piauí (16,9%).

Em 2020, as mulheres foram eleitas para 16% das vagas nas câmaras municipais de todo o Brasil. No Nordeste, a proporção feminina foi de 16,7%.

Câmara Federal

Apesar do crescimento no número de vagas ocupadas por mulheres na Câmara Federal, o Rio Grande do Norte permanece com a 5ª maior participação feminina entre as unidades da federação ao lado de outros quatro estados (Roraima, Tocantins, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul). Na primeira edição deste estudo, em 2018, apenas uma mulher ocupava uma das oito cadeiras do estado na Câmara dos Deputados. Desta vez, são duas.

Para esta análise, o IBGE consultou os dados do Congresso Nacional durante o exercício do mandato. Nesta segunda edição, os dados foram acessados em 29 de setembro de 2020, portanto, depois da posse da deputada federal Carla Dickson (PROS) em 17 de junho 2020.

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TRE/RN promove debate sobre participação feminina na política

A Comissão de Participação Feminina do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) vai realizar a 2ª edição do Café com Mulheres, evento online cujo tema será “Participação Política Feminina nas Câmaras Municipais”. A Live será no próximo dia 2 de março, a partir das 17h, no canal oficial do TRE-RN no YouTube (https://www.youtube.com/user/justicaeleitoralrn) e terá como debatedoras a juíza eleitoral da Corte do TRE-RN, Adriana Magalhães, e a vereadora Divaneide Basílio, que foi a mulher eleita com o mais expressivo número de votos nas Eleições de 2020 no Estado. O debate será mediado pela Assessora de Comunicação do TRE-RN, Juliska Azevedo.
Acompanhar a participação política das mulheres potiguares vem merecendo horas de trabalho dedicado da juíza Adriana Magalhães já há alguns anos. Ela é a autora da pesquisa “As mulheres nos espaços de poder no Rio Grande do Norte”, que irá gerar um livro sobre o assunto. O trabalho já reúne mais de 400 páginas sobre todas as mulheres que ocuparam espaços no legislativo, no executivo e no judiciário estadual e municipal no RN.
Já a vereadora Divaneide Basílio irá analisar a presença feminina na política com a credencial de ter sido a candidata mais votada do estado no pleito do ano passado, quando foram eleitas 37 prefeitas, 39 vice-prefeitas e 351 vereadoras em todos os municípios do Estado.
Para a mediadora, Juliska Azevedo, que é também presidente da Comissão de Participação Feminina do TRE-RN, será uma rica oportunidade de se falar da importância da presença da mulher no universo político do Estado ao longo dos últimos anos, bem como dos desafios e oportunidades para a ampliação dessa participação ativa.

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A Mulher no Parlamento

Por Zenaide Maia*

Falar da atuação da mulher no parlamento e do cotidiano que permeia esse ambiente precipita contextualizar o cenário da sub-representação feminina e, mais ainda, refletir sobre a participação na política em geral e a ocupação dos espaços de poder.

Em 2018, tivemos eleições e recordo do noticiário comemorando o aumento da bancada feminina. “A bancada feminina no Congresso Nacional é a maior da história do legislativo brasileiro” (https://jornalggn.com.br/noticia/congresso-nacional-segue-sendo-majoritariamente-masculino/). Notícias alvissareiras! Na Câmara, foram eleitas 24 mulheres a mais do que na legislatura anterior, passando de 53 para 77 deputadas. Em percentuais, a representatividade aumentou de 10% para 15%. No Senado 7 mulheres foram eleitas, uma delas fui eu. Somando com as cinco senadoras que permaneceram da legislatura passada, formamos uma bancada de 12 mulheres. Antes, eram 13 senadoras. Baixamos de 16% para 14,8%. O que comemorar? A redução da bancada no Senado ou o fato de, em 2018, ainda sermos somente 15% do parlamento? Essa “representação recorde” é uma persistente injustiça e incoerência contra a maioria do povo brasileiro: afinal, 52% da população são mulheres, então, a maioria da população não está representada no Congresso!

Em pleno século XXI, a presença equitativa das mulheres em relação aos homens nos espaços de poder deveria ser algo natural. Urge avançar na representatividade feminina no parlamento, nos governos, e em todos os espaços de decisão.

A União Interparlamentar (UIP) revelou, em estudo realizado com a ONU Mulheres (https://www.unwomen.org/-/media/headquarters/attachments/sections/library/publications/ 2020/women-in-politics-map-2020-es.pdf?la=es&vs=828), que o Brasil ocupa a posição 140, numa lista de 193 nações. Na América Latina, estamos em penúltimo lugar e no G20, grupo das vinte maiores economias mundiais, estamos tecnicamente empatados com o Japão, em último lugar.

