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60,4% das prefeitas e vices no Brasil já sofreram violência política de gênero

Mais de 60% das prefeitas e vices afirmam já ter sofrido algum tipo de violência política de gênero durante a campanha ou mandato. O dado faz parte de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em parceria com o Movimento Mulheres Municipalistas (MMM), que ouviu 224 prefeitas, em um universo de 677, e 210 vice-prefeitas de um total de 898. O levantamento foi feito entre os meses de agosto e outubro de 2024.

Quando são analisadas apenas as prefeitas, esse percentual sobe para 66,7%. A CNM também questionou as prefeitas e vices sobre os tipos de violências, 49,1% delas dizem que foram vítimas de violência verbal (insultos, ameaças); 45,2% passaram por violência psicológica (assédio moral, pressão) e 5,6% sofreram violência física. Quando analisado o tipo de resposta obtido de acordo com o cargo, a pesquisa identificou que as vice-prefeitas foram mais vítimas de violência psicológica em comparação às atuais prefeitas.

Permanência na política

A pesquisa relata ainda que, apesar do ambiente hostil, 50,2% das mulheres têm a intenção de permanecer na política concorrendo à reeleição nas eleições municipais de 2024; 11,9% têm a intenção de concorrer, porém em outro cargo; e 9,6% não possuem intenção de permanecer na política. De acordo com 60,8% das gestoras, o fato de terem sido vítimas de alguma forma de violência não afetou a sua gestão, mas para 36,5% delas a violência sofrida afetou de alguma forma. Em relação à vida privada, 47,1% das entrevistadas afirmam que por serem vítimas de violência se sentiram psicologicamente afetadas e 9,9% se sentiram fisicamente afetadas.

Confira o relatório completo clicando aqui 

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Isolda revela que reforçou a segurança após deputado fazer “arminha” na porta do gabinete dela

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) revelou ao Foro de Moscow que depois que o colega de parlamento Michael Diniz (SD) fez sinal da “arminha” na porta do gabinete dela passou a reforçar a segurança.

A parlamentar lembrou que a foto veio à tona poucos dias após o policial penal federal bolsonarista Jorge Guaranho matar o guarda municipal petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu num momento em que este último comemorava aniversário de 50 anos com a temática de Lula e do PT.

Isolda disse que tomou providência e aumentou os cuidados com segurança.

“A gente se deparou com a quela foto na mesma semana em que mataram Marcelo. Na reunião do colegiado de líderes pedi para o assunto ser colocado em pauta e eu reivindiquei que a Assembleia tomasse providência e reforcei a segurança que eu usava pontualmente, agora é permanente, o que é constrangedor”, revelou.

Ela disse ainda que fez boletim de ocorrência por considerar o gesto uma ameaça. “Há um boletim de ocorrência feito porque não é comum. Se uma pessoa vai a minha porta fazer ‘arminha’ é uma ameaça”, frisou.

A petista lembrou que o deputado tinha cometido um crime de homofobia logo ao chegar a Assembleia Legislativa e que ela tinha protocolado um pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar. “Antes disso ele cometeu um crime ao dizer que os LGBTs precisavam fazer tratamento psiquiátrico e é logico que a gente não ficaria calado diante de tanta injustiça”, rememorou.

Apesar do susto, Isolda reforçou que não recua de suas posições políticas: “Fiquei preocupada, porque somos gente. Mas aquilo ali não me intimida e eu não vou arredar um fio das minhas ações e ameaças não podem nos deter”.

Michael Diniz está deixando a Assembleia Legislativa com o retorno do titular do mandato, Kelps Lima (SD), que estava licenciado.

Assista o Foro de Moscow:

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Rogério quer ser senador defendendo delimitação de benefícios sociais só até 31 dezembro e passando pano para a violência política

Mais bolsonarista do que nunca o ex-ministro Rogério Marinho (PL) seguiu a tese do presidente Jair Bolsonaro (PL) que minimiza o crime político ocorrido em Foz do Iguaçu no dia 10 de julho quando o policial penal federal Jorge Guaranho matou o guarda municipal Marcelo Arruda que comemorava aniversário de 50 anos com a temática do PT.

