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Quem ganha com a greve dos professores do Estado?

A greve dos professores da rede estadual de ensino ocorre antes do esgotamento das instâncias de negociação. Já houve proposta do Governo do Estado para a aplicação do piso que foi recusada pelos professores.

A luta pelo reajuste do piso é justa. Apoio que o pagamento seja feito com efeito para todos os níveis da categoria.

A proposta do Governo faria os professores acumularem 90% de aumento em seis anos de governo Fátima Bezerra (PT). Ainda assim, a greve foi aprovada e deve ganhar novos contornos com os protestos marcados para esta semana.

Enquanto isso, o mesmo Sinte/RN, que também representa os professores da rede municipal de Natal, aguarda com toda paciência do mundo uma proposta mesmo em um cenário de defasagem salarial de 60%.

Só no dia 25 de março haverá assembleia da categoria, que sequer conta com uma mesma de negociação permanente com a Prefeitura de Natal.

Sabe quem ganha com isso? Álvaro Dias (Republicanos), ex-prefeito responsável pela defasagem de 60% dos salários dos professores. Ele é pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte e acusa a governadora de afundar o Estado.

Sabe quem também ganha com isso? O prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (UB), que até agora não apresentou proposta aos professores sobre o piso de 2025 e não pagou o de 2023.

Sabe o que ele alega? Que ninguém na rede municipal de Mossoró recebe abaixo do piso então não precisa reajustar. Ele também sonha ser governador do RN.

Outro que ganha com isso é o senador Rogério Marinho (PL), que é contra aumentar até o salário-mínimo, imagina o piso dos professores. Ele está doido para ser governador.

No meio disso, o MP tenta anular os reajustes dos professores dados no RN desde 2012 e já conseguiu suspender o retroativo de 2023 na Justiça. Sabe quem é contra essa posição do parquet? O Governo Fátima, inclusive apresentando recursos ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A greve expõe uma contradição do Sinte/RN, divide a esquerda e favorece os verdadeiros algozes dos professores.

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Enquanto Governo Fátima luta no STF para pagar retroativo do piso de 2023, Sinte prepara acirramento das atividades de greve

Esta semana os professores da rede estadual do Rio Grande do Norte sofreram uma derrota com o endosso da Procuradoria-Geral da República (PGR) para a suspensão dos efeitos do reajuste do piso da categoria relativo ao ano de 2023, fruto de uma ação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).

Para piorar a situação o MPRN ajuizou outra ação. Desta vez para suspender os retroativos do piso de 2024, o que vai gerar ainda mais prejuízos aos professores.

Ainda estão em risco nestas ações do MPRN a aplicação do reajuste do piso nos anos de 2019, 2020 e 2022.

A alegação é de inconstitucionalidade.

O Governo de Fátima Bezerra (PT), através da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), defende a constitucionalidade das leis. O próprio perfil do Sinte no Instagram reconhece isso em nota publicada ontem sobre o parecer da PGR que trata da suspensão do reajuste de 2023.

“No texto, também é destacado que o Estado do RN defendeu a constitucionalidade da lei no processo e solicita uma audiência de conciliação no STF”, diz a nota do Sinte que comenta o parecer.

Em seu site, o Sinte afirma que o MPRN tem um histórico de atitudes contra a educação.

Apesar do apoio jurídico do Governo, os professores da rede estadual rejeitaram a proposta de Fátima para reajustar o piso de 2025 e estão em greve. Ontem foi aprovada uma agenda de protestos que ocorrerão entre hoje e 19 de março.

O ponto alto será o ato público em frente a Governadoria na próxima terça-feira.

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“A defasagem de anos não está no radar a curto prazo”, afirma secretário de educação que garante aplicação do piso de 2025 em Natal

Em entrevista exclusiva ao Blog do Barreto o secretário municipal de educação de Natal Aldo Fernandes deu uma má e uma boa notícia para os professores da rede municipal.

A má notícia é que está fora de cogitação o pagamento em 2025 da defasagem salarial que acumula 60%. “A defasagem de anos não está no radar a curto prazo. Não vou discutir agora em 2025”, avisou o secretário que acrescentou que já se reuniu com os professores duas vezes esse ano.