O Banco Mundial (https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dia-da-mulher-no-congresso-brasil-e-vice-lanterna-em-listas-de-representacao-feminina,70002746442s ) elenca 187 países, estamos na posição 157, atrás do Afeganistão (que tem 25% de representação feminina no parlamento) e de outros países, em maioria muçulmana. Sabemos que a condição da mulher nessas nações é diferenciada, por força da religião.

A participação da mulher na política é um movimento de empoderamento feminino e importante passo para romper com a estrutura patriarcal, machista, racista e homofóbica que leva o Brasil a ter 1 feminicídio a cada 7 horas (http://wwwforumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/10/Anuario-2019-FINAL_21.10.19.p

http://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/10/Anuario-2019-FINAL_21.10.19.pdf).

Em 2019, tivemos a diminuição no número de homicídios no país, por um lado, e de aumento no registro de feminicídios, por outro(https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/03/05/mesmo-com-queda-recorde-de-mortes-de-mulheres-brasil-tem-alta-no-numero-de-feminicidios-em-2019.ghtml). Mais mulheres na política significa ter mais vozes denunciando esse tipo de crime, mais mulheres inspirando outras mulheres a amplificar a sua própria voz e exigindo recursos para políticas de proteção e enfrentamento à violência doméstica.

Uma presença feminina mais expressiva nos fóruns de poder dificultará o fortalecimento da desigualdade de gênero e divisão sexual do trabalho que define os papéis sociais, culturalmente construídos pelo machismo. Esses papéis são reproduzidos no parlamento. A mulher parlamentar ocupa lugares de destaque somente em projetos de parca polêmica, como a defesa das pessoas idosas, crianças e pessoas com deficiência. Na hora de discutir a “política dura”, decidir orçamento, debater economia, segurança e compor mesas diretoras, os homens dominam. Quanto mais mulheres na política, menos os homens conseguirão monopolizar essas questões e isolar as mulheres em nichos específicos.

É premente eliminar as barreiras que impedem a mulher de participar da vida político-partidária, defender cotas e financiamento de campanhas. O escândalo das candidaturas “laranjas” não pode ser usado para tirar os espaços que vêm sendo conquistados pelas mulheres. Enquanto não houver condições de igualdade na participação, careceremos de medidas especiais para incluir as mulheres. Finalizo com a esperança ainda viva de Nísia Floresta de que, nas gerações futuras do Brasil, a mulher assumirá a posição que lhe compete. O protagonismo feminino em todas as esferas de poder é decisivo para mudar a vida das mulheres, realizar a transformação social e conquistar “um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres” – Rosa Luxemburgo.

*É senadora pelo RN e Presidente da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher.

Este texto foi publicado no livro “Participa Mulher: por uma cidadania feminina plena”, organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

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Partido faz debate sobre participação feminina na política

O diretório estadual do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) realiza hoje, às 17h, o debate sobre a “Importância da Mulher na Política” com participação da senadora Zenaide Maia e da deputada federal, Carla Dickson, que integram os quadros da legenda.

A mediação será do presidente do PROS/RN, Jaime Calado.

A transmissão ao vivo será nos canais oficiais do partido no Facebook (PARTIDOPROSRN), Instagram (PROS.RN) e Youtube (PROSRN).

Dados

As mulheres formam a maioria do eleitorado brasileiro, com cerca de 52.  No Rio Grande do Norte, esse número é mais elevado, chegando a quase 53%.

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PL Mulher realiza encontro em Natal

O PL (Partido Liberal) vai realizar no sábado, dia 06 de julho, em Natal, o seu primeiro encontro de 2019. O partido está convidando todos os seus filiados e lideranças políticas de diversas regiões do Estado, especialmente as mulheres. O evento PL Mulher/RN irá acontecer a partir das 9h, na Arena Music, localizado na Av. Prudente de Morais, 5220 – Lagoa Nova (Antigo Gilson Buffet).

“Vamos conversar sobre as dificuldades enfrentadas por nós mulheres na atividade política e teremos a importantíssima palestra do Dr. Abraão Lopes, professor de Direito Eleitoral, sobre as regras vigentes para as eleições de 2020, o que ainda poderá mudar e as lacunas legais ainda não definidas”, disse Shirley Targino, presidente estadual do PL Mulher.

De acordo com o Presidente Estadual do PL, deputado federal João Maia, será o primeiro encontro do ano e nada melhor que abrir com a participação feminina. “O partido deixou de ser PR e volta a ser o PL. O encontro será o primeiro de vários que deve acontecer em todas as regiões do RN”, afirma João Maia.