À Veja, Marinho disse que a vítima é Bolsonaro por ter sido esfaqueado em 2018 tentando minimizar a influência do discurso do presidente que prega a violência política. “O presidente da República tem uma postura que desagrada ao politicamente correto, ele não tem filtro, ele fala o que pensa”, afirmou Marinho, acrescentando que Bolsonaro diz a “verdade”, disse. “Nós sabemos e você sabe fazer o filtro, que isso é uma questão figurada e superlativa. É fuzilar no sentido de ganhar a eleição, de retirar as pessoas do governo, ele não falou no sentido de matar, de dizimar. Aliás, vou reiterar. Quem sofreu violência política foi o presidente, que foi esfaqueado”, argumentou.

Já em outra entrevista, desta vez à 98 FM, Rogério Marinho duelou com a realidade ao negar o cunho eleitoreiro da PEC Kamikaze, que aumentou os auxílios sociais até 31 de dezembro e defendeu que os programas sociais reduzam após 1º de janeiro de 2023. ““A Constituição excepcionaliza a calamidade e a emergência. Define um período em que isso ocorre. A emergência não é um estado permanente. É episódico, circunstancial. O que todo mundo espera? Que essa guerra (na Ucrânia) consiga ser concluída até o fim do ano. O que o mundo inteiro espera? Que o desarranjo da cadeia logística que ocorreu no mundo possa ser diminuído até o fim do ano. Todos os países do mundo estão tomando medidas circunstanciais, episódicas, não apenas o Brasil”, justificou.

Em resumo: Rogério Marinho quer ser eleito senador defendendo medidas que só valem até 31 de dezembro e normalizando a violência política.

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Foro de Moscow 13 jul 2022 – A intimidação do deputado bolsonarista

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Deputado faz foto com “arminha” em frente ao gabinete de Isolda

O Brasil ainda está chocado com o crime político ocorrido na cidade de Foz do Iguaçu (PR) quando o policial penal federal Jorge Guaracho assassinou o petista Marcelo de Arruda que comemorava aniversário de 50 anos com a temática de Lula.

Mas para o deputado estadual Michael Diniz (SD) a vida continua e as provocações devem ser mantidas em sentido ao clima de violência. Ele posou para uma foto ao lado de três jovens na frente do gabinete da deputada estadual Isolda Dantas (PT) fazendo o gesto da “arminha”, símbolo do bolsonarismo.

A foto foi postada por Paula Castelo Branco com a provocação: “@MichaelDinizRN será que a ‘cumpanheira’ (sic) vai gostar dessa foto opressora e nada feminista? Kkkkkk”.

Michael Diniz assumiu o mandato no lugar do deputado estadual Kelps Lima (SD) que largou o mandato para tentar se eleger deputado federal (SD) e em pouco mais de um mês ficou conhecido por fazer um discurso homofóbico. Coube a Isolda pedir a abertura de um processo que pode resultar na cassação do mandato dele.

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A violência política no Brasil não tem dois lados

Não. A violência política no Brasil não começou com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao longo da história da violência política no Brasil se manifestou em vários contornos como o genocídio indígena; a escravidão; a morte de Líbero Badaró; o assassinato do senador Pinheiro Machado e as mortes de Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo e Alvarenga que provocaram a Revolução Constitucionalista de 1932.

Ainda tivemos o atentado da Rua Toneleiros que resultou na crise política que terminou com o suicídio de Getúlio Vargas em 1954. Já tivemos o senador Arnon de Mello, pai do ex-presidente Fernando Collor, matando um colega dentro do Senado, José Kairala, quando errou o alvo tentando matar Silvestre Péricles de Góes Monteiro, um desafeto político.

