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Humilhando clientes, Unimed Natal anuncia lucro em 2022

A Unimed Natal anunciou que lucrou em 2022 e que os números serão apresentados na Assembleia Geral Ordinária (AGO).

A empresa enviou material para a imprensa em que celebra a conquista: “Apesar de todas as dificuldades enfrentadas atualmente no cenário da saúde suplementar, a Unimed Natal comemora o resultado líquido positivo no balanço referente ao exercício de 2022. Os números serão apresentados aos cooperados no próximo dia 27 de março, durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO)”, diz o texto.

Quem é cliente da Unimed Natal sabe muito bem a que custos a empresa dá lucro. São péssimos serviços, mentiras para negar reembolsos, um sistema de marcação de consultas feito para não funcionar e uma série de humilhações a quem usa os serviços.

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Carta aberta: o ofício da Unimed Natal é massacrar os clientes

Sou cliente da Unimed há 12 anos. Posso dizer com tranquilidade que tanto quando era via Mossoró como no período em que foi Federação do RN não tinha do que reclamar.

Não faltavam bons médicos credenciados com os contatos dos consultórios disponíveis em um catálogo. A marcação de exames era rápida. Há 11 anos fiz uma cirurgia de miopia em que consegui a autorização no mesmo dia que solicitei.

O negócio bagunçou desde que a Unimed Natal tomou conta. Tudo é uma dificuldade e olhe que raramente utilizo os serviços porque, noves fora uma ou outra taxa alterada e o refluxo crônico a saúde vai bem. Meu filho então, este vende saúde e só usa o plano para ir ao oftalmologista ver se a miopia aumentou.

Em resumo: sou um cliente que dá lucro a Unimed Natal.

O problema é quando precisei. No fim do ano passado necessitei de um atendimento em uma determinada especialidade. Não tinha médico disponível. Há dois meses aguardo o reembolso pela consulta particular que paguei.

Parêntese: para ser honesto, houve um caso em que a coisa funcionou: foi quando precisei fazer uma endoscopia. A autorização do exame foi rápida.

Ontem precisei de um novo atendimento especializado. A marcação de consulta é centralizada num canal de atendimento feito por um robô que não entende nada do que digitamos ou dizemos. Depois de várias tentativas consegui falar com uma atendente que disse só ter uma médica disponível em Mossoró, mas que eu deveria arriscar ir ao consultório e só lá saberia se poderia ser encaixado. Perguntei a atendente se ela poderia me passar o número do consultório e ela disse que não seria possível porque a Unimed Natal não tem acesso aos contatos dos médicos credenciados em Mossoró.

Isso é inacreditável. É um negócio feito para não funcionar.

Depois que reclamei no Twitter (ver post abaixo) recebi uma ligação. A atendente, que não tem culpa de nada, informou que teria um médico disponibilizado para segunda-feira. Perguntei por que não para hoje (a conversa foi ontem) e a resposta foi: porque é feriado. Expliquei que dia 6 de janeiro é feriado somente em Natal e a atendente ficou sem explicação.

Resumo da história arrisquei a não recomendada automedicação porque se for depender da Unimed a gente morre sem atendimento especializado. Os contatos dos consultórios não são disponibilizados, a marcação de consultas é centralizada com um filtro que incentiva a desistência e faltam opções.

A especialidade da Unimed Natal é massacrar os clientes com péssimos serviços.

PS: antes que alguém pergunte porque não troquei de plano de saúde informo que faço parte de um acordo coletivo enquanto servidor da UERN.

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Secretário relata dificuldades para cancelar plano de saúde do filho falecido

Se não bastasse a dor incalculável da perda de um filho, o secretário estadual de planejamento Aldemir Freire ainda teve que lidar com uma situação humilhante imposta pela Unimed Natal que dificultou o processo de cancelamento do plano de saúde do jovem Luís Felipe, de 23 anos, falecido em 7 de julho, vítima de um infarto.

O desabafo de Aldemir foi feito no Twitter. Ele contou que ligou para cancelar o plano de saúde cinco dias após a morte do filho. “A incrível falta de sensibilidade da

@unimednatal: em 12/07/22 solicitei, c o coração em pedaços, exclusão do meu filho do plano de saúde. Ele havia falecido 5 dias antes. Tive q ouvir, aos prantos, longo texto, pasmem, sobre a impossibilidade contratual de reverter tal exclusão”, relatou.

Ele contou que a fatura deste mês veio com a cobrança do como se Luís Felipe ainda estivesse vivo. “Como se não bastasse a insensibilidade da @unimednatal naquele momento, hoje descubro que a fatura veio sem a exclusão. Tive q reunir forças q não tenho p ligar novamente p a empresa. Fui surpreendido c a informação q a exclusão não foi feita pq nesses casos tem q ser por e-mail”, disse. “Ora, em momento nenhum na outra ligação, com duração de mais de 11 minutos, eu tendo informado q meu filho tinha ido a óbito, a @unimednatal falou nesse canal por email. A empresa não tem dimensão do q é submeter um pai a essa dolorosa tarefa”, complementou.

Aldemir disse que persistência do problema só piora a dor. “Cada ligação ou email que a @unimednatal me obriga a fazer para tratar desse assunto é como se eu estivesse revivendo novamente a morte do meu filho. Me desculpem utilizar o Twitter p isso. Mas isso me fez desmoronar”, desabafou.

Nota do Blog: é revoltante a forma como os planos de saúde, empresas de telefonia e tecnologia tratam seus clientes. Toda solidariedade ao secretário Aldemir Freire.

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MPF recomenda que ANS adote providências para que Unimed Natal garanta atendimento para crianças com Transtorno do Espectro Autista

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma recomendação à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que adote providências que garantam o devido atendimento das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido como autismo, pelo plano de saúde Unimed Natal. A operadora cortou o atendimento que era feito a essas crianças em ambiente escolar e domiciliar, parte fundamental do tratamento.

O autor da recomendação, o procurador da República Camões Boaventura, criticou o fato de o corte promovido pelo plano de saúde, “abruptamente”, prejudicar severamente as terapias adotadas pelos médicos através da Análise Aplicada do Comportamento (ABA) e do método Denver de Intervenção Precoce.

“O tratamento mais adequado para o autista cabe exclusivamente ao médico e não ao plano de saúde, de modo que o convênio não pode interferir no tratamento necessário ao desenvolvimento mental e social do indivíduo diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista, tendo a operadora de saúde, diante da prescrição médica explicita, a obrigação de cobrir a todas as terapias recomendadas”, resume o representante do MPF.

Omissão

A Unimed Natal alega ter se baseado em uma legislação da Saúde Suplementar (Lei nº 9.656/98) e no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, que não prevê a cobertura assistencial em ambiente escolar e domiciliar. O MPF alerta, contudo, que a jurisprudência aponta o rol de procedimentos como algo “exemplificativo e não taxativo, ou seja, que se o tratamento for prescrito pelo médico e o plano cobrir a doença, síndrome ou transtorno, tem-se o dever de cobrir o tratamento conforme indicação médica mesmo se não estiver listado”.

A agência também já derrubou, em todo o Brasil, o limite no número de cobertura para sessões de psicoterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia para os indivíduos com Transtorno do Espectro Autista, reforçando o entendimento de que esse tratamento deve ser fornecido conforme requisição médica.

Medidas

A recomendação do MFP requer da ANS o envio de ofício à Unimed Natal “esclarecendo que o profissional de saúde possui a prerrogativa de indicar a conduta mais adequada da prática clínica (…), orientando nesse sentido que a operadora de saúde retome com urgência a oferta de terapia aos usuários com Transtorno do Espectro Autista em ambiente natural, tais como escola e domicílio, conforme orientação médica para cada caso”.

O documento solicita ainda que a agência altere a Resolução n° 428/17, ou publique uma nova no prazo de até 180 dias, suprindo a omissão quanto à falta de protocolos clínicos específicos e eficazes para o tratamento dos usuários dos Planos Privados de Saúde acometidos do TEA, com base nos tratamentos internacionalmente reconhecidos.

Muitas reclamações de familiares das crianças clientes da Unimed Natal já chegaram ao conhecimento do MPF e também se transformaram em ações na Justiça. A adoção das medidas recomendadas, por parte da ANS, podem vir a superar a possível insegurança jurídica decorrente de decisões diferentes.

TEA

O Transtorno do Espectro Autista, conhecido como autismo, é um conjunto de condições que resultam no comprometimento da capacidade socialização, comunicação, linguagem e interesse de um indivíduo, bem como que tais condições passam a se expressar ainda na infância e tendem a persistir durante a adolescência e a vida adulta, sendo importante que a pessoa com TEA tenha acompanhamento médico desde cedo.

Cada indivíduo dentro do espectro apresenta um conjunto de sintomas com características e intensidades bem variadas, de modo que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento, devem ser personalizados de acordo com as particularidades de cada caso, sendo fundamental para o desenvolvimento e qualidade de vida do autista o tratamento multidisciplinar realizado por profissionais especializados, em ambiente clínico e também nas escolas e residências, conforme prescrição médica.

Esse tratamento geralmente associa médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e pedagogos para ajudar o paciente a cumprir tarefas simples e desenvolver a sociabilidade. A demora no início do tratamento, bem como a suspensão de etapas do mesmo, podem resultar em prejuízos para o desenvolvimento da criança, daí a preocupação do Ministério Público Federal.

Fonte: MPF

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Unimed Natal tem dívida de 32,5 milhões com a Fazenda Nacional

A Unimed Natal Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico possui uma dívida no valor de R$ 32.513.394,97 com a Fazenda Nacional.

Ainda assim a cooperativa agendou para hoje uma assembleia para dividir “sobras”.

No entanto, a distribuição de sobras foi suspensa pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. A decisão é do Juiz Federal Marco Bruno Miranda Clementino, titular da 6ª Vara, especializada em execução fiscal.

Com o processo do débito em aberto, a Unimed Natal está obrigada a quitá-lo até porque nenhum bem foi apresentado em garantia.

Além de decretar a indisponibilidade dos valores das sobras no montante da dívida federal a Justiça Federal do RN ainda fixou o valor da multa de R$ 6 milhões em caso de descumprimento.

Deslealdade

Na sua decisão, o Juiz Federal lembra que no processo de execução da dívida, que tramita na 6ª Vara, a União estava muito colaborativa, o que não ocorreu com a parte executada, a Unimed Natal. Tanto assim que a empresa omitiu na última audiência realizada ainda este mês o agendamento a assembleia para divisão de valores entre seus cooperados. “É uma profunda violação à lealdade processual saber pela imprensa local da existência de tal distribuição de excedente financeiro, ainda mais quando este Juízo adotou toda a deferência necessária para viabilizar a reestruturação da dívida fiscal da empresa executada”, escreveu o magistrado.

Ele destacou ainda que “UNIMED NATAL nem sempre se mostrou colaborativa com a FAZENDA NACIONAL e com o Juízo para a resolução da demanda, sempre colocando dificuldade para analisar os cálculos apresentados pela Receita Federal, a ponto de este Juízo ter sido obrigado realizar uma audiência que terminou em tempo recorde apenas para que aquela informasse que concordava com os cálculos, o que poderia ter sido feito no grupo de whatsapp, no qual inclusive houve indagação nesse sentido”.