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Justiça determina que Prefeitura de Patu regularize pagamento de mais de R$ 3 milhões ao fundo de previdência dos servidores

A Justiça determinou que o município de Patu/RN deve devolver mais de R$ 3,2 milhões ao fundo de previdência dos servidores públicos (PREVI-PATU). A decisão do Juiz Valdir Flávio Lobo Maia, titular da Comarca de Patu, teve como base a ação popular que apontou o desvio de valores do fundo previdenciário do município, o que poderá inviabilizar as aposentadorias e pensões dos servidores públicos do município.

O magistrado entendeu que a falta dos repasses pode agravar o desequilíbrio financeiro e atuarial do fundo de previdência e determinou a devolução dos valores em e a regularização dos repasses futuros ao PREVI-PATU de forma contínua e sem novos atrasos. Caso o município não cumpra a decisão, poderá ser penalizado com multas.

Disse o magistrado em sua decisão:

“[…] DEFIRO parcialmente a tutela de urgência pleiteada, para determinar a SUSPENSÃO imediata do ato lesivo consistente na omissão de pagamento da previdência (contribuição patronal), a fim de que os débitos sejam negociados, os parcelamentos vigentes sejam cumpridos e os repasses ordinários se deem de maneira regular, sob pena de aplicação de multa em caso de descumprimento.”

Alívio

A decisão judicial, que preserva os direitos dos servidores públicos municipais, foi comemorada pelos servidores de Patu. O temor de se aposentar e não receber os proventos estava tirando o sono dos servidores municipais. “Todo mês é descontado do meu salário e mesmo assim corro o risco de não receber nada quando me aposentar. Isso é muita injustiça”, disse uma servidora de Patu que pediu para não ser identificada por medo de represálias.

Processo nº 0800601-52.2024.8.20.5125 no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.

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Ação popular pede afastamento do prefeito de Patu

Blog do BG

Uma ação popular pede o afastamento imediato do prefeito de Patu, Rivelino Câmara, por desvio de valores do fundo previdenciário do município, o PREVI-PATU. De acordo com a ação, o rombo supera R$ 3 milhões. A ação também pede a indisponibilidade dos bens do prefeito Rivelino Câmara para cobrir o prejuízo ao PREVI-PATU.

Ainda segundo a ação judicial, o valor é descontado do salário do servidor público e não é repassado ao fundo de previdência, como também não é repassada a verba patronal, levando o fundo de previdência à beira do colapso, podendo comprometer o pagamento de 233 servidores, 66 aposentados, 8 pensionistas e 1 dependente, vinculados ao PREVI-PATU.

O rombo aumenta a cada ano porque além da falta dos repasses, os acordos de reparcelamento da dívida também não estão sendo cumpridos, acarretando a incidência de juros, multa e correção monetária, agravando o dano erário público. A ação diz que o afastamento imediato do prefeito Rivelino é necessário pois ele interfere diretamente na gestão do instituto de previdência uma vez que a presidência é ocupada por pessoa indicada pelo próprio prefeito.