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Hidrogênio Verde uma solução para energia de baixo carbono

Por Gutemberg Dias*

Inúmeros países no mundo, principalmente aqueles denominados de primeiro mundo, vem numa corrida para fazer uma transição energética que priorize energias que resultem em redução de carbono. As energias renováveis como eólica e solar já tem uma ampla disseminação no mundo, tendo uma maturidade tecnológica bem estabelecida, fato que garantiu a redução dos custos de implantação e manutenção.

O Hidrogénio Verde (H2V) surgiu no cenário mundial como mais uma alternativa para geração de energias limpas numa pegada de baixo carbono. O H2V é algo relativamente novo que ainda necessita de muito desenvolvimento tecnológico para sua efetiva implantação em larga escala, como as outras energias renováveis.

Sua produção difere das formas usais de obtenção de hidrogênio que utilizam fontes fósseis, como gás natural e carvão, que emitem gases de efeito estufa no seu processo de produção. No caso do H2V a produção se dá a partir de um processo chamado de eletrólise da água, nesse caso, utilizando energia limpa e renovável, e teoricamente não emitindo CO2, vale salientar que esse processo separa hidrogênio e oxigênio da água através de indução de uma corrente elétrica.

O Brasil tem uma oportunidade ímpar no cenário competitivo da produção de H2V amparado na disponibilidade de recurso hídrico e por ter uma matriz energética limpa oriunda da produção de energia hidráulica, eólica e solar. Estudo desenvolvido pela consultoria Thymos Energia, em 2023, projeta um investimento global até 2030 na ordem de US$ 350 bilhões e para o Brasil algo entorno de US$ 28 bilhões, ou seja, liderando os investimentos na América Latina e representando 8% de todos os investimentos mundiais. No caso do Rio Grande do Norte temos uma grande oportunidade, mas é necessário um esforço enorme de investimentos para garantir a infraestrutura necessária para consolidar os projetos.

O H2V tem vantagens e desvantagens que precisam ser avaliadas para que não se coloquem os pés pelas mãos. As vantagens passam pela não emissão de gases do efeito estufa, tem flexibilidade na sua utilização, pode ser utilizado como combustível para uso em veículos de grande porte (trens, aviões etc.), pode servir para armazenar energia excedente e utilizado nas diversas industriais (química, petroquímica, farmacêutica etc.). Já as desvantagens se assentam ainda no alto custo de produção, na alteração das frotas de veículos para uso como combustível, baixa densidade do hidrogênio que gera dificuldades no armazenamento e, principalmente, no transporte. Em relação ao transporte para se ter uma ideia dessa dificuldade é que transportar o equivalente energético de 10 mil Litros de Diesel, presente em um caminhão, são necessários 11 caminhões de 300 kg de H2 comprimido.

São vários os desafios, sobremaneira, os técnicos e a questão de ainda o H2V não ser escalável, mas não resta dúvida que com muito investimento privado e governamental será possível o H2V se tornar uma alternativa viável. Infelizmente, em função dos altos custos ainda será uma tecnologia voltada aos países ricos, principalmente, do norte global que demandam uma grande quantidade de energia e já iniciaram a mais tempo o processo de transição energética.

O Rio Grande do Norte tem muito potencial e pode se transformar a médio e longo prazo num dos maiores produtores de H2V do Brasil. O principal gargalo está assentado na falta de uma infraestrutura instalada e, também, na baixa capacidade de investimento do Estado, dessa forma, passando a depender fortemente de parcerias público privadas para que possa entrar no jogo nacional e internacional, diferentemente do Ceará que já dispõe de um porto e pesquisas em desenvolvimento. Podemos dizer que será uma corrida ao ouro verde com muita disputa entre os entes federativos.

Agora é importante que o aumento de disponibilidade energética no Estado venha acompanhado de um Projeto Estadual de Desenvolvimento focado na industrialização, pois caso contrário, não aproveitaremos esse potencial energético para geração de riqueza em grande escala para atender a sociedade, bem como, continuaremos a ser meros exportadores de recursos naturais, como somos a séculos.

