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Allyson age para melhorar imagem com servidores e enfraquecer sindicatos

O prefeito Allyson Bezerra (União), que entrou para a política pelo movimento sindical, entrou em rota de colisão com os servidores municipais ao longo destes quase três anos de mandatos, mas a situação ficou ainda mais delicada este ano com o não pagamento do reajuste do piso nacional dos professores e o corte de direitos dos servidores.

Além disso, ele entrou em crise com os guardas municipais e agentes de trânsito por descumprimento de acordos.

Tem sido um ano recheado de protestos contra o prefeito que tem buscado outros meios para reduzir os danos de sua imagem perante os servidores.

Allyson tem tentado fazer negociações paralelas com servidores que não são representantes legais das categorias, ignorando o papel dos sindicatos. O gesto é uma demonstração de desprezo pela institucionalidade que lembra o comportamento da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP), que chegou a ficar quase três anos sem dialogar com o Sindserpum.

O episódio mais recente foi a elaboração do Planos de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores gerais e da assistência social em que o prefeito desfilou com o projeto cercado de cargos comissionados e efetivos com gratificações até a Câmara Municipal para fazer a entrega do documento e no dia da votação botou a sua claque para vaiar os vereadores de oposição que propuseram emendas para corrigir distorções apontadas pelo Sindserpum, como a possibilidade de servidores receberem pagamentos abaixo do salário-mínimo.

Allyson está atropelando os sindicatos para minimizar o estrago de sua imagem junto aos servidores.

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Prefeito nega retirada de direitos dos servidores: “não terão prejuízos”

O prefeito Allyson Bezerra (SD) reuniu nesta terça-feira (13), servidores de diversas categorias do município para esclarecer pontos do Projeto de Lei nº 17 enviado para a Câmara Municipal.

Em mais de quatro horas de diálogo, ele apresentou ponto por ponto do projeto e tranquilizou os servidores. “Nenhum direito será retirado. Há muita desinformação sendo compartilhada e estamos recebendo vocês para reestabelecer a verdade. Os servidores não terão prejuízos”, assegurou o prefeito.

Sobre a redução da carga horária para pais que tenham filhos com deficiência, o gestor apresentou o texto da lei que garante a redução, inclusive maior do que o estabelecido para os servidores estaduais. Os servidores municipais terão redução que pode chegar ao teto de 15h semanais, enquanto no estado só pode chegar até 20h.

Sobre a polêmica em torno do adicional por tempo de serviço, foi esclarecido que o direito está mantido para todos os atuais servidores. Para os futuros servidores, segundo o projeto, o benefício continua para aqueles que não tenham plano de cargos e carreiras.

O prefeito também destacou que o PL nº 17 amplia a licença maternidade de 180 para 210 dias, e a licença paternidade será ampliada de 8 pra 30, podendo ser ampliada ainda para 45 em caso de pais com filhos com deficiência.

Os servidores presentes avaliaram o encontro como positivo e tranquilizador. Alguns dos servidores presentes afirmaram que as dúvidas sobre o projeto de lei foram esclarecidas.