A boa notícia é que o piso dos professores ativos será pago com reajuste integral de 6,27% ainda este ano. “Em 2025 nós vamos tratar da mesa permanente de negociação, aplicação do piso de 6,27% e fazer os pagamentos das promoções das mudanças de letras e níveis. Quero institucionalizar isso em 2025”, garantiu. “Ativos será sem parcelamento do percentual”, complementou.

Ainda há uma situação em aberto que é a possibilidade de estender o reajuste para os professores aposentados como costuma acontecer na rede estadual. Para os inativos não está garantido e haverá uma reunião no começo de março para discutir. “Nós vamos aguardar o posicionamento do Natalprevi”, avisou ao Blog.

A ideia é receber o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) até o final da primeira quinzena de março. A categoria planeja uma assembleia no dia 27 para apreciar a proposta da Prefeitura de Natal.

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Greve dos professores ignora decisão judicial que limita Governo no reajuste do piso e escancara dois pesos e duas medidas do Sinte

Os professores da rede estadual de ensino rejeitaram a proposta da governadora Fátima Bezerra (PT) de parcelar em duas vezes o reajuste do piso nacional da categoria de 6,27%.

O Governo sugeriu pagar 3% em abril e 3,27% em dezembro. A categoria aprovou a contraproposta de reajuste de 6,27% em março com o retroativo acumulado entre janeiro e fevereiro.

No dia 11 de março haverá protesto na Governadoria.

Na última sexta-feira a governadora Fátima Bezerra (PT) se reuniu com os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) para apresentar a proposta rejeitada.

O grande entrave para a ampliação de propostas do Governo é uma ação em que o Ministério Público suspendeu por decisão judicial o pagamento dos retroativos do reajuste do piso em 2023 por falta previsão orçamentária. “Nesse contexto, já foram realizadas diversas reuniões e apresentadas propostas ao Sindicato da categoria com o objetivo de assegurar um reajuste de 6,27%, o que, ao final de 2025, resultará em um ganho acumulado de 98,25% para a categoria, considerando o período de 2019 a 2025. Este reajuste com base na Lei 11.738, a qual instituiu o piso salarial nacional, representa uma conquista histórica para a categoria e o compromisso do governo com a valorização dos educadores”, diz o governo em nota.

Esse argumento não tem sido levado em consideração pelo Sinte.

O contraditório é que uma das alegações do mesmo sindicato para justificar a postura mais amena na luta pelo piso na rede municipal de Natal é a existência de decisões judiciais desfavoráveis.

A Prefeitura de Natal tem uma defasagem de 60% nos salários da categoria e não recebeu reajustes em 2020, 2022 e 2024.

Com Natal a paciência é maior, apesar da falta de proposta. A assembleia da categoria será no dia 27 de março, conforme anunciado no próprio site do Sinte.

A diferença das posturas é gritante. O piso foi instituído na mesma data para o Governo do Estado e Prefeitura de Natal.

Nota do Blog: não adianta me xingar. A contradição é de vocês!

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Sinte espanta contradição e faz pressão sobre Paulinho pelo cumprimento da lei do piso

Após críticas do Blog do Barreto o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) mobilizou os professores para pressionar o prefeito de Natal Paulinho Freire (UB) pelo cumprimento do reajuste de 6,27% do piso nacional da categoria, além de um plano para reparar a defasagem salarial de 60%.

A movimentação foi durante a leitura da mensagem anual do prefeito na Câmara Municipal de Natal.

Sem dar prazo para a implantação do reajuste do piso em 2025, Paulinho garantiu aos professores que cumprirá a lei. “Nosso objetivo é contribuir para a inovação em políticas públicas que passam pela valorização dos nossos servidores. Esse compromisso passa pela valorização salarial. Há estudos para viabilizar como é possível viabilizar a reposição dos 6,27% dos professores de Natal. Nós vamos fazer essa reposição. É um compromisso que nós estamos assumindo aqui com os professores”*, frisou.

Os professores também cobram a revogação da Lei Complementar nº 241/2024, considerada desastrosa para a categoria, e concessões de promoções.

Contradição

Enquanto há um indicativo de greve para rede estadual marcado para ser votado amanhã, os dirigentes do Sinte/RN vinham tendo uma postura mais complacente em relação a Prefeitura de Natal mesmo com o descumprimento do piso nos anos de 2020, 2022 e 2023.

*aspas extraídas do Portal da 98 FM.

