O secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte Pedro Lúcio Góis lançou desafio ao presidente Jair Bolsonaro. Confira no vídeo.
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“Estão tratando Riacho da Forquilha como se fosse a Porcellanati”, com essas palavras o secretário-geral do Sindpetro Pedro Lúcio resumiu a confusão que ocorre em relação a chegada da Petrorencôncavo a Mossoró.
As declarações foram em entrevista ao programa Meio-Dia Mossoró da 95 FM. “Riacho da Forquilha não é como a Porcellanati que não tem nada. Lá estão 350 trabalhadores em plena produção”, lembrou.
Nas contas de Pedro Lúcio as perspectivas mais otimistas da Petrorecôncavo são de gerar 200 empregos provocando um déficit de 150 em relação aos 350 postos de trabalho atuais.
Ele disse ainda que o Sindpetro vai questionar na Justiça o leilão que resultou na venda de 34 campos de petróleo no Rio Grande do Norte. “Há uma série de ilegalidades”, frisou.
Muita gente trata a vinda da Petrorecôncavo para o Rio Grande do Norte como a redenção da indústria petrolífera do Rio Grande do Norte.
Mas como estão os 34 campos adquiridos pela empresa privada em leilão?
O Blog do Barreto levantou os números junto ao Sindpero/RN. A produção atual é de 6.200 barris. Em dezembro de 2016 eram de 8.600. “A queda foi devido ao processo de venda que fez a Petrobrás abandonar os investimentos, a produção se mantinha estável há dez anos”, explica o secretário-geral do Sindpetro Pedro Lúcio Góis.
Somente em Riacho da Forquilha são atualmente 350 trabalhadores empregados diretamente nas concessões. Isso sem contar o pessoal administrativo e operacional indireto que fica na Base-34 em Mossoró e na Base de Natal. “Se for para estimar o indireto eu colocaria mais 150. Esse número era maior em 2016”, acrescenta Pedro.
Fala-se que a Petrorecôncavo vá contratar 200 funcionários, o que na prática seria a extinção de 150 postos de trabalho.
Outra preocupação do sindicato é quanto a manutenção das operações. “Riacho é duas vezes maior que todas as outras operações da PetroRecôncavo no país juntas. Caso a empresa não seja bem-sucedida nessa área, quem a socorrerá, a Petrobrás?”, questiona.
A 6.200 barris gera um faturamento anual de R$ 638 milhões para a Petrobras anualmente.
O secretário-geral do Sindpetro/RN Pedro Lúcio Góis levantou a suspeita de que a venda de 34 poços de petróleo no Rio Grande do Norte (ver AQUI) foi marcada por suspeita de fraudes.
A suspeita gira em torno da redução de R$ 270 milhões na proposta inicial. “A Petrobrás anunciou ontem (25) a venda das 34 concessões do Pólo Riacho da Forquilha para a empresa privada Petrorecôncavo em uma operação suspeita de Fraude à Licitação, Peculato e Improbidade Administrativa. O valor a ser pago será 270 milhões de reais abaixo do valor exigido pela Lei de Licitações (8666), pela Lei das Estatais (13.303) e pelo Regulamento Interno da Petrobrás, levantando uma grave suspeita de fraude e corrupção nesse processo. Por quê a Petrobrás descumpriu a legislação? Quem ganha com a venda do Riacho da Forquilha?”, questiona.
Confira o vídeo abaixo
Veja o que diz as leis citadas por Pedro Lúcio:
Lei 8666/93
Art. 64. A Administração convocará regularmente o interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei.
- 2o É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei.
Lei 13303/16 (Estatais)
Art. 40. As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão publicar e manter atualizado regulamento interno de licitações e contratos, compatível com o disposto nesta Lei, especialmente quanto a:
I – glossário de expressões técnicas;
II – cadastro de fornecedores;
III – minutas-padrão de editais e contratos;
IV – procedimentos de licitação e contratação direta;
V – tramitação de recursos;
VI – formalização de contratos;
VII – gestão e fiscalização de contratos;
VIII – aplicação de penalidades;
IX – recebimento do objeto do contrato.
REGULAMENTO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DA PETROBRAS
Art. 119. É facultado à PETROBRAS, quando o convocado não assinar o instrumento contratual, no prazo e condições estabelecidos: I – convocar os Licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos Preços Atualizados em conformidade com o Edital; ou II – revogar a licitação. Parágrafo único. A recusa do convocado em celebrar o contrato pode ensejar a aplicação de sanção administrativa, na forma do Art.83 da Lei nº 13.303.
Entrevistado hoje no Meio-Dia Mossoró da 95 FM o presidente municipal do PC do B Pedro Lúcio Góis explicou hoje que o partido não será empecilho para a união das oposições.
“Está claro que a oposição dividida facilita a reeleição de Rosalba”, frisa.
Para o comunista o atual distanciamento entre PC do B e PT é sanável. “São partido diferentes. É natural que existam divergências”, justifica.
Ele explicou que neste momento o PC do B está focado na formação de uma nominata capaz de eleger um vereador em Mossoró nas eleições do próximo ano. “O partido está se preparando para enfrentar esta quadra histórica em vários municípios do Estado”, acrescenta.
Pedro Lúcio também analisou os primeiros meses do governo Fátima Bezerra (PT). “Está fazendo uma política de altíssimo nível e dialogando com os servidores. As dificuldades que ela encontrou são muito grandes, mas é clara a mudança de postura em relação aos últimos governos de Rosalba e Robinson”, avalia.
A 3R Petroleum venceu o leilão de US$ 453,1 milhões (equivalente a R$ 1,7 bilhão) para operar 100% de 32 campos de petróleo e 50% de outros dois no Rio Grande do Norte.
Até aí nada de ilegal no processo, mas existem alguns pontos que provocam estranheza. 1) trata-se de uma microempresa cujo faturamento anual é de R$ 360 mil anuais; 2) o site Investidores Petrobras informa que será a primeira operação da 3R Petróleo (ver AQUI).
Como pode uma empresa com faturamento anual de R$ 360 mil desembolsar R$ 1,7 bilhão para comprar estes ativos?
O assunto foi levantado pelo futuro senador Jean Paul Prates, especialista na área energética, e pelo secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros (SINDPETR) Pedro Lúcio.
Jean Paul Prates informou no Twitter que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Senado devem pedir esclarecimentos. “A Petrobras informou ao mercado que escolheu a empresa 3R Petroleum ME (sem qq histórico de operações, reativada meses atrás) para repassar 34 campos produtores de petroleo no RN por ~R$ 1.7bilhão. A @ANPgovbr deverá analisar detalhadamente esta cessão sob pena de prevaricação. O @SenadoFederal deverá solicitar esclarecimentos em breve sobre os critérios de escolha usados pela Petrobras para a cessão de 100% de 32 campos e 50% de outros 2, do Polo Riacho da Forquilha, RN. A microempresa 3R Petroleum ofereceu US$ 453,1 milhões e nunca operou um campo”, frisou.
Já Pedro Lúcio mostra preocupação com a possibilidade de a nova empresa prejudicar ainda mais a indústria do Petróleo no Estado. “Casos como esse, em que novas empresas assumiram operações em campos maduros levaram à extinção precoce de campos de exploração de petróleo bastante proeminentes na Bahia, em Alagoas e Sergipe. É a antecipação da extinção da indústria petrolífera no Estado”, avisou.
Para saber mais clique em:
Petrobras vende quase meio bilhão de dólares em campos de petróleo no RN