O recado das urnas em 2018 foi claro para a prefeita Rosalba Ciarlini (PP): “se a senhora não mudar, vai ser derrotada”.
A prefeita não ouviu e olhe que o Blog do Barreto alertou (ver AQUI) de que ela seria punida nas urnas ao manter o mesmo modelo.
Rosalba achou um culpado pelo fracasso eleitoral de seu grupo político naquele ano: o então secretário municipal de saúde Benjamim Bento. Trocou-o por Saudade Azevedo, uma técnica respeitada, mas que faz milagres.
Mas só isso não era suficiente. Era preciso uma reformulação no modelo de gestão ultrapassado, pautado por picuinhas e falta de transparência da gestão da coisa pública.
Isso deu certo para o rosalbismo lá atrás, mas os tempos mudaram.
A arrogância não fazia o grupo da prefeita enxergar que o povo de Mossoró queria mudar. A empáfia fazia sua turma considera-la invencível. A oposição que pouco se opunha contribuía para essa crença ainda que a corrosão eleitoral estivesse escancarada.
Rosalba perdeu dentre outras coisas porque estava baixa avaliação positiva. Com 35% de ótimo e bom bastava que alguém conseguisse polarizar para a derrota se consumasse. Ela chegou a este patamar negativo pela insistência no que estava dando errado.
Mas apesar dos pesares ela não está morta politicamente. Recebeu consideráveis 59.034 votos. Mesmo seu eleitorado estando envelhecido e não vislumbrar uma renovação em seus quadros, Rosalba segue politicamente viva, mas nada será como antes. O máximo que ela pode sonhar é com uma candidatura a deputada federal em 2022.
Do posto Zé da Volta em diante ela não ganha mais Governo ou Senado. Ainda assim a sua liderança não pode ser subestimada. O nível de gestão mostrado nos últimos anos renderia uma repulsa devastadora do eleitorado caso fosse outra pessoa sentada na cadeira mais confortável do Palácio da Resistência.
Rosalba foi derrotada no domingo, mas não enxotada da política como aconteceu com Francisco José Junior quatro anos atrás.
Ela segue viva.