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Sinte afirma que assembleia para discutir piso dos professores de Natal será no dia 24, mas sem sinalizar greve

O perfil do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) informou em comentário em post do Blog do Barreto no Instagram que será realizada uma assembleia no dia 24 para avaliar a situação do pagamento do piso nacional da categoria por parte da Prefeitura de Natal.

Diz a nota:

“Boa tarde! No dia 24 de fevereiro haverá

Assembleia dos(as) educadores(as) da Rede Municipal do Natal. Será realizada no auditório do Sindicato, com início às 14h. Na ocasião, estarão em pauta: campanha salarial e educacional 2025; ação judicial relativa ao retroativo do Piso de 2018; informes e encaminhamentos. Com relação ao questionamento sobre indicativo de greve, uma assembleia com tal pauta só é convocada após deliberação da categoria. Até o momento, não houve qualquer deliberação sobre esse tema. Reforçamos que o SINTE-RN representa os trabalhadores e as trabalhadoras em Educação Pública do RN e que a categoria é a responsável por deflagrar greve. Para mais informações, nossa assessoria está à disposição”.

A Prefeitura de Natal não cumpriu a lei do piso em 2020, 2022 e 2023. A defasagem calculada é de 60%.

Já em relação ao Governo do Estado há um indicativo de greve para ser analisado nesta quarta-feira 19. A governadora Fátima Bezerra (PT) pagou o reajuste do piso de forma parcelada todos os anos e acumula aumentos que somam 95% ao longo da gestão.

 

 

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Bolsonarismo coloniza a mente dos dirigentes do Sintern

Quando a então senadora Fátima Bezerra (PT) venceu a eleição para o Governo do Estado em 2018 iniciou-se a gritaria do bolsonarismo potiguar em torno da relação da petista com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sintern).

Fátima foi presidente da entidade, liderou greves e como parlamentar foi defensora do Fundeb e do piso nacional dos professores.

Por essa história, muito se esperava dela em relação a categoria, que deixou o bolsonarismo assanhado e com o dedo pronto para apontar contra a governadora eleita. Em outra frente, o Sintern, pelo histórico de ligação com o PT, já começou a ser acusado de fazer corpo mole em relação as pautas.

O bolsonarismo jogou a isca, o Sintern mordeu e se lambuzou a ponto de se deixar colonizar pelo bolsonarismo.

A partir de então, o Sintern passou a jogar duro com Fátima na pressão por conquistas que viriam naturalmente dada a boa vontade da governadora em negociar, o que não acontece nas gestões de direita.

Por mais que o Sintern jogue duro, o aplauso bolsonarista nunca veio nem virá. O que o bolsonarismo quer é a crise de Fátima com a sua principal base eleitoral.

Conseguiu!

E olhe que Fátima deu em seis anos deu 95% de reajuste salarial, estende os aumentos aos aposentados (isso não é comum nos outros estados) e sempre negocia.

Por outro lado, não há mesma dureza nem as manchetes quando o assunto é a Prefeitura de Natal, cujos professores são representados pelo mesmo Sintern. A gestão de Álvaro Dias (Republicanos) deixou uma defasagem de 60% segundo cálculos do próprio Sintern.

O piso vale desde janeiro para a Prefeitura de Natal e o Governo do Estado. Mas só o Governo vai encarar uma greve.

O indicativo de greve será avaliado dia 19. Já com Natal aceitam passivamente a promessa de reajuste de 2025 sem perspectivas de receber os de 2020, 2022 e 2023 que estão em aberto.

O bolsonarismo colonizou o Sintern que precisa sempre mostrar que é independente em relação ao PT sendo duro com Fátima e paciente com os prefeitos de Natal do passado e do presente.

 

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Professores farão paralisação por falta de acordo com o Governo para pagamento do piso

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) anunciou para esta terça-feira, 11, um protesto contra o Governo do Estado pela falta de acordo em relação a aplicação do reajuste de 6,7% do piso da categoria.

A atitude é rescaldo da reunião considerada frustrante da última sexta-feira com a secretária estadual de Educação, Socorro Batista, juntamente com representantes da Procuradoria Geral do Estado e da Secretaria de Administração. “O governo não irá aplicar o reajuste do piso na carreira dos professores da rede estadual de ensino. Nesse sentido, iremos organizar nossa luta”, afirmou o coordenador-geral do Sinte-RN, Bruno Vital, que participou da reunião ao lado de outros representantes do sindicato.

