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Exagero no marketing na educação pode gerar “Efeito Silveira” sobre Allyson

Ao lançar o programa “Mossoró Cidade da Educação” o prefeito Allyson Bezerra (SD) abriu o flanco para que a área que ele quis tornar vitrine fosse alvo de pedras jogadas pela oposição.

Um bebedouro quebrado, uma janela sem ferrolho, uma carteira avariada e outros problemas seriam usados para superdimensionar a crítica a altura da peça de marketing.

Quem sabe muito bem disso foi o ex-prefeito Francisco José Junior. Ele transformou um avanço razoável no transporte público numa peça de marketing exagerada.

“A espera de anos acabou”, dizia o slogan.

A melhora do que era péssimo poderia ter rendido dividendos políticos acabou tendo um efeito inverso ao esperado colaborando para Francisco José Junior ostentar o status de prefeito com pior avaliação da história de Mossoró.

Com a popularidade nos píncaros da glória, Allyson precisa ficar atento porque Francisco José Junior também sabe o que é bombar no gosto popular.

A denúncia do Ministério Público demonstrando falta de zelo na educação, deixando crianças sem matrículas ou estudando distantes de casa é, como escrevi esta semana, um engasgo no discurso da “cidade da educação”.

O prefeito precisa se ligar no efeito “Silveira”, em alusão ao sobrenome usado pelos mais próximos de Francisco José Junior.

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Caso Vuco-vuco mostra que não basta ter razão, é preciso saber usá-la

Prefeito entrou em conflito com ambulantes (Foto: redes sociais/Allyson Bezerra)

Ninguém questiona a necessidade de remover os ambulantes que ocupam espaços irregulares em Mossoró. Inclusive, boa parte desse grupo sabe que está na ilegalidade e sonha com uma solução por parte do poder público.

Como Francisco José Junior e Rosalba Ciarlini, o prefeito Allyson Bezerra decidiu mexer em um vespeiro. Os antecessores colheram desgaste e impopularidade. No caso do primeiro, a briga com os ambulantes é o marco inicial de sua derrocada política.

Como Francisco José Junior e Rosalba, Allyson tem razão em remover os boxes irregulares do Vuco-vuco. É uma questão legal (que se sustenta em recomendações do Ministério Público) e moral (por respeitar os direitos dos comerciantes que estão legalizados).

Mas temos aí uma questão muito mais complexa cujo uso da razão precisa ser conciliado com empatia e bom senso.

A ocupação ilegal de espaços no Vuco-vuco, Coronel Gurgel e Praça do Mercado não é a doença. É um sintoma. Sintoma da decadência econômica de Mossoró cujo desemprego galopante foi intensificado com a pandemia e isso empurra pais e mães de família para a informalidade.

Mossoró precisa lidar com isso criando novos espaços para o comércio popular. É um assunto que não foi bem debatido na campanha embora o prefeito tenha prometido que faria diferente de seus antecessores.

Ter razão num tema não é tudo. Esse respaldo não pode abandonar a empatia com pais e mães de família desempregados que já estão sofrendo com o péssimo momento econômico provocado pela crise sanitária.

Esse quadro obriga o prefeito a levar em consideração a sobrevivência dessas pessoas. A remoção dos boxes tinha que vir antecedida de diálogo e construção de alternativas para essas pessoas para aí sim fazer as necessárias medidas que envolvem acessibilidade e justiça com os comerciantes legalizados.

O que foi feito na madrugada de ontem foi cruel com os ambulantes prejudicados, mas talvez não gere o desgaste monumental sofrido por Francisco José Junior e em menor escala por Rosalba.

Por quê?

Porque o prefeito agiu atendendo aos interesses dos comerciantes legalizados enquanto Rosalba e Francisco José Junior bateram de frente com os que ocupam a Coronel Gurgel que são organizados em associação e possuem um poder de mobilização bem maior.

Ainda assim o prefeito errou tanto quanto seus antecessores por não pensar em construir alternativas antes de tomar as medidas.

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Em áudio vazado, Francisco José Junior admite vaidade como fator para fracasso administrativo e celebra vitória de Allyson: “alma lavada”

Ex-prefeito comenta resultado eleitoral (Foto: arquivo)

Um dos protagonistas do processo eleitoral de 2020 em Mossoró, o ex-prefeito Francisco José Junior quebrou o silêncio em um grupo de Whtasapp.