*É professor de Geografia da UERN e empresário.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Governadora discute investimentos em transição energética em Amsterdã

A presidente do Consórcio Nordeste, governadora Fátima Bezerra, participou neste domingo (12) em Amsterdã, Holanda, de reunião preparatória da II Missão Internacional do Consórcio Nordeste junto às delegações dos demais estados, além de SUDENE, APEXBRASIL, BNDES e Itamaraty. Os governadores Jerônimo Rodrigues (BA), Elmano Freitas (CE), Paulo Dantas (AL), Fábio Mitidieri (SE) e o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, participaram desse primeiro encontro.

A missão oficial para Europa visa atrair novos investimentos e tem como foco a transição energética com a inserção de novas fontes renováveis, com destaque para o hidrogênio verde e implementação do fundo caatinga.

Na oportunidade, cada ente apresentou os caminhos traçados para as apresentações que acontecerão entre os dias 12 e 18 de maio, na II Missão Internacional, que passará, além de Holanda, por  Bélgica é Alemanha.

“Vamos juntos posicionar estrategicamente o Rio Grande do Norte e o Nordeste nesse novo mercado mundial. Será um espaço de abertura de caminhos e diálogos”, disse a governadora Fátima Bezerra e presidenta do Consórcio Nordeste.

A Missão será liderada por governadores e secretários de Estado do Nordeste, representantes do Consórcio Nordeste e da Apex Brasil, Sudene, BNDES, Itamaraty e suas respectivas equipes.

“Será uma excelente oportunidade para o Estado do Rio Grande do Norte apresentar

seus projetos e diferenciais competitivos voltados ao desenvolvimento da infraestrutura para produção, armazenamento, transporte e comercialização de hidrogênio e amônia verde”, ressaltou o secretário adjunto da Sedec Hugo Fonseca.

Missão oficial

Durante a missão oficial na Europa, os representantes do Consórcio Nordeste iniciarão a jornada participando da World Hydrogen Summit, na cidade de Roterdã, na Holanda. O evento é considerado o maior e mais sênior encontro global sobre hidrogênio e sua cadeia de valor. Há ainda agendas em Amsterdã, capital do País.

De lá, as delegações seguirão para Bruxelas e Berlim, onde se reunirão com membros da Comissão da União Europeia, incluindo o vice-presidente-executivo e responsável pelo Pacto Verde Europeu, Maroš Šefčovič, para debater pautas ambientais de relevância para o Nordeste e o Brasil.

O foco das discussões ambientais durante toda a missão na Europa serão projetos de energia renovável e hidrogênio verde e o Fundo Caatinga.

Participaram da reunião pela delegação do Governo do RN a diretora-presidente da Potigás, Marina Melo, o diretor-presidente da Caern, Roberto Sérgio, e o secretário-adjunto da SEDEC, Hugo Fonseca.

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Petrobras e Senai assinam protocolo de intenções para desenvolver ações e estratégias voltadas à transição energética

A Petrobras e o Senai-RN assinaram, nesta sexta-feira (16.06), um protocolo de intenções para desenvolver ações e estratégias voltadas à transição energética, energias renováveis e descarbonização no Brasil. Um dos possíveis desdobramentos será a ampliação e o aprofundamento do mapeamento do potencial eólico offshore na Margem Equatorial Brasileira.

A iniciativa contempla os esforços da companhia nas áreas de energia renováveis, descarbonização e transição energética. O documento estabelece ainda o compromisso da criação de um Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) de referência para pesquisa e desenvolvimento desses setores.

A assinatura do documento ocorreu em evento realizado na Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, em Natal, que contou com as presenças do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, do senador Davi Alcolumbre, do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, Amaro Sales de Araújo; do diretor do SENAI do Rio Grande do Norte e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello; e da governadora Fátima Bezerra.

– Esse acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética justa. A Petrobras está caminhando com diligência, mantendo foco em operar de forma sustentável. Ao mesmo tempo avançando na descarbonização e atenta às oportunidades de ampliar sua atuação em novas matrizes como os combustíveis com conteúdo renovável, energia eólica e solar – afirmou o Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

Dados preliminares de um estudo conduzido pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sugerem que o potencial do recurso solar do Amapá é equivalente a regiões do Brasil onde já existem empreendimentos de grande porte instalados, seja na medição anual como sazonal. A região já é estudada desde 2015, quando Petrobras e SENAI-RN descobriram o potencial eólico offshore da bacia Rio Grande do Norte – Ceará. A parceria pode contribuir para ampliar a segurança energética dos estados e evitar, por exemplo, episódios como o de 2020, quando o Amapá enfrentou 22 dias de interrupção de energia elétrica, causada por fortes chuvas e descargas atmosféricas, que afetou cerca de 90% da população.

– Essa parceria abre perspectivas para a criação de um ambiente de discussão estratégica para o Brasil sobre temas em que o país caminha para alcançar cada vez mais destaque aos olhos do mundo. É um contexto de muita demanda por energia limpa, por transição energética, por eficiência energética e descarbonização em todos os níveis. Analisamos como muito oportuna essa união de esforços do SENAI e da Petrobras em busca de cada vez mais expertise e competitividade nessa direção”, diz o diretor do SENAI RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello.

Além disso, a Margem Equatorial Brasileira apresenta grande diversidade fisiográfica e meteorológica e é considerada uma região de interesse estratégico para o país.

– Estamos avaliando muitas possibilidades visando a descarbonização das operações na Petrobras. Recentemente firmamos parceria com a Equinor para estudos relacionados à instalação de parques eólicos offshore na costa de seis estados, alguns deles aqui na região da Margem Equatorial. Acredito que o protocolo assinado hoje, permitirá ampliar ainda mais o leque de oportunidades. A Petrobras tem buscado novos parceiros para futuros projetos – explicou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

A Petrobras busca integrar as operações de exploração e produção a novas fontes de energia, formando um ecossistema. Na prática, os novos projetos incorporam, em todo ciclo de vida, a associação com soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa no longo prazo como, por exemplo, a energia eólica offshore, o hidrogênio de baixo carbono e a captura de carbono.

O potencial brasileiro é estimado em 700 GW em locações offshore com baixa profundidade – um volume que corresponde a mais de 30 vezes a capacidade de geração instalada hoje no mundo –, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia (MME).

– O Brasil tem uma matriz energética extremamente limpa, diversa e competitiva. E, para o Sistema Indústria do Rio Grande do Norte, por meio do SENAI  e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, participar da criação de um ambiente que discuta tudo isso e contribua para o progresso do Brasil significa buscar o verdadeiro desenvolvimento e a concretização de novas oportunidades no horizonte para o país e também para o estado, que já é líder na geração de energia eólica em terra e tem se mostrado com um grande potencial também no offshore”,  afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte e do Conselho Regional do SENAI-RN, Amaro Sales de Araújo.

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Petróleo e transição energética: um compromisso da Petrobras com o futuro

Por Jean Paul Prates*

Iniciamos o ano de 2023, em um cenário de grandes transformações, com esperança no futuro e cientes de nossa responsabilidade frente às necessidades do país. Na Petrobras, estamos assumindo o compromisso com o atendimento prioritário da demanda brasileira por petróleo, gás e combustíveis; e ao mesmo tempo precisamos intensificar o investimento em energias renováveis. Queremos liderar a jornada rumo à transição energética – que é imperiosa para o futuro do nosso planeta.

Não há contradição alguma nesse duplo esforço. Vamos manter o protagonismo da Petrobras em petróleo e gás, enquanto trabalhamos para construir um novo futuro. É como transitar por dois caminhos entrelaçados, que mais à frente culminam em uma única via. Não há como escolher um ou outro trajeto de forma exclusiva. O percurso mais equilibrado exige a caminhada em ambos os lados, enquanto pavimentamos a transição para um destino singular de forma segura e definitiva.

