Categorias
Entrevista

O verdadeiro sentido de ser mãe

Por Thiago Fernando de Queiroz*

Chega um determinado momento na vida de algumas mulheres que o sentimento de ser mãe se aflora, esse sentimento inexplicável surge como uma mágica do viver, e, como tudo aquilo que é inexplicável nessa vida, ao descobrir que se está grávida, a primeira reação é, colocar a mão na barriga e começar a sonhar. Os pensamentos nesse momento vêm na mente e diversas perguntas são feitas como se estivesse perguntando a si mesma.

Como será seu rostinho? Sua mãozinha? Seu cheirinho? Seu primeiro sorrisinho? Qual será sua primeira palavrinha quando começar a falar? Com quantos meses começará a andar? Como será o seu dormir e o seu levantar? Como será seu futuro? Nossa, são tantas as perguntas e sonhos, que como o conto de uma história, o que espera é um final feliz.

No momento ao descobrir a gestação, não se dorme do mesmo jeito, o sentimento de proteção surge, uma leoa ruge a quem tentar dizer ao contrário a seu filho que está sendo gerado, e, como uma flor linda que exala perfumes marcantes, ela quer ser apreciada, cuidada e amada pelos os que cercam.

Então, como ponteiros de relógio que passam rapidamente, o dia chega, momentos de preocupações vem à mente, dores e medos são presentes, mas, quando ele ou ela nasce, as dores somem rapidamente, e, o que se mais quer é seu sonho esteja em seus braços. A partir daí um desejo enorme mais forte que o normal flui ao ver pela primeira vez aquele rostinho vindo como um presente, sentir o seu cheirinho traz as memórias todos aqueles dias que em sua barriga ele ou ela estava, e, quando ele ou ela dar a primeira mamada, nossa, por um instante você se sente como Deus, que nos deu a sua vida pra nos salvar e nos deixar acreditar em uma vida eterna de alegria, e, é essa a alegria que você quer que seu filho ou filha tenha ao viver e a toda sua vida.

É nos embraçares de todas essas emoções e sentimentos que neste Dia das Mães, eu entrevisto uma mãe guerreira, uma mãe que luta com amor pelo bem-estar e os direitos de seu filho com deficiência. Essa mulher guerreira vivi na Comunidade Rural Maísa, situado no município de Mossoró/RN. Não falarei muito agora, pois, vamos para a entrevista.

Entrevista com Neta Mendes

Thiago Queiroz – Neta, é um prazer enorme está lhe entrevistando e poder contar a sua história. Conte-nos um pouco sobre você, onde nasceu e exponha um pouco sobre sua família?

Neta Lima – Meu nome é Maria da Luz Pereira Lima, conhecida como Neta, nasci em Aracoiaba no estado do Ceará. Sou filha de Luiz Pereira Lima e Maria Terezinha de Lima, meus pais tiveram 14 filhos e acabaram criando 9. Eu concluir o Ensino Médio e hoje trabalho como locutora em uma Rádio da Comunidade Maísa, onde vivo atualmente com meu filho Francisco Erislan Pereira de Oliveira.

Thiago Queiroz – Neta, antes de ser mãe, qual era o seu sonho?

Neta Lima – Nunca foi muito de sonhar, pois, aos 9 anos tive que tomar a responsabilidade da casa e cuidar dos meus irmãos, visto ao falecimento de minha mãe. Mas, uma coisa que sempre almejava é que meu pai tivesse orgulho de min, e, acredito que ele tenha. Apesar de ser uma das mais novas entre os filhos, todas as decisões tomadas pela família passam por mim. Mas, eu tenho um desejo, é que acabe o preconceito no mundo.

Thiago Queiroz – Neta, com quantos anos você foi mãe e em que data nasceu Erislan?

Neta Lima – Fui mãe aos 19 anos, e, Erislan nasceu em 21 de março de1997.

Thiago Queiroz – Conte-nos um pouco sobre o pai de Erislan? Se ele participa da criação, se ajuda de alguma forma, a história de vocês?

Neta Lima – Meu filho é a pessoa mais importante de minha vida, como ele eu aprendi a viver coisa que eu achava que não era capaz, eu aprendi que cada dia vale a pena acordar, porque a gente tem uma razão para isso, eu a minha razão é meu filho. Todos os dias meu despertar, olhar para ele é a minha razão de viver. Algumas pessoas me ajudaram na criação do meu filho, mas, na verdade, sempre foi só eu. A minha família me apoiou, me apoiou em qual sentido, não desistir de mim, mas, em questão de alimentação, eu lutava para conseguir, pois, eu não queria que alguém que viesse me ajudar dando uma lata de leite ou uma bandeja de Danone jogasse na minha cara depois, e, se sentisse no direito de bater em Erislan. Então, isso eu não aceitava, o que fiz eu? Eu fiz faxina, cheguei até limpa muro de enxada pra ganhar um trocado para comprar uma lata de leite pro meu filho, porque quando ele nasceu, uns dois meses depois, ele teve a primeira crise. A partir daí, o pai dele nos abandonou, então, com o abandono do pai dele, como a gente morava numa casa de aluguel, eu não tinha condições de manter. Assim, eu voltei pra dentro da casa do meu pai e quando eu voltei pra dentro da casa do meu pai, eu voltei decidida a criar o meu filho sozinha. E foi isso que eu fiz.

Thiago Queiroz – Quando Erislan nasceu, os médicos lhe informaram que ele seria uma pessoa com deficiência?

Neta Lima – Não! Os médicos não me informaram nada. Erislan nasceu de parto normal com quatro quilos e trezentas gramas, cinquenta e dois centímetros. Após o parto, Erislan não chorou, deram aquelas palmadinhas nele, em seguida ele chorou. Ele nasceu todo roxinho e uns vinte minutos depois levaram ele até a mim, mas, ele não foi diagnosticado com nenhum tipo de deficiência quando nasceu.

Thiago Queiroz – Neta, explique um pouco sobre qual é a deficiência de Erislan.

Neta Lima – Erislan é portador de paralisia cerebral, epilepsia, extrofia e é usuário de cadeira de roda. Erislan também tem outro problema que a gente veio descobrir a uns quatro anos, ele não tem lágrima e hoje ele não tem lágrimas ao chorar. Levei ele para uma Doutora e ela disse que esse caso da visão de Erislan é rara. Ele tem um grau perfeito, enxerga muito bem, mas ele não se interessa por televisão. A doutora disse que tem alguma coisa a ver com ele não vê muito bem o colorido. Eu não entendi bem. Só que uma coisa que me intriga é que Erislan conhece as cores. Eu coloco as cores assim, verde, azul, amarelo; e, a cor que eu mandar ele pegar, ele pega. Então assim, ela disse que era uma coisa rara, mas, ele tem esse problema na vista, ao qual, ele não chora, de restante na visão, ele não tem nada.

Thiago Queiroz – Fale um pouco das lutas que você passa para garantir os direitos de seu filho?

Neta Lima – Essa é uma das piores partes. Vou começar contando um fato que ocorreu a mais ou menos vinte e um anos atrás. Quando fui matricular meu filho no jardim da infância, ao qual ele nunca teve o direito de estudar no jardim, visto que a diretora na época, uma pessoa muito conhecida e que se tornou vereadora em Mossoró, não deixou meu filho se matricular, dizendo que meu filho era doente. Como toda mãe que ver seu filho chegando em fase escolar, eu queria que ele estudasse. Comprei os materiais escolares, a fardinha, fui a escola matricular ele, mas, ouvir absurdos de alguém que deveria educar, mas, com palavras frias, me magoou muito. Pois, seria o primeiro aninho dele na escola, porém, a palavra da diretora dizendo que aquele lugar não era para o meu filho doeu muito. Abaixei meus olhos e comecei a chorar. Vim pra casa, chorei muito e fiquei com aquele não e pronto. Quando Erislan completou cinco anos, me falaram de uma instituição chamada APAE, em Mossoró. Naquele mesmo instante eu disse: Eu vou lá! Porque quando vieram me falar da APAE, disseram assim: Neta, na APAE Só tem crianças igual o seu ou pior que seu filho! Eu pensei, “então lá é o canto pro meu filho”. Fui na APAE, e, quando cheguei lá, fui muito bem recebida. Meu filho passou cinco anos na APAE, onde ele tinha direito a tudo que se dá a uma criança especial e foi na APAE que eu aprendi a ser mãe de uma criança especial. Lá eu aprendi qual era o meu direito, qual era os meus deveres, como lidar com meu filho, como lidar com um filho da vizinha, como lidar com uma criança que era especial também. Tudo isso eu devo a APAE. Meu filho tinha atendimento de hidroterapia, terapeuta ocupacional, fisioterapia e estudava em sala de aula. A merenda que as crianças merendavam, os professores e as pessoas da secretaria também merendavam, era todo mundo no refeitório, e, as mães também tinham o mesmo direito. Então assim, eu entrei no céu, a minha ida para a APAE, eles diziam “aqui você vai aprender tudo que você precisa saber, e, lá eu aprendi tudo que eu precisava. Foi um salto por céu. Quando eu saí da APAE e durante esses cinco anos nunca fui em carro de Prefeitura, sempre fui pagando do meu bolso. Eu pagava um táxi pra levar eu e meu filho durante esses cinco anos. Eu lutei, batalhei, corri atrás, mas eu nunca consegui um carro por parte da Prefeitura, nunca ajudaram em nada. Então meu filho passou cinco anos lá e se fosse preciso, ele estaria lá até hoje. Se voltasse ao passado, eu taria indo da mesma forma que foi do começo. Quando ele completou uma determinada idade, mandaram colocar ele numa escola normal, aí o meu Deus, o que é uma escola normal? Daí minha preocupação foi, aonde eu poderia colocar ele pra ele estudar, interagir com outras crianças. Aí vai eu fazer a matrícula de Erislan na Escola Estadual Gilberto Rola, que é aqui na Maísa. Quando eu consegui encaixar meu filho para fazer a matrícula, graças a Deus deu certo, porém, foram dois anos de espera, eu tive que procurar a Secretaria de Educação para garantir o direito a educação de meu filho, a Secretária me deu uma carta, entreguei para a diretora e só assim consegui engajar meu filho na sala de aula. Foram dois anos difícil, eu não sofria preconceito com meu filho na sala de aula, com os alunos, mas, eu sofria com as mães dos alunos. Elas diziam que não sabia o que meu filho tava fazendo ali, porque ele era doido, ele era doente, ele não era capaz. Contudo, eu já tava experiente, já sabia como me defender e defender o meu filho. Eu mostrei pra população que o meu filho tem o mesmo direito dos filhos deles. Essa foi uma luta muito difícil, mas, a gente venceu.

