Vitória de Rodrigo Codes devolve estabilidade a Ufersa

Codes e Dias vão gerir uma Ufersa no rumo da estabilidade (Foto: cedida)

A Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) voltará a ter na Reitoria alguém respaldado pelo voto da comunidade acadêmica. A decisão foi de fazer uma reparação histórica a quem há quatro anos venceu o pleito e foi impedido de assumir o cargo graças a um entulho autoritário em forma de lei que permite ao presidente da República escolher os comandos das instituições de ensino superior da União a partir de uma lista tríplice.

Descompromissado com as regras não escritas da democracia, Jair Bolsonaro viu em Rodrigo Codes um esquerdista e nomeou a terceira colocada Ludmilla Oliveira gerando quatro anos de instabilidade na Ufersa.

Agora esta instabilidade está com os dias contados por que o vencedor de 2024 foi o mesmo de 2020. Codes venceu entre os técnicos e os professores uma eleição dura, mas fazendo uma campanha limpa contra duas fortes estruturas de seus adversários.

Ludmilla, a despeito de todo o desgaste ainda conseguiu um segundo lugar sobretudo pela força da máquina. Uma eventual vitória dela traria consigo o peso dos atuais quatro anos em que ela pode se beneficiar das vantagens de estar no cargo de reitora nomeando apoiadores para funções gratificadas e atraindo o apoio de estudantes através de políticas públicas.

A continuidade de Ludmilla manteria a instabilidade. A vitória de quem ganhou e não pode assumir, no caso Codes, devolve a Ufersa a marca da estabilidade necessária para avançar como instituição de ensino superior.

Codes terá ao seu lado o vice-reitor eleito Nildo Dias. É uma dupla de pesquisadores renomados que trarão a Reitoria o perfil acadêmico perdido com Ludmilla, que protagonizou situações patéticas nas redes sociais.

Com Lula presidente não resta dúvida que a vontade da comunidade acadêmica será respeitada. A Ufersa voltará a ter paz.

 

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto