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Terceirizados da Prefeitura de Mossoró podem entrar em greve

Jardineiros estão sem salários (Foto: cedida)

Com salários caminhando para o segundo mês de atraso, mais de 800 terceirizados que prestam serviços à Prefeitura de Mossoró podem entrar em greve.

O primeiro passo para isso foi dado ontem em reunião envolvendo representantes do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Higienização e Limpeza do Rio Grande do Norte (Sindlimp/RN), Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares no Estado do Rio Grande do Norte (Sindhoteleiros) e Sindicato dos Trabalhadores da Saúde em Hospitais, Clínicas e Laboatórios Privados de Mossoró (SINTRAPAM).

As três entidades representam categorias que prestam serviços terceirizados ao Município e decidiram encaminhar ofícios para buscar um último acordo. “Estamos entregando ofícios a todas as secretarias que existem contratos. Provocaremos o Ministério Público do Trabalho para mediar um acordo e se não houver solição apelaremos para a greve”, acrescentou Aldeíza Sousa, coordenadora regional do Sindlimp.

Ela explica que nem as empresas nem a Prefeitura de Mossoró conseguem assumir a responsabilidade pelos atrasos. “Há um empurra empurra entre empresa e Prefeitura de Mossoró. As empresas dizem que estão com quatro faturas abertas e o Município fala que o orçamento de 2021 não foi aberto”, relatou.

A primeira categoria que deve parar é a dos jardineiros. Eles informaram a Aldeíza que só trabalham a até sexta. Se os salários não saírem eles cruzam os braços. “Os jardineiros já estão dispostos a parar na próxima semana se os salários não saírem na sexta-feira”, disse.

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Segue o drama dos terceirizados da Prefeitura de Mossoró

Trabalhadores cobram pagamento de salários (Foto: cedida)

Com exceção da Vale Norte, empresa responsável pela limpeza urbana da cidade, todas as terceirizadas que prestam serviços à Prefeitura de Mossoró estão com os salários de dezembro em aberto.

Segundo o Blog do Barreto apurou o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de dezembro já está pago pelas empresas, cumprindo um dos requisitos legais para receber o dinheiro da Prefeitura de Mossoró.

São mais de 850 pais e mães de famílias com contas atrasadas. De acordo com a coordenadora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação, Higienização e Limpeza Urbana do Estado do Rio Grande do Norte (Sindlimp) Aldeiza Sousa a alegação é de que os secretários ainda estão se inteirando da situação. “Alguns secretários ainda alegam que não houve transição de governo e que estão tomando noção da situação. Os supervisores das terceirizadas alegam que aguardam repasse do município”, explicou. “Agora eu pergunto: contratos com valores tão altos, não têm como essas empresas pagarem pelo menos DEZEMBRO?”, questionou.

Confira abaixo a dívida das empresas:

Athos (educação): 200 trabalhadores

Athos (saúde): 200 trabalhadores

Estratégica (administração): 200 trabalhadores

Conceito (desenvolvimento social): 145 trabalhadores

Releecum (jardinagem): 110 trabalhadores

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Após denúncia do Blog, empresa vai quitar folha de terceirizados

A empresa terceirizada Athos, que presta serviços terceirizaos na Secretaria Municipal de Saúde, informou ao Sindicato dos Trabalhadores Em Asseio, Conservação e Limpeza Urbana do RN (Sindlimp) que recebeu o pagamento do Município de Mossoró referente ao mês de novembro.

A promessa é de pagar ainda nesta sexta-feira a folha atrasada nas contas dos funcionários.

Ontem o Blog denunciou que o pagamento estava atrasado levando os trabalhadores ao desespero.

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Com salários atrasados, funcionários de terceirizadas da Prefeitura de Mossoró sofrem com depressão

Nos grupos de funcionários das terceirizadas que prestam serviços à Prefeitura de Mossoró são constantes os relatos de diagnósticos de depressão e postagens de fotos de remédios usados nos tratamentos.

Os constantes impasses em relação aos pagamentos têm provocado crises de ansiedade que terminam provocando depressão. Ainda existe um quadro forte de assédio moral que piora a situação. “A gente não consegue entender porque as pessoas prestam serviço com salários atrasados e há muita cobrança da gestão municipal e da empresa. Como eles podem prestar um bom serviço?”, questiona Aldeiza Sousa, delegada sindical de Mossoró do Sindlimp.

“Eles não tem moral nenhuma. É muita maldade”, complementa.

Aldeiza afirma estar muito preocupada com os relatos de diagnóstico de depressão. “É uma situação humilhante para essas pessoas que trabalham, não recebem e ainda são cobradas. É muito difícil suportar”, desabafa.