Thiago Queiroz – Neta, muito chocante esse relato, sabemos que foram muitas lutas que você enfrentou com o seu filho, visto que temos uma sociedade preconceituosa e excludente, e, ainda sei, essas não foram nem a metade de suas lutas, mas, você vem vencendo. Me conte, o que você almeja para Erislan e qual o seu sonho hoje como mãe?

Neta Lima – É verdade Thiago, parte das lutas que vivi não tive como contar, pois, o tempo é curto. Porém, o que almejo a meu filho é que ele viva feliz, que tenha direito de ter uma vida digna. Sobre sonhos, posso dizer que hoje como mãe, Meu maior sonho já foi realizado que foi ser mãe; e, como mãe, eu só quero que todos dias sejam dia melhores pra mim, pra o meu filho, pra toda sociedade, porque o dia mais difícil sempre vai ser o amanhã.

Thiago Queiroz – Neta, eu quero agradecer por essa entrevista, obrigado por compartilhar suas experiências de vida, e, muito obrigado por demonstrar tanto amor pelo seu filho, isso me emociona muito. Antes de fazer a matéria com você, pesquisei várias mães para entrevistar, e, o mais engraçado, é que quando eu perguntava a alguns professores da educação especial alguém que fosse exemplo, diziam você. Assim, comecei a pesquisar você, e, o mais lindo de tudo, é que me disseram que você para onde vai, seja passeio ou compromissos sociais, está com o seu filho, e o mais, demonstra um cuidado e um amor enorme. Isso é muito emocionante, pois, como militante na inclusão de pessoas com deficiência, conheci diversas realidades, e, estou orgulhoso de ti, parabéns.

Neta Lima – Eu amo demais meu filho, se eu voltasse ao tempo, eu queria ter ele novamente, ele é a pessoa mais forte desse mundo, um exemplo para mim. Thiago, agradeço a oportunidade de contar minha história e de Erislan. E, aproveitando essa oportunidade, desejo a todas as mães, um Feliz Dia das Mães.

Thiago Queiroz – Muito, e, muito obrigado Neta!

É impossível não se emocionar com essa história, assim, espero que ela lhe marque, que seja um presente a sua vida. Termino desejando a todas as mães um Feliz Dia das Mães a todas as mamães, e, em especial, a minha mãe Francisca Martir Lassalete Fernandes, pois, como Neta que é mãe de um filho com deficiência, a minha também é, como alguns sabem, sou pessoa com deficiência visual, e, mãe vivencia muitos dos preconceitos sociais que passo.

Agora, eu peço a vocês caros amigos e amigas leitores, pelo amor de Deus, ajude a Neta Lima no tratamento do filho dela, ele precisa ser atendido por fisioterapeutas mediante a atrofia dele, e, a Prefeitura Municipal de Mossoró nunca cumpriu com o seu dever na garantia o direito a saúde dessa mãe e do filho dela. Peço que quem tiver o contato de alguma pessoa influente, busque garantir o direito deste jovem, até digo pelo amor de Deus. Pois, é desumano o descumprimento do direito a saúde desse jovem.

Vamos lutar por um mundo melhor, vamos lutar por igualdade, vamos lutar juntos, pois, juntos somos mais fortes.

FELIZ DIA DAS MÃES

*É pesquisador em Inclusão e nos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Categorias
Reportagem

Estudantes superam o câncer para conquistar vagas no SiSU

Ezequiel mesmo com todas as dificuldades conquista a sonhada vaga no ensino superior

Vontade de vencer, fé, família e inspiração, foram alguns dos ingredientes que fizeram com que Ezequiel Mateus da Rocha, 19, natural de Assú-RN, realizasse o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 2019. Incentivado pelas professoras da Classe Hospitalar que funciona na Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), o jovem conquistou a aprovação no curso de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA).

“Eu nem iria fazer o ENEM ano passado, mas Hemaúse (professora) chegou no internamento e perguntou se eu não iria fazer. Respondi que não, pois estava internado no Hospital da Liga, foi quando ela me explicou da opção de fazer na Classe Hospitalar, onde eu teria a oportunidade de fazer as provas no próprio Hospital”, explica Ezequiel.

A Classe Hospitalar é um projeto da Associação de Apoio aos Pacientes com Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR), que funciona em parceria com a Liga Mossoroense, onde os pacientes tratados na Liga e assistidos pela AAPCMR continuam suas atividades escolares, para que não atrasem os estudos por causa do tratamento. O projeto conta com uma Assistente Social da Casa de Apoio e duas professoras cedidas pelo Governo do Estado, funcionando na estrutura do Hospital da Liga (Unidade II).

“Ficamos muito felizes ao receber a notícia e saber que o projeto da Classe Hospitalar rende bons frutos. Agradeço a todos os envolvidos que dão sua contribuição, proporcionando não só acompanhamento a nossas crianças, mas também seu crescimento pessoal e profissional”, ressaltou Paulo Henrique Monte, Presidente da LMECC.

Tendo iniciado o tratamento de um câncer ósseo sarcoma em março de 2019, Ezequiel conta que sua família e a vontade de motivar os colegas que também passam pelo tratamento oncológico foram seus maiores combustíveis. “Mesmo realizando tratamento nunca me senti desmotivado. Eu estava bastante motivado pela minha família e queria fazer algo para incentivar os outros jovens do Hospital a, assim como eu, ter forças para seguir a vida e realizar seus sonhos”, frisa o jovem.

“A aprovação de Ezequiel nos traz uma sensação inexplicável. Foi a primeira vez que foi realizada uma prova de ENEM em Classe Hospitalar no Estado do Rio Grande do Norte. Ezequiel fez história e será exemplo não apenas para os jovens que estão em tratamento hoje, mas para todos que virão também. Para nós isso é algo muito significativo. É pensar esse jovem além do espaço do hospital, que apesar do tratamento existem outras possibilidades e que eles têm um futuro, a possibilidade de sonhar e realizar”, comemora Hemaúse Emanuele, professora do Estado cedida e AAPCMR, que acompanha as crianças na Classe Hospitalar.

Mais duas ex-pacientes também foram aprovadas

Liliany e Ana Beatriz se recuperam e agora são universitárias

Além de Ezequiel Rocha, mais duas ex-pacientes da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC) também foram aprovadas nesta edição do Sistema de Seleção Unificado (SISU). Liliany Alves, 21, concluiu tratamento de leucemia em agosto de 2019 e conseguiu aprovação em Medicina na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). O tratamento oncológico teve papel decisivo na escolha do curso.

“Eu já queria medicina, mas digamos que queria em um nível normal. Após iniciar o tratamento de 2016 para 2017, minha vontade ficou muito maior, por conviver com meus médicos eu acabava me inspirando muito e queria ser como eles. Então, eu dizia para mim mesma que tinha que lutar pelos meus objetivos, mesmo estando no Hospital ou me tratando em casa, para que um dia eu pudesse ajudar as pessoas com eu estava sendo ajudada”, conta Liliany.

Já Ana Beatriz Nunes, 18, concluiu tratamento de um câncer de osteosarcoma no ano de 2015. Ela foi aprovada no curso de Enfermagem também na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). “Sempre quis um curso da área da saúde. Ao passar pelo tratamento fiquei muito amiga das minhas enfermeiras, e até hoje tenho contato com algumas. Então, isso ajudou a ter certeza da minha escolha”, explica Ana Beatriz.

Após o êxito no ENEM e com toda uma vida acadêmica pela frente o sentimento é de gratidão e incentivo aos colegas que ainda estão se tratando. “Sou muito grata a Deus e as pessoas que oraram por mim. Diria aos colegas que nunca percam a esperança de ficar curados. Nossa mente é um grande aliado, o pensamento positivo nos ajuda bastante e temos que crer que tudo passa”, conclui Liliany.

“Diria que não desista. Eu sei que é uma caminhada difícil, mas no final o esforço vai valer a pena e verão o quão bom será ter sua vitória reconhecida”, finaliza Ana Beatriz.

Texto e Fotos: Assessoria de Comunicação da Liga Mossoroense (LMECC)