Toda legislatura é apontada como a pior da Câmara Municipal de Mossoró. Essa é uma avaliação recorrente quando o nosso parlamento é avaliado pelo povo.
Confesso que não gosto da assertiva que passa uma falsa sensação de estarmos em um constante processo de involução.
Nem tanto nem tampouco!
Cada legislatura tem sua própria dinâmica, mas uma coisa nunca muda: a subserviência em relação ao poder executivo. Tanto faz se o inquilino do Palácio da Resistência goza de popularidade ou é alvo da repulsa popular.
Isso nunca muda.
Essa legislatura tem sido marcada por algumas confusões que beiram a infantilidade como ameaças de pugilato e por arroubos de alguns parlamentares despreparados para lidar com a vida pública.
A maioria dos parlamentares acha que podem usar a Tribuna da Câmara para distribuir impropérios contra os colegas e quando se veem acuados atacam a imprensa de forma genérica.
Sobre este último caso, urge um treinamento e contratação de assessores de imprensa em seus respectivos gabinetes. Seria cruel exigir que a comunicação institucional da Câmara Municipal assuma o ônus de lidar com questões individuais dos parlamentares.
Com 14 estreantes na política, a nova Câmara Municipal está perdida. Segue tão subserviente ao executivo quanto as outras com o acréscimo do despreparo e das discussões rasas.
A qualidade do legislativo é imprescindível. Não estou exigindo que o Palácio Rodolfo Fernandes tenha 23 Ruis Barbosas, mas sugerindo que os parlamentares foquem suas atuações em tema edificantes. Elejam uma causa, lutem por ela e na hora de um debate mais acalorado foquem na ideia discutida e não em desmoralizar o colega.
Não escondam atrás da linguagem chula sob o argumento de que falam a linguagem do povo. Isso é um acinte ao trabalhador. Falar simples é diferente de ser xucro.
Que a nova Câmara encontre uma bússola.