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Imbecilidade! A solução da extrema-direita para a crise da educação do RN é tornar a bíblia livro pedagógico e proibir banheiro unissex para conter a violência contra mulher

Esta semana a Assembleia Legislativa aprovou dois projetos de lei que são completas nulidades do ponto de vista prático para a população do Rio Grande do Norte.

Ambas as propostas são do bolsonarista Coronel Azevedo (PL), aquele deputado estadual que ia para o plenário de farda e chegou a dizer que Pedro Álvares Cabral fez a independência do Brasil.

A primeira é a proibição é dos banheiros unissex nos estabelecimentos do Rio Grande do Norte. Por trás da justificativa de proteção das mulheres e das crianças (não existe registros de que esses banheiros foram usados para violência sexual) está o teor homofóbico e transfóbico da proposta.

Proibir banheiro unissex em nada vai coibir a violência contra mulheres e crianças, até porque a maioria dos casos ocorre no ambiente doméstico. A solução passa por políticas públicas, que bolsonaristas como Azevedo, são contra alegando ser “ideologia de gênero”.

A outra proposta de Azevedo é o uso da leitura da Bíblia como recurso pedagógico e educacional no Estado. O Rio Grande do Norte tem um dos pires números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Brasil.

Na cabeça tacanha de Azevedo a solução é usar um livro escrito na Era do Bronze como recurso pedagógico como se isso fosse melhorar o desempenho dos nossos alunos.

A solução passa pela melhoria das condições de trabalho dos professores, educação integral e facilidade para evitar a evasão escolar.

Gente como Azevedo costuma tratar qualquer avanço na educação como “doutrinação” e culpar Paulo Freire, o autor brasileiro mais citado em trabalhos acadêmicos no mundo, pelas mazelas da nossa educação.

De imbecilidade em imbecilidade, o bolsonarismo vai empurrando o Brasil para o atraso.

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Assembleia aprova proibição de banheiros unissex no RN

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou nesta terça-feira (17) o Projeto de Lei que proíbe a instalação e adequação de banheiros, vestiários e assemelhados na modalidade unissex no Estado. A medida atinge espaços públicos, estabelecimentos comerciais privados e demais ambientes de trabalho e estudo no RN.

“O Projeto não trata de nenhuma forma de discriminação, de homofobia, ou transfobia, mas sim da preservação da segurança das crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosos, que são muito mais vulneráveis aos mais variados tipos de violência, inclusive o assédio e a importunação sexual”, disse o deputado estadual coronel Azevedo (PL), autor da proposição.

Durante o debate em torno da matéria, as deputadas estaduais Isolda Dantas e Divaneide Basílio, ambas do PT, criticaram a proposta. Para Isolda, o projeto não consultou entidades representativas da sociedade e acaba punindo mulheres e LGBTs. Já Divaneide, demonstrou preocupação com possíveis prejuízos para os pequenos comerciantes que precisarão adequar estabelecimentos. “Quer punir violador dos diretos da criança e adolescente, fortaleça rede de acolhimento. Quer punir agressores de mulheres? Aumentem as delegacias”, disse.

Na mesma sessão os deputados estaduais aprovaram ainda uma outra proposta do deputado coronel Azevedo, está voltada para o uso da leitura da Bíblia como recurso pedagógico e educacional no Estado. Também foi aprovado projeto de autoria do Executivo que reestrutura os cargos de auditor de controle interno e analista contábil e institui o Plano de Cargo, Salário e Carreira dos auditores de finanças e controle. Dois requerimentos com autorizações para sessões solenes também foram avalizados.

Nota do Blog: não sei qual é o projeto mais inútil! Proibir banheiro unissex é só uma tara da extrema direita que nada resolve a violência contra a mulher. Incluir um livro religioso como instrumento pedagógico é um acinte ao Estado Laico.