O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) ao saudar convenciais do PP em Mossoró disparou:
“Estamos começando em Mossoró a vitória de Natal”.
Silêncio geral.
Já escrevi algumas vezes sobre a dificuldade de Carlos Eduardo “dar liga” em Mossoró. A parceria com Rosalba é para criar atalhos nesta questão, mas o pedetista parece não colaborar.
Essa “saudação” doeu na alma do mossoroense mais bairrista.
Sandra esteve ontem na convenção tucana. Ela quer ser candidata. O bom senso recomenda desistência
Os dias têm sido tensos no grupo político familiar da vereadora Sandra Rosado (PSDB). Ela quer ser candidata a deputada federal, mas não tem grandes chances de ser vitoriosa nas urnas.
O bom senso indicaria a parceria política com o rosalbismo para garantir a preservação dos atuais mandatos de sobrenome Rosado.
O rosalbismo pressiona para que ela desista da postulação para apoiar a reeleição do deputado federal Beto Rosado (PP). O jogo nos bastidores tem sido duro (ver AQUI), mas Sandra resiste.
Nas idas e vindas o roteiro da desistência está traçado. Ela ser homologada candidata a deputado federal pelo PSDB como aconteceu ontem já estava no script por causa das circunstâncias internas do partido.
O próximo capítulo é Sandra ao final ceder e desistir da candidatura para garantir a estrutura palaciana a Larissa Rosado (PSDB) que tenta a reeleição e manter o ex-vereador Lairinho Rosado na condição de secretário de desenvolvimento econômico. Cogita-se, como compensação, uma outra pasta para o professor Pedro Almeida, aliado de longa data do sandrismo.
Está previsto para ainda nesta semana um evento para celebrar a dobradinha Larissa/Beto. Tudo dependerá da palavra final de Sandra. Ela resiste, repito.
O grupo da vereadora Sandra Rosado (PSDB) vive horas decisivas na véspera da convenção tucana em Natal. A pressão do líder do rosalbismo Carlos Augusto Rosado é para que ela retire a candidatura a deputado federal e apoie a reeleição de Beto Rosado (PP).
Em troca a deputada estadual Larissa Rosado (PSDB), filha de Sandra, seria a candidata do rosalbismo/Palácio da Resistência a uma cadeira na Assembleia Legislativa.
A proposta foi lançada por Carlos Augusto Rosado. Segundo o Blog apurou houve inclusive ameaça de ruptura política entre as alas da família Rosada simbolizada pela demissão do ex-vereador Lahyre Neto do comando da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Além disso, o rosalbismo lançaria um nome para deputado estadual, no caso o presidente estadual do PP Betinho Rosado.
Discute-se internamente no sandrismo que o anúncio da desistência seria amanhã após a convenção tucana. Na próxima semana seria realizado um evento para lançar a dobradinha Larissa/Beto em Mossoró.
No entanto, o clima está tenso porque Sandra não está aceitando passivamente a possibilidade de desistir do pleito. A vontade dela é realmente ser candidata.
O irônico nisso tudo é que o material de campanha de Sandra está pronto para ser apresentado na convenção tucana de amanhã em um hotel de Natal.
Carlos Eduardo
Ontem Sandra esteve reunida na sede estadual do PDT com o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) para discutir aliança. Na última segunda-feira Sandra chegou a admitir que seguiria a orientação partidária, o que indicaria um apoio à reeleição do governador Robinson Faria (PSD).
No entanto, o grupo dela teria acertado com o presidente do PSDB e da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza a liberação para firmar alianças sem necessariamente seguir a orientação do partido.
O apoio a Carlos Eduardo passa também pelo entendimento com o rosalbismo. Afinal de contas, o filho de Rosalba, Kadu Ciarlini (PP), é o vice do ex-prefeito de Natal.
Nota do Blog: o recuo de Sandra seria estratégico para as reeleições de Larissa e Beto Rosado.
O Blog do Barreto fez contato com a vereadora Sandra Rosado (PSDB) que confirmou seguir a orientação partidária no apoio a Robinson Faria (PSD) para o Governo do Estado. “Acompanho meu partido, que ainda não realizou sua convenção”, justificou.
