Voos no Aeroporto de Mossoró viram caso de Procon e tribunal

Voepass vem massacrando consumidores em parceria com a Latam (Foto: autoria não identificada)

O que seria solução para muitas pessoas que escolhem viajar de avião com o conforto de sair e desembarcar na própria cidade onde mora virou um motivo mais para stress em Mossoró.

É caso para Procon, para ser benevolente nas palavras.

A Voepass que opera linhas que levam e trazem passageiros de Natal e Fortaleza para Mossoró, numa parceria com a Latam, decidiu fazer o seus clientes de palhaços.

Na sexta-feira, um grupo de passageiros foi surpreendido com a notícia que não embarcariam. Foram vendidas 68 passagens e na hora do voo estava disponível um avião com capacidade menor que o anunciado.

Eu dei “sorte” neste dia e viajei num avião com ar-condicionado defeituoso. As reclamações a respeito do calor foram do começo ao final do trajeto.

No sábado, aqui vai mais um testemunho pessoal, eu estava tentando fazer o check-in e não conseguia. Conferi o e-mail e não tinha qualquer mensagem da Voepass nem da Latam confirmando ou cancelando o voo.

Liguei para a Voepass e a informação foi a de que meu nome foi retirado da lista e que eu resolvesse com a Latam que me vendeu a passagem. A atendente não informou que o voo estava cancelado e jogou a responsabilidade do nome retirado na empresa parceira.

Entro em contato com a Latam e eles forçam para o assunto ser tratado no WhatsApp. Foram três atendimentos entre sábado e domingo. Um mais demorado que o outro e cheio de informações imprecisas. Para se ter ideia da confusão a atendente informou que o voo estava cancelado e em seguida me colocou no voo cancelado. Parecia que queria ganhar tempo.

Mas nada de conseguir fazer o check-in. Eu que tinha viajado a lazer passei boa parte do show em que estava tratando do meu retorno.

Só no domingo tive a certeza de que o voo estava cancelado e ofereceram como alternativa ir para Fortaleza e depois para Mossoró. A atendente fez o check-in do primeiro trecho e mentiu dizendo que só poderia fazer o do segundo presencialmente na capital do Ceará.

Estava clara a enrolação. Logo percebi que ao chegar em Fortaleza seria colocado em um carro para Mossoró. Já no Aeroporto de São Gonçalo uma funcionária da Latam me informou que o segundo voo estava cancelado e que teria que sair da área de embarque para fazer um novo procedimento para aquisição de passagem para Fortaleza e de lá pegar um uber para Mossoró.

Mais perda de tempo.

Tudo isso sem ser sequer formalmente informado via e-mail, uma tremenda falta de respeito. Em vez de chegar em casa às 11h25, cheguei por volta das 16h.

Enquanto isso no Aeroporto, a Azul Linhas Aéreas, que vinha operando sem problemas também aprontou cancelando o voo que estava lotado.

Entrei em contato com uma fonte que trabalha no Aeroporto de Mossoró. Segundo ela os cancelamentos não fazem sentido porque a demanda pela Voepass aumentou depois dos problemas na BR 304 e a linha com Fortaleza sempre esteve cheia. Já o voo da Azul para Recife estava lotado e não havia qualquer problema de tempo que justificasse colocar os passageiros num transporte terrestre para nove horas de estrada.

Resta a mim e os outros desrespeitosamente prejudicados buscar os direitos no judiciário.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto