RN estará em três anos com 20% do efetivo ideal para a Polícia Civil, aponta ADEPOL

Taís Aires aguarda posicionamento da governadora (Foto: cedida)

Em três anos a Polícia Civil do Rio Grande do Norte estará funcionando com 20% do efetivo necessário de acordo com o estabelecido por organismos internacionais de segurança.

Com 3,409 milhões de habitantes o Rio Grande do Norte deveria ter pelo menos 5.150 policiais civis, mas atualmente são 1.325 entre delegados, escrivães e agentes.

De acordo com levantamento da Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (ADEPOL), o último concurso público para a Polícia Civil que investiga os crimes e aponta os suspeitos aconteceu em 2008. O anterior a este, ocorreu 15 anos antes. Em quase trinta anos foram dois concursos para a polícia judiciária.

Hoje, a Polícia Civil opera com cerca de 26% do efetivo adequado, mas se nada for feito, daqui a três anos, de acordo com levantamento da Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN, a proporção poderá cair para 20% ou 1/5.

Hoje, 17 de agosto, existem 150 policiais aptos para se aposentar, e nos próximos três anos, outros 102 estarão nas mesmas condições.

Há três anos, um processo para a realização do concurso tramita no Governo do Estado. Recentemente, após muitas etapas já terem sido alcançadas, a Secretaria de Administração decidiu passar para a própria Delegacia Geral de Polícia a responsabilidade da organização do certame, o que levou tudo praticamente à estaca zero. Esta é a terceira vez que o processo é reiniciado, e o que preocupa ainda mais, é que existe um prazo até 14 de setembro para que o Governo do Estado publique o edital, sob pena de se perder todo o processo. É importante ressaltar que, se a publicação fosse efetivada hoje, os primeiros delegados, agentes e escrivães seriam nomeados e começariam a trabalhar daqui a três anos.

Para a presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN, delegada Taís Aires, a realização do concurso depende hoje de vontade política da governadora Fátima Bezerra (PT). “Acredito na boa vontade da governadora, até porque ela já anunciou publicamente e fez promessas sobre o concurso. Mas isso não é suficiente. A chefe do executivo precisa deixar claro para todas as secretarias e órgãos envolvidos, que esse concurso é uma prioridade para o estado. Estamos cansados de tantas idas e vindas. Precisamos de atos concretos”, declarou.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto