O secretário municipal de infraestrutura Rodrigo Lima enviou um áudio pressionando Luiz Augusto da Octha Engenharia para dar prosseguimento a obra da Praça do Basquete.
Na conversa, o secretário demonstra ter plena consciência de que a forma como a reforma estava sendo conduzida fraudava a licitação por causa da execução efetiva pela empresa de Francisco Erinaldo da Silva que não estava habilitada para o serviço.
“Veio pronto para concluir a obra? Venha pronto para concluir a obra! Com Erinaldo, sem Erinaldo, você sozinho. Quero concluir a obra pelo amor de Deus”, apelou Rodrigo.
Luiz Augusto confirma no áudio os apelos de Erinaldo para receber antes de retomar as obras. “Eu já pelejei aqui com Erinaldo e ele ‘Luiz eu não consigo. Eu não posso. Não posso retomar antes da gente receber o que tá pendente, antes deles resolverem o a parte do… do reajuste, e… e a parte do reequilíbrio’. Me ajude nisso daí que ele vai com força. Ele termina rápido isso daí”, recomendou.
No áudio, Luiz Augusto confirma o que as imagens que o Blog do Barreto já postou nas redes sociais atestam: Erinaldo estava com todo o material pronto para ser colocado na Praça do Basquete. “Ele está com tudo pronto lá. Só falta, eu acho, tem saldozinho pouco. Pouco assim, em relação ao que tinha, né?”, avisou.
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A dívida era de “quatrocentos e poucos mil” nas contas de Luiz a serem pagos e que isso acontecendo haveria argumento para ir para cima de Erinaldo. “Ele tá irredutível com relação a essa retomada aí”, avisou.
No final do áudio, Luiz ainda cita uma dívida de cerca de R$ 370 mil em relação a medição da praça do Abolição IV.
O caso da Praça do Basquete terminou com o distrato do contrato com a Octha sem realizar os pagamentos. A Prefeitura de Mossoró fez uma nova licitação em que a Octha concorreu dando desconto de 13%, mas foi derrotada pela WSC que ofereceu apenas 7% (saiba mais AQUI).
A obra foi retomada com orçamento de R$ 1,050 milhão, praticamente o mesmo valor do orçamento anterior que foi de R$ 1,1 milhão. Erinaldo Alega que tinha feito 80% do serviço.
O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual com autorização do desembargador Cornélio Alves.
