A Rosa e o Rosário? Por que um setor da oposição é poupado de ataques da mídia rosalbista

Rosary and rose on a white background

Já registramos aqui em pelo menos duas oportunidades que a estratégia rosalbista é intimidar críticos utilizando sua máquina de moer reputações. Os alvos principais são os deputados estaduais Isolda Dantas (PT) e Allyson Bezerra (SD) – ver AQUI e AQUI.

Não é por menos.

Os dois possuem mandatos e potencial para crescer até o início da disputa eleitoral. Isolda tem o respaldo da governadora Fátima Bezerra (PT) e um discurso voltado para políticas de inclusão social. Allyson é jovem, com origem na periferia e penetração no segmento evangélico. Além de ter o discurso do novo.

A tática de desconstruí-los é bem clara e organizada na mídia alinhada ao Palácio da Resistência. O jornalista Carlos Santos em seu Blog também já identificou essa ação (ver AQUI)

O que me chama atenção é que existem segmentos da oposição poupados pela máquina de moer reputações da prefeita.

Um deles é o bolsonarismo. O PSL local é anti-oligárquico e crítico da gestão, mas o que eles dizem não geram incômodos. Como já escrevi (ver AQUI) lá na frente o rosalbismo espera conquistar o apoio do partido do presidente Jair Bolsonaro através da longeva parceria política com o deputado federal General Girão (PSL), duas vezes secretário de Rosalba.

Mas a jogada mais sofisticada é em relação ao grupo de Tião Couto e Jorge do Rosário (ambos do PL).

Há uma espécie de fetiche pela chapa a Rosa e o Rosário.

Jorge faz sua parte.

Nas entrevistas que concede pega bem leve com a sofrível gestão de Rosalba. Reconhece como mérito um salário em dia que na verdade vem sendo pago sistematicamente com atraso.

Não creio em matreirice da parte de Jorge neste caso porque muita gente tem caído nessa balela. Creio que com o assunto agora de domínio público com grande contribuição desta página nos próximos contatos com a mídia ele atualize a avaliação.

Mas ao mesmo tempo em que atua como oposição light,

deixa a porta aberta para um entendimento num futuro.

Na atual conjuntura não apostaria nesta parceria por dois motivos: 1) Jorge não toma decisão sem ser em consenso com Tião e este não quer nem ouvir falar em parceria política com a prefeita; 2) em 2016 houve pressão, inclusive do deputado federal João Maia (PL), para que Jorge topasse ser vice de Rosalba e este não aceitou.

No entanto, uma advertência: Tião mudou de posição em relação a Robinson em 2018 e topou ser vice dele.

O silêncio como afago vai caminhar na mídia rosalbista enquanto a prefeita nutrir esperanças de tê-lo como vice. Diferente de 2016, quando escolheu uma figura desconhecida do meio político, em 2020 a prefeita precisa de um nome representativo.

Jorge seria uma boa. O negócio vai ser o Rosário aceitar a Rosa.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto