O presidente Lula (PT) minimizou a crise entre o ministro de minas e energias Alexandre Silveira e o presidente da Petrobras Jean Paul Prates.
Em conversa com colunistas de política, Lula afirmou se alinhou a Jean Paul Prates dizendo que ainda não está definido o modelo que vai substituir a Paridade de Preço de Importação (PPI) como política de preços dos combustíveis no Brasil seguindo a linha da Petrobras que alegou que ainda não tinha recebido qualquer informação sobre a mudança nesta área após Silveira ter dito que seria a adotada pelo Preço de Competitividade Interna (PCI).
“Fui pego de surpresa com a discussão na imprensa entre uma posição do ministro de Minas e Energia e uma suposta decisão da direção da companhia. Deixa eu te dizer uma coisa. A política de preços da Petrobras ainda está sendo discutida pelo governo no momento em que o presidente da República convoca o governo para discutir a política de preços. Enquanto o presidente da República não convoca o governo para discutir política de preços, a gente não vai mudar o que está funcionando hoje. Vamos mudar, mas com muito critério. Durante a campanha eu disse que era preciso abrasileirar o preço da gasolina e diesel. O Brasil não tem porque estar submetido ao PPI”, disse Lula.
“Essa divergência é uma coisa extemporânea. Eu ainda não conversei nem com o nosso presidente da Petrobras nem como o ministro, pois fiquei sabendo hoje dessas divergências. Vou conversar com os dois. Se houve divergência entre os dois, ela deixará de existir quando eu conversar com os dois, pois o governo não está discutindo isso”, completou.
A proposta para substituir o PPI deve ser apresentada após o dia 27 de abril quando os indicados do ex-presidente Jair Bolsonaro deixam o Conselho de Administração da Petrobras.