Esta semana a Assembleia Legislativa aprovou dois projetos de lei que são completas nulidades do ponto de vista prático para a população do Rio Grande do Norte.
Ambas as propostas são do bolsonarista Coronel Azevedo (PL), aquele deputado estadual que ia para o plenário de farda e chegou a dizer que Pedro Álvares Cabral fez a independência do Brasil.
A primeira é a proibição é dos banheiros unissex nos estabelecimentos do Rio Grande do Norte. Por trás da justificativa de proteção das mulheres e das crianças (não existe registros de que esses banheiros foram usados para violência sexual) está o teor homofóbico e transfóbico da proposta.
Proibir banheiro unissex em nada vai coibir a violência contra mulheres e crianças, até porque a maioria dos casos ocorre no ambiente doméstico. A solução passa por políticas públicas, que bolsonaristas como Azevedo, são contra alegando ser “ideologia de gênero”.
A outra proposta de Azevedo é o uso da leitura da Bíblia como recurso pedagógico e educacional no Estado. O Rio Grande do Norte tem um dos pires números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Brasil.
Na cabeça tacanha de Azevedo a solução é usar um livro escrito na Era do Bronze como recurso pedagógico como se isso fosse melhorar o desempenho dos nossos alunos.
A solução passa pela melhoria das condições de trabalho dos professores, educação integral e facilidade para evitar a evasão escolar.
Gente como Azevedo costuma tratar qualquer avanço na educação como “doutrinação” e culpar Paulo Freire, o autor brasileiro mais citado em trabalhos acadêmicos no mundo, pelas mazelas da nossa educação.
De imbecilidade em imbecilidade, o bolsonarismo vai empurrando o Brasil para o atraso.