Sobre a possível desistência da tentativa de voltar à Câmara dos Deputados, Sandra disse desconhecer qualquer acordo de desistência firmado para apoiar a reeleição de Beto Rosado (PP) em troca do apoio palaciano a filha, Larissa Rosado (PSDB). “Não tenho conhecimento desse comentário. Sou candidata a deputada federal e Larissa a estadual pelo nosso partido o PSDB”, frisou.
A tucana informou que nada disso interfere na parceria política com a prefeita Rosalba Ciarlini (PP). “Continuo a apoiar na CMM”, frisou.
O governador Robinson Faria (PSD) já está ciente de que não terá o rosalbismo em seu palanque nas eleições deste ano. As chances são remotas, mas o pessedista acredita que um vice de Mossoró será uma boa compensação.
Sem o apoio da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) o chefe do executivo estadual até encara (nos bastidores) como uma situação “não tão ruim assim” por causa da crescente impopularidade da pepista.
Na última terça-feira Robinson desembarcou no Aeroporto Dix-sept Rosado num avião particular e se deslocou a Baraúna onde participou do aniversário da ex-candidata a prefeita Divanize Oliveira. Depois retornou a capital do Oeste para discutir o cenário político.
O desejo do governador é de ter um vice de Mossoró indicado por PR ou PSDB. Dentro desse cenário dois nomes despontam: a deputada estadual Larissa Rosado (PSDB) e o empresário Tião Couto (PR).
No entanto, há um oceano de circunstâncias que pesam contra qualquer uma dessas parcerias.
Larissa sempre resistiu a possibilidade de integrar alguma chapa majoritária como vice-governadora. Além disso, o quadro eleitoral de Robinson Faria não lhe oferece segurança em trocar uma reeleição ainda que difícil por uma aventura que colocaria em risco o que resta de seu capital eleitoral.
Já Tião é quem encarna melhor o antirosalbismo apesar de explorar muito mal essa situação. Ele jogaria na lata do lixo o discurso de críticas ao governador.
Os dois teriam muito a perder fechando com Robinson. O governador teria muito a ganhar.
O governador tende a ter um vice do PR ou PSDB. A preferência é por alguém identificado com Mossoró. Pode não ser um desses nomes citados como preferenciais.
Em contato com o Blog do Barreto, o deputado federal Beto Rosado (PP) negou que o PP tenha fechado apoio ao ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).
Segundo ele o PP deve se definir até o final da semana. “Tivemos uma conversa com Carlos Eduardo que sinalizou uma coligação proporcional. Vamos aguardar”, explicou Beto.
Na noite de ontem setores da mídia natalense deram como fechada a aliança do PP com o PDT de Carlos Eduardo com a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) indicando o filho Cadu Ciarlini como vice.
No entanto, Beto reforça que não há acordo fechado. Uma aliança com o governador Robinson Faria (PSD) ainda não está descartada.
O objetivo do rosalbismo em 2018 é muito claro: é eleger Kadu Ciarlini deputado estadual e reeleger Beto Rosado. O resto é mera alegoria, inclusive a indicação do vice em alguma chapa.
A questão é que o entendimento com o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) estava avançado a ponto de o senador José Agripino (DEM) deixar de ser um entrave (ver AQUI) para o entendimento.
No entanto, uma ponta segue solta: a chapa proporcional. O agrupamento de Carlos Eduardo (PDT) não tem esteiras e não oferece as melhores condições para eleger Kadu e Beto. O que pesa a favor do pedetista é sua maior viabilidade eleitoral.
Aí entra em cena o governador Robinson Faria (PSD) que está tentando atrair o rosalbismo. O trunfo dele é dar as melhores condições a Beto e Kadu e é nesse sentido que as conversas prosseguem.
Não tenham dúvidas: o rosalbismo vai para onde for melhor para garantir seus espaços de sempre. Indicar vice é um plus nas negociações.
Convenção do DEM foi último ato de Agripino e Rosalba como colegas de partido. A vingança veio com o tempo
Há quatro anos, em plena Copa do Mundo, o senador José Agripino (DEM) costurou o resultado da polêmica convenção do DEM que resultou na rejeição a proposta de candidatura a reeleição da então governadora Rosalba Ciarlini.