Após citar alguns eventos históricos voltamos a nossa realidade atual para dizer que se Bolsonaro não inventou a violência política no Brasil foi ele quem a reinaugurou no contexto da Nova República. Sim, já tivemos assassinatos com finalidade política, mas foi o atual mandatário nacional que adotou a truculência como método para conquista de corações e mentes e inacreditavelmente foi bem-sucedido nisso.

Bolsonaro foi avançando silenciosamente. Em 1999 disse ser favorável a tortura, defendeu o fuzilamento do então presidente Fernando Henrique Cardoso e lamentou que a ditadura não tenha matado uns 30 mil. Dali em diante ele foi avançando até que na autorização do impeachment de Dilma Rousseff em 2016 dedicou o voto ao mais conhecido torturador da ditadura militar: Carlos Alberto Brilhante Ustra a quem chamou de “o pavor de Dilma Rousseff”, uma mulher que no passado foi barbaramente torturada.

Bolsonaro sugeriu fuzilar a petralhada do Acre; tem o gesto da arminha como símbolo político e tem um bordão, “povo armado jamais será escravizado”, que tem ares de convocação a uma guerra civil.

Poderia ficar horas escrevendo todos os atos extremistas e estímulo a violência política praticados por Bolsonaro.

Mas não precisa. Quem lê este blog acompanha política e sabe de tudo isso.

Um leitor mais “Poliana” pode alegar que o outro lado também pratica violência política. Reconheço a existência de manifestações de intolerância e ocorrências em sentido de reação como o caso do vereador Diadema que bateu em um empresário bolsonarista que foi a porta do Instituto Lula fazer provocações. Há uma diferença entre ataque e defesa e se você não percebe isso o problema é com você.

Não há dois lados nesta história.

É Bolsonaro quem estimula a violência política. Só ele faz discursos incentivando isso. Se não fosse ele um empresário não teria ido ao Instituto Lula caçar confusão. Se não fosse ele um policial penal federal fanatizado não iria a festa de um petista para assassiná-lo.

Tentar multiplicar responsabilidades para posar de imparcial por pura vaidade contribui para o retrocesso. É pura covardia.

Nenhum outro líder político tem a solução das diferenças políticas através do uso de armas como método político.

“Ah, mas Lula agradeceu o vereador que bateu no empresário”, diria a nossa “Poliana”. Isso não é argumento. A fala foi equivocada, mas não indica um método de ação política.

Não há equiparação.

Outro erro é culpar a “polarização”. Eu fico impressionando como jornalistas que cobrem política não conhecem o significado das palavras dessa área. Polarização é da natureza da política.

Hoje não temos polarização.

Temos um homem de extrema-direita pregando a violência e clamando por um golpe de estado e o resto que é a favor da democracia.

A violência como prática política só existe no discurso de Bolsonaro. Não entender isso é contribuir para que as coisas piorem ainda mais.

A eleição nem começou oficialmente e já temos um cadáver: Marcelo Aloizio de Arruda. O assassino se chama Jorge da Rocha Guaranho. A motivação foi política e o incentivador para isso se chama Jair Messias Bolsonaro.

O resto é isentismo e falsa simetria.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 03.05.2021 │O linchamento de Fátima Bezerra pelos bolsonaristas

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Entrevistadores de instituto de pesquisa sofrem intimidação

Entrevistadores do Instituto Seta foi interpelados por cabos eleitorais do prefeito Leonardo Rego (DEM), candidato a reeleição em Pau dos Ferros.

Eles questionaram os entrevistadores e o clima ficou tenso como mostra o vídeo abaixo:

Leonardo Rego anda irritado com os institutos de pesquisas. Ele sofreu uma inesperada virada de Mariana Almeida (PSD).

Leonardo chegou a impugnar a pesquisa, mas foi derrotado na Justiça Eleitoral. O diretor do Instituto Seta, Daniel Menezes, anunciou que vai processar o prefeito.

A pesquisa divulgada pelo Blog do BG apontou vantagem de 8% a favor de Mariana.