Mesmo as projeções mais otimistas de agências internacionais e da indústria do setor de energia indicam a coexistência do petróleo e das fontes renováveis nas próximas décadas, com os combustíveis fósseis dando segurança para que a transição ocorra de forma sustentável.

Dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), no cenário net zero, de transição mais acelerada, apontam para uma demanda mundial de cerca de 20 milhões de barris de petróleo por dia em 2050.  Isso corresponde a 1/5 da demanda mundial atual, mas é também quase dez vezes a produção da Petrobras em 2022, o que nos dá a certeza de que nosso petróleo será necessário para o mundo no futuro.

Também sabemos que a maior parte do petróleo que dará segurança à transição energética do país nas próximas décadas não virá de campos em produção hoje. O petróleo que será consumido em 2050 ainda precisa ser descoberto. É por isso que vamos intensificar investimentos em exploração e produção de novas fronteiras promissoras, como a Margem Equatorial, além de novos projetos no pré-sal e re-exploração de bacias produtoras.

Faremos isso em total acordo com nossa ambição de neutralizar as emissões operacionais em prazo compatível com o estabelecido pelo Acordo de Paris. É necessário fazer o uso racional de energia, com eficiência energética e  descarbonização dos processos, avançando também pela cadeia produtiva.

Ao mesmo tempo, vamos aplicar a experiência e a excelência técnica da Petrobras no desenvolvimento de bioprodutos e em novas fronteiras de energia renovável,  em busca de oportunidades para diversificação das nossas operações. Nosso objetivo é transformar a Petrobras em uma empresa integrada de energia, alavancada pelas atividades petrolíferas. Temos perfil, porte e trajetória compatíveis com esse desafio. As parcerias estratégicas também serão fundamentais nesse caminho.

Nossas operações em águas profundas e ultra profundas nos colocam em posição privilegiada para a geração de energia eólica offshore, inclusive de forma integrada à produção de petróleo e gás. Somos grandes produtores de gás natural, o combustível de transição para o hidrogênio. Vamos converter nossas unidades de refino em bio-petro-gás refinarias, onde processaremos combustíveis de nova geração.

Vamos seguir, de forma responsável e transparente, com um diálogo aberto com a sociedade, retomando a presença da Petrobras em todas as regiões do país, por meio da regionalização de ecossistemas de referência, valendo-nos do nosso conhecimento único das potencialidades brasileiras. Seja no Rio Grande do Norte, sediando as atividades operacionais de energia eólica offshore, seja em Pernambuco, com a produção de diesel com conteúdo renovável advindo de óleo vegetal do interior do semiárido, ou na Amazônia com atividades de sequestro de carbono; criando desta maneira um ecossistema no entorno de cada sede operacional.

É esse o nosso compromisso com o futuro: trabalharemos para que a Petrobras siga sua rota na indústria de petróleo e gás, mas também trilhe novos caminhos, perseguindo a descarbonização, acelerando a diversificação rentável e liderando a jornada para uma transição energética justa e sustentável.

*É Presidente da Petrobras, Advogado, Mestre em Economia e Gestão de Petróleo, Gás e Motores e Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Jean apresenta a FIERN as perspectivas na produção de petróleo e energias renováveis

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participou de solenidade que abriu as comemorações pelos 70 anos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), na sede da entidade, em Natal (RN), na noite desta sexta-feira (24/2). No evento, Prates apresentou palestra sobre as perspectivas futuras para a produção de petróleo e energias renováveis no Brasil.

Jean Paul traçou um panorama das operações da Petrobras e afirmou que a companhia seguirá produzindo óleo e gás com baixos custos e redução de emissões de carbono. Ele ressaltou ainda que o principal foco de investimentos em atividades exploratórias da Petrobras nos próximos anos estará concentrado na Margem Equatorial. A nova fronteira exploratória – localizada no litoral brasileiro entre os estados do Rio Grande do Norte e Amapá – tem a previsão de investimentos de US$2,9 bilhões na perfuração de 16 poços nos próximos cinco anos, incluindo reservas na costa potiguar. “Vamos furar o Poço de Pitu, na Margem Equatorial, na costa do Rio Grande do Norte”, afirmou Jean Paul Prates.