Por 121×63 os delegados demistas escolheram salvar o mandato de Felipe Maia (DEM) a arriscar uma reeleição dificílima de Rosalba que estava inelegível àquela altura do campeonato do voto. Além disso, ela era até então a governadora mais impopular da história do RN com quase 80% de desaprovação e tinha apenas um punhado de partidos pequenos lhe dando sustentação política.
Foi uma decisão pragmática de Agripino que preferiu garantir as condições de reeleição do filho Felipe Maia e dos deputados estaduais do partido. Deu certo, mas quatro anos depois a fatura seria cobrada.
Nos bastidores Rosalba jurou vingança. Carlos Augusto Rosado também.
A lei do retorno veio com força e no momento certo para o casal rosalbista. O Blog do Barreto apurou junto a várias fontes em Natal que nas negociações com Carlos Eduardo Alves (PDT) foi oferecido a indicação do vice na chapa do pacto oligárquico. No entanto, Rosalba e Carlos Augusto quiseram mais: exigiram que Agripino fosse excluído da chapa majoritária. Daí iniciou-se uma longa negociação que passou por um jogo de gato e rato em que a prefeita e o marido atuaram com maestria sugerindo em diversas ocasiões que poderia se entender com a senadora Fátima Bezerra (PT) ou com o governador Robinson Faria (PSD). A dupla se deixou iludir atendendo as necessidades do rosalbismo se deixando fotografar com eles durante o Mossoró Cidade Junina.
Nem mesmo uma improvável “neutralidade” (ver AQUI) foi descartada no trabalho para atrair o ex-prefeito de Natal.
Até a “eterna” adversária Fátima Bezerra “chegou perto” de ter o apoio de Rosalba no jogo de cena
Carlos Eduardo mordeu a isca porque colocou na cabeça que Henrique Alves perdeu as eleições em 2014 porque não tinha o apoio de Rosalba em Mossoró. Isso deu a prefeita de Mossoró as condições de impor exigências.
As coisas aconteceram rapidamente na semana passada. Na sexta-feira Agripino anunciou que não disputaria a reeleição. No mesmo dia Rosalba convidou Carlos Eduardo para passar o Boca da Noite em sua companhia indicando o acasalamento político.
Ao leitor menos interessado na política uma questão dessa passa despercebido, mas em política as ações falam mais que as palavras.
Agora as discussões giram em torno da escolha do nome do vice que será indicado por Rosalba. Segundo o Blog apurou o acordo está muito próximo e Carlos Eduardo tem um plano B caso a prefeita não faça a indicação: o nome é Felipe Maia.
Agripino
José Agripino é pragmático. Sabia que tinha uma reeleição difícil. Excluído da chapa ele tinha um discurso: dizer que se sacrificou para fortalecer a chapa de Carlos Eduardo. Não era bem assim.
Quando surgiram os rumores de que ele desistiria por meio da assessoria ele disse: “O que está em cogitação são apoios de novos partidos à candidatura de Carlos Eduardo. Isso abre negociações em torno da chapa. Essa negociação é que está sendo cogitada”. O plural na frase não deixa dúvidas sobre o que estava acontecendo.
O ato seguinte confundiu a cabeça de quem acompanha o noticiário político: Agripino desistiu da reeleição para acomodar o deputado federal Antônio Jácome (PODE) candidato ao Senado.
Mas repare que Agripino não disse “novo partido”, mas “novos partidos” e isso significa que além do PODEMOS de Jácome estava em jogo o PP de Rosalba. Foi a exigência dela quem abriu o espaço para atrair Jácome que estava se entendendo com Robinson.
O sacrifício político de Agripino não foi necessariamente para atrair o deputado e a força dele no segmento evangélico, mas para garantir o apoio de Rosalba. A consequência foi a ocupação do espaço na majoritária por um outro ator político.
A intepretação de que Agripino desistiu de ir à reeleição por conta dos problemas no Supremo Tribunal Federal (STF) onde ele é réu em dois processos não é de todo errada. Afinal de contas candidato a deputado federal ele tem um caminho mais fácil para manter o foro privilegiado. Essa é a versão, até pelo fundo de verdade, mais consistente serve para esconder o fator determinante para a desistência de Agripino: a condição de Rosalba para apoiar Carlos Eduardo.