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MP Eleitoral investiga suposto grupo de Whatsapp com ameaças de violência política

 

O Ministério Público Eleitoral instaurou um procedimento para analisar as denúncias quanto ao suposto grupo de Whatsapp “Opressores RN 17”, no qual teriam sido feitas ameaças de morte, estupro e outros tipos de violência a eleitores contrários, através da possível organização de um grupo armado.

Após analisar os indícios de veracidade, ou não, do diálogo mantido na rede social, a Procuradoria Regional Eleitoral deverá decidir sobre a remessa do caso ao promotor eleitoral competente, se for o caso de apuração de possível crime do artigo 301 do Código Eleitoral (Usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos).

Por outro lado, na hipótese de se tratar de propaganda falsa (grupo fake), com intuito de promover publicidade negativa de candidato, o procedimento será encaminhado para algum dos procuradores auxiliares eleitorais.

Informações: Assessoria MP Eleitoral

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UERN e Sindicato dos Jornalistas emitem notas em repúdio a atos de intimidação política

Seguem notas de repúdio da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e do Sindicato dos Jornalistas do RN (Sindjorn) emitiram notas a respeito dos casos de intimidação política neste período eleitoral.

 

Confira a nota do Sindjorn

NOTA

 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte vem a público repudiar os atos de intolerância e autoritarismo cometidos em todo o País, à medida que se aproxima o dia da votação do segundo turno da campanha eleitoral à Presidência. Práticas totalitárias, violentas e preconceituosas, têm manchado a história da nossa democracia e colocado a vida de muitos em risco, inclusive dos colegas que fazem a imprensa norte-riograndense.

Repudiamos veementemente atos como o praticado pelo deputado estadual Getúlio Rêgo contra a colega jornalista Juliana Celli, no interior da Assembleia Legislativa, durante o expediente de trabalho. Tais atos foram relatados por ela em suas redes sociais nesta segunda-feira (15). Por anunciar um voto contrário ao do deputado, numa conversa corriqueira, a jornalista teve seu direito à livre opinião abafado pelo discurso autoritário do parlamentar, que passou a agredí-la verbalmente, na presença de diversas pessoas, numa clara prática de assédio moral e constrangimento profissional.

Num processo democrático, atitudes como a do parlamentar colocam em risco direitos constitucionalmente garantidos como a liberdade de opinião e de expressão, e revela o perigo que nos cerca.

O Sindjorn estará sempre na trincheira da democracia, base de nascimento de todas as conquistas sociais que temos hoje. Nos solidarizamos com a colega Juliana Celli, colocando os setores do Sindjorn à disposição para o acompanhamento do caso.

 

SINDJORN

 

Confira a nota da UERN

 

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) vem a público reafirmar sua defesa do ensino público, gratuito e de qualidade como pilar da transformação social de um país, assim como reiterar o papel da universidade como espaço de livre pensamento, pluralidade de ideias e exercício diário da democracia.

 

Repudiamos qualquer tipo de ação de autoritarismo, intolerância, preconceito, constrangimento e violência física e moral, como algumas que têm ocorrido pelo País, inclusive no interior das universidades, em meio ao período eleitoral.

Em sua missão como universidade socialmente referenciada, a UERN atuará de todas as formas possíveis para garantir a proteção à sua comunidade acadêmica, no exercício da liberdade de opinião, e no respeito às liberdades políticas e individuais, assim como na apuração e punição a quem venha infringir estes preceitos fundamentais.

A defesa dos princípios constitucionais é dever de todo cidadão brasileiro e das instituições que constroem este País. Seguir num caminho contrário é abrir espaço ao caos e à barbárie.

Somente pelo fortalecimento dos direitos garantidos em nossa Constituição, e pela defesa da universidade pública, gratuita e autônoma, podemos vislumbrar uma sociedade mais forte, justa e igualitária. É esta a nossa missão.

 

Pedro Fernandes Ribeiro Neto

Reitor

 

Fátima Raquel Rosado Morais

Vice-reitora