O Sinte/RN classifica como “falta de sensibilidade” da governadora Fátima Bezerra (PT) a ausência de uma proposta que contemplasse os professores.

Em Mossoró, a Regional do Sinte realizará uma Assembleia Geral na sede do sindicato, a partir das 8h da manhã, para discutir os rumos da luta pela educação. “Dessa forma, estão convocados todos os profissionais da rede estadual para alinhamento de forças. O objetivo da reunião é organizar as próximas etapas da luta, discutir as condições de trabalho e garantir a união da categoria em torno do reajuste do piso, além das pautas que permanecem em aberto, como o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos funcionários e funcionárias da educação”, afirma texto publicado na página da entidade.

Em Natal, será feita uma manifestação às 8h em frente à Assembleia Legislativa, antes da leitura da mensagem anual da governadora. Na oportunidade será realizado o “Café com Luta”, seguido de um Ato Público.

A partir das 14h, os professores farão uma nova Assembleia no auditório do Sinte-RN, em Natal.

“O governo precisa se comprometer de forma efetiva com a valorização da classe e com a implementação das pautas que envolvem tanto os professores quanto os demais profissionais da educação. O Sinte-RN, e regionais, seguem comprometidos a intensificar a mobilização até que as demandas sejam atendidas, e a greve é vista como uma ferramenta importante para garantir que o piso salarial seja pago e o PCCR dos funcionários da educação seja reformulado”, afirma o Sinte em sua página na Internet.

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Sinte, manso com Álvaro, segue pondo a corda no pescoço de Fátima

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTERN) levou muito à sério as pressões dos setores conservadores e reacionários da mídia e da sociedade potiguar no início do governo de Fátima Bezerra (PT) que duvidaram que a entidade seria aguerrida na defesa dos professores.

Greves foram realizadas, conquistas mantidas e ampliadas. Ainda assim a entidade segue sentindo que precisa provar algo a quem lhe detesta.

A entidade tem sido mansa com o prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) que tem ano a ano humilhado a categoria. Não reajustou o piso nos últimos anos e este ano apareceu apenas em julho propondo míseros 7% com retroativo parcelado no ano que vem.

Era pegar ou largar. O sindicato, bovinamente, pegou sem nem falar em greve.

Já com Fátima foram em dois anos, somados, 48% de reajuste do piso, incluindo os inativos. O Rio Grande do Norte é um dos poucos estados do Brasil que inclui professores aposentados no piso, diga-se de passagem.

No sábado, o secretário estadual da fazenda Cadu Xavier apresentou um balanço das contas do Estado. O gasto com pessoal do Fundeb subiu de 79,55% para 86,46% entre 2022 e 2023, somente com ativos. A folha de pagamento saltou 19,82% enquanto a arrecadação aumentou apenas 2,49%.

A resposta do SINTERN foi anunciar que EXIGE a confecção de uma folha suplementar para garantir o pagamento de 1/6 das férias do meio do ano.

A entidade é com Álvaro Dias tudo aquilo que diziam que seria com a petista Fátima Bezerra e é com Fátima tudo que seria com um político direitoso como prefeito de Natal.

Fátima está sempre com a corda no pescoço colocada pelo sindicato que lhe abriu as portas para a política. Tudo isso sem o devido reconhecimento das forças conservadoras e reacionárias que lá atrás duvidaram da coerência dos sindicalistas que comandam a entidade.

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Professores de Natal estão com defasagem salarial de 67% no piso da categoria, revela Sinte

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte iniciou uma campanha salarial em busca de perdas que totalizam 67% no piso nacional da categoria na rede municipal de ensino de Natal.

O prefeito Álvaro Dias (Republicanos) ignora os reajustes do piso desde 2020. São 6,42% daquele ano mais 33,24% de 2022 (que incluiu o que não foi dado em nível nacional em 2021) mais 14,95% deste ano. Some-se a isso as perdas salariais de 2013, totalizando 67% de reajuste cobrado.

“Prefeito, a educação municipal espera há quatro anos: negociação, diálogo e valorização profissional”, diz o lema da campanha salarial.

Álvaro Dias, até aqui tem tido paz se comparado a governadora Fátima Bezerra (PT) e ao prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (SD) que enfrentam greves.