Por ironia, se Agripino tirou Rosalba do páreo há quatro anos para salvar o mandato de Felipe Maia desta vez é Felipe que ficará sem mandato de deputado federal por causa da exigência da agora prefeita de Mossoró.
Pensar que há 12 anos Agripino exigiu desalojar Geraldo Melo da chapa de Garibaldi Filho para colocar Rosalba candidata ao Senado, condição que levou ela, após vencer uma eleição apertada em cima de Fernando Bezerra, a se viabilizar para ser eleita governadora em 2010. Só falta agora a “Rosa” votar no “Tamborete”, o que não é de todo descartado, diga-se.
Agripino colhe as consequências do que fez de bom e ruim para Rosalba no passado.
Vereadores ainda discutiram correção de erro formal, mas primitivismo político prevaleceu
Cada dia me convenço do quanto o rosalbismo é ultrapassado. Não se trata apenas de um modelo de gestão com a cara dos anos 1990, mas também pela necessidade de se impor a qualquer custo ignorando convenções sociais como ponderação e humildade.
Ontem tivemos mais um espetáculo da necessidade de mostrar força sobrepujar o interesse público. Durante a votação da reforma administrativa, que caminharia para ser aprovada por unanimidade, foi detectado um erro formal que precisava ser corrigido.
A reforma administrativa se referia a Lei Complementar 105/2014 e não a Lei Complementar 126/2016 que foi a última reforma administrativa. Uma besteira facilmente alterada com uma emenda.
Vereadores governistas admitiram nos bastidores que essa alteração era necessária. Mas aí a mão de ferro palaciana não acatou e disse que estava tudo certo. Os aliados da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) acataram as explicações do consultor-geral Anselmo Carvalho e rejeitaram a alteração por 11 x 7.
Ao final a reforma administrativa que seria aprovada por unanimidade passou com 16 votos e três abstenções.
A gestão de Rosalba não aceita recuar nem mesmo no que sequer mereceria polêmica. Não é a primeira vez que isso acontece. Ano passado ao enviar a Lei Orçamentária Anual a gestão rosalbista ignorou emendas aprovadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) humilhando os vereadores.
É muito primitivismo político para uma prefeitura só.
Para saber mais sobre a reforma administrativa clique AQUI
A sexta-feira foi de vitórias políticas para o governador Robinson Faria (PSD) e o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT). Numa mesma manhã ambos conseguiram metas importantes para a viabilidade política deles.
Para Carlos Eduardo era fundamental diminuir o peso do palanque nas eleições deste ano. Era preciso tirar um dos senadores do caminho da reeleição sem maiores prejuízos políticos. Foi exatamente o que aconteceu. Acuado pela condução de réu no Supremo Tribunal Federal (STF) e com a reeleição eleitoralmente inviabilizada não restou a José Agripino (DEM) outro caminho que não fosse a desistência da disputa ao Senado. Vai tentar uma vaga na Câmara dos Deputados desalojando o filho, Felipe Maia, da política muito provavelmente.
Carlos ainda tirou o deputado federal Antônio Jácome (PODE) do palanque de Robinson e o colocou na condição de candidato ao Senado ao lado de Garibaldi Alves Filho (MDB). O cenário não poderia ser melhor. Garibaldi mesmo que combalido ainda tem mais competitividade que Agripino e Jácome atrai o eleitorado evangélico.
Agora Carlos Eduardo foca na conquista do apoio da prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP) dando a ela a condição de indicar o vice da chapa.
Por outro lado, Robinson evitou que o PSDB caísse no colo de Carlos Eduardo. Conseguiu o apoio de um partido estruturado que conta com oito deputados estaduais e o presidente da Assembleia Legislativa. Ele agora tem um candidato a senador parceiro na chapa, Geraldo Melo, e pode trabalhar uma segunda indicação e um vice para chamar de seu.
O PSDB não vem 100% porque a tendência é que os deputados Raimundo Fernandes e Gustavo Fernandes fiquem no palanque de Carlos Eduardo, mas não deixa de ser uma vitória importante ter o apoio formal de uma agremiação que possui um dos maiores tempos de TV.
Na luta para ir ao segundo turno podemos dizer que Carlos Eduardo e Robinson Faria tiveram uma sexta de vitórias em termos de viabilidade eleitoral.