Jean Prates destacou que a transição energética, com a redução de emissões de carbono e a produção de combustíveis mais sustentáveis são fundamentais para o futuro da Petrobras e do país. Segundo Prates, nos próximos anos a companhia deve intensificar sua atuação nas atividades de biorrefino, com a produção de combustíveis com conteúdo renovável, ao mesmo tempo em que buscará diversificação rentável com novos negócios em energia eólica offshore, hidrogênio e captura de carbono.

 “O estado do Rio Grande do Norte já fez a transição energética, era o maior produtor de petróleo em terra. E hoje é o maior produtor de energia eólica, autossuficiente em energia renovável. Cabe à Petrobras fazer uma transição energética justa, que não deixe ninguém para trás. A Petrobras já definiu que vai atuar em eólica offshore, hidrogênio, que são novas fronteiras”, detalhou Prates.

Jean Paul encerrou sua palestra elencando uma série de oportunidades que poderão ser desenvolvidas nos próximos anos pela Petrobras no Rio Grande do Norte, potencializando a economia do estado. “A Petrobras fica no Rio Grande do Norte. A empresa não vai sair do estado. Vamos construir juntos. As atividades operacionais de energia eólica offshore estarão sediadas no Rio Grande do Norte. Além disso, temos outras oportunidades possíveis que incluem capilarização e garantia de compra de óleo vegetal da agricultura familiar para Diesel R e parcerias para recuperação e preservação da caatinga e manguezais”, concluiu Jean Paul.

Também participaram do evento o vice-governador do Rio Grande do Norte, Walter Alves, o presidente da FIERN, Amaro Salles, dentre outras autoridades.

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Fátima vai a COP27

O protagonismo do Rio Grande do Norte na transição energética, o compromisso do atual governo com o desenvolvimento sustentável, a luta em defesa da democracia e da participação das mulheres na política e na gestão pública, credenciaram a governadora Fátima Bezerra a participar da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que será realizada neste mês de novembro no Egito. O convite para que ela integre a delegação de autoridades políticas brasileiras na COP27 foi feito pelo Instituto Alziras, organização sem fins lucrativos, sediada no Rio de Janeiro. O nome do instituto é uma homenagem à norte-rio-grandense Alzira Soriano, primeira mulher a vencer uma eleição no Brasil e primeira prefeita eleita na América Latina. Alzira governou o município de Lajes/RN por quase 22 meses, a partir de janeiro de 1929.

As COPs (Conference of the Parties”, em inglês), as mais importantes iniciativas sobre ação climática no mundo, reúnem anualmente representantes de diversos países para negociações de acordos climáticos visando a redução das emissões de gases do efeito estufa no planeta.

Em parceria com os Instituto Clima e Sociedade (ICS), Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), Grupo C-40 de Grandes Cidades para a Liderança do Clima (C-40) e Centro Brasil Clima (CBC), o Alziras está elaborando uma programação especial para fortalecer a presença de mulheres políticas latino-americanas no evento da ONU. A programação prevê, entre outras atividades, a participação em painéis no pavilhão do Euroclima e no Brazil Climate Action Hub, voltados a agendas de mudanças climáticas e transição energética justa, além de reuniões bilaterais com autoridades internacionais.

Fátima vai participar, no dia 16, do painel Mudando os Caminhos do Desenvolvimento, com foco numa transição justa da matriz energética. “Nos últimos anos, o Rio Grande do Norte vem contribuindo significativamente para a transição energética baseada em um sistema de baixo carbono, adotando como meta prioritária em seu planejamento energético e estratégico, a expansão das fontes renováveis e a redução da participação de fontes de origem fóssil”, destaca a governadora

Fátima lembra que no Rio Grande do Norte, o modelo tradicional de exploração simples dos recursos naturais, com forte impacto ao meio ambiente, vem sendo substituído por modelos de exploração associados à preservação ambiental. Atualmente, 94% de toda a energia produzida no RN é proveniente de fontes limpas e renováveis.

O Rio Grande do Norte é o maior gerador de energia eólica do Brasil e da América Latina com 224 usinas em operação, correspondendo a 6.8 GW de potência instalada que, somadas a outras usinas em construção e aos empreendimentos já contratados, possibilitará ao Estado atingir a marca de mais de 12 GW de potência instalada até o final de 2025, o equivalente a capacidade instalada da Usina de Itaipu, maior hidrelétrica em operação no Brasil, responsável por 10% da energia consumida no País.

Com o objeto de diversificar suas fontes e contribuir ainda mais para a ‘descarbonização’ da matriz energética, o Governo do Rio Grande do Norte está incentivando o desenvolvimento de novas fontes de geração e o armazenamento de energia, com especial atenção para o hidrogênio verde e a energia eólica offshore. Atualmente, oito projetos de parques eólicos no mar estão em processo de licenciamento tramitando no Ibama.

Esta será a segunda participação de Fátima Bezerra em eventos climáticos promovidos pelas Nações Unidas. No ano passado, na COP26, ela foi uma das expositoras do painel “O Nordeste Brasileiro e o Potencial da Transição Energética Justa no Brasil”.

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Governadora recebe embaixadora da França

Transição energética, meio ambiente, infraestrutura, turismo, cultura e educação foram os temas principais tratados na visita de cortesia da embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet, à governadora Fátima Bezerra, nesta segunda-feira (25). Empresas francesas já investem na produção de energias renováveis no Rio Grande do Norte, mas o Governo quer ampliar essa participação em novos projetos de produção de energia eólica no mar e de hidrogênio verde, o combustível do futuro.

Aproveitando a decisão do governo francês de retomar os intercâmbios universitários com o Brasil, após mais de dois anos de pandemia, o Governo do Estado propôs uma integração entre universidades da França, as futuras escolas do Instituto Estadual de Educação Profissional, Tecnologia e Inovação (IERN), e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no que se refere à equipamentos e capacitação profissional.

“Falamos também sobre cidades sustentáveis, uma parceria que começou a ser alinhavada quando da visita dos governadores do Nordeste a Paris, em 2019, e lá foram desenvolvidas algumas possibilidades de intercâmbio com entidades da França na área de mobilidade urbana sustentável em cidades de pequeno e médio portes”, disse o senador Jean-Paul Prates, que integrou a comitiva dos governadores na visita à Europa, e acompanhou o encontro com a embaixadora, na Governadoria, Centro Administrativo do Estado.

Sobre infraestrutura e logística, o Governo do Estado tem projetos para integração do modal de transportes – ferrovia, porto e aeroporto – e planeja a construção de um novo porto para atender a demanda da produção de energias renováveis.

Em abril deste ano, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) reconheceu como território de relevância mundial o Geoparque Seridó. Além da proteção dessa área de 2,8 mil quilômetros quadrados em seis municípios do Seridó potiguar, uma outra preocupação é com a Caatinga que precisa ser preservada.

Outro tema foi o acordo em curso com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para financiamento de projetos destinados ao fortalecimento da agricultura familiar, maricultura e pesca artesanal.

Durante o encontro, o escritor Roberto Silva presenteou a embaixadora, o cônsul da França no Recife e a governadora com o livro Jean Mermoz, o piloto da companhia francesa Aéropostale que realizou a primeira viagem transatlântica de correio aéreo, sem escalas, entre Saint-Louis (atual Senegal) e Natal, em 09 de dezembro de 1901, trazendo na bagagem mais de 20 mil cartas. Antes do encontro com a governadora, a embaixadora Collet, o cônsul Fantou, a cônsul honorária da França em Natal, Caroline Martins, e personalidades ligadas às relações da França com o RN visitaram o Museu da Rampa.