Ele comentou o processo eleitoral em Mossoró celebrando a derrota da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) e admitindo ter na vaidade um pecado em sua gestão.

Outro ponto comentado diz respeito à permanência excessiva de rosalbistas na gestão.

Nota do Blog: esse áudio foi gravado alguns dias após o Blog do Barreto ter apontado dois erros cometidos pelo ex-prefeito que não poderia ser repetidos por Allyson Bezerra. Ambos eram a vaidade e a manutenção de rosalbistas na gestão. Leia AQUI.

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O maior protagonista do debate esteve ausente

Francisco José Junior há quatro anos tirou Rosalba do sério em debate (Foto: reprodução)

Ele foi o centro das atenções no debate da TCM Telecom mesmo estando fora da política há quatro anos. Estou me referindo ao ex-prefeito Francisco José Junior.

Seu nome é a muleta para cada problema da cidade. É como se Mossoró fosse um paraíso até o dia que ele sentou pela primeira vez na cadeira mais confortável do Palácio da Resistência.

Cláudia Regina (DEM) disse que Allyson Bezerra (SD) era o novo “Silveira”. O candidato do Solidariedade falou que o ex-prefeito só existia porque ela foi cassada quatro vezes.

Rosalba Ciarlini (PP) antes de responder uma pergunta sobre saúde falou que Isolda Dantas (PT) foi secretária do ex-prefeito e a deputada lembrou que no grupo da prefeita tem ex-secretários e vereadores da base silverista.

Silveira foi o centro do debate.

Mossoró precisa virar esta página de sua história e discutir as soluções para os problemas atuais. Rosalba Ciarlini precisa largar essa história de que ela reconstruiu a cidade destruída por Silveira porque esse papo só convence sua base de adoradores.

Por mais que gestão do ex-prefeito tenha sido péssima, é desonesto da parte da prefeita culpa-lo todos os problemas atuais como se ela não tivesse nenhum equívoco.

Precisamos de soluções, não de política eleita para resolver os problemas que fica choramingando pelos cantos.

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Há quatro anos Francisco José Junior desistia da reeleição

Francisco José Junior no dia que anunciou que estava fora das eleições (Foto: reprodução)

Foi num dia 19 de setembro, mais precisamente numa segunda-feira, que ocorreu uma hecatombe política em Mossoró em plena reta final das eleições de 2016.

O então prefeito Francisco José Junior (PSD) patinava nas pesquisas eleitorais e rumava para um dos maiores vexames já registrados nas urnas mossoroenses.

Por volta das 22h o que seria somente mais uma live se tornou o principal fato político das eleições de 2016. O que era boato se converteu em fato a ser noticiado.

Alegando que sairia de cena para combater as oligarquias ele anunciava a desistência da candidatura. Assim ele se tornava o primeiro prefeito de Mossoró a não conseguir a reeleição.

Até hoje o episódio é lembrado como a noite que Mossoró não dormiu.

Nota do Blog: Francisco José Junior ainda iria ao debate da Intertv Cabugi mesmo após retirar a candidatura. A participação dele foi marcada pela “jantada” que ele deu em Rosalba mesmo estando desmoralizado.

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Foro de Moscow 181 │ QUEM SÃO OS ROSALBISTAS QUE FORAM “SILVERISTAS” NO PASSADO

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Silveristas no passado, rosalbistas no presente

Francisco José Junior abraça Rosalba (Foto: Web/autor não identificado)

Na boca de qualquer rosalbista qualquer ex-secretário ou aliado do ex-prefeito Francisco José Junior (PSD) deverá ser castigado no fogo da queimação política. A máquina de moer reputações da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) está com tudo.

No entanto, caro rosalbista, antes de sair por satanizando quem fez parte da gestão do ex-prefeito lembre-se do passado silverista dos aliados de sua divindade política.

A começar pelo vereador João Gentil (REDE) que foi secretário de meio ambiente de Francisco José Junior e ontem foi acolhido no palanque da prefeita. Ele não é o único ex-secretário de Silveira que fez parte da gestão e hoje apoia Rosalba. Rondinelli Carlos (PL), um dos mais leais ao grupo da prefeita, ocupou a pasta da agricultura de onde saiu para ser eleito vereador.

A presidente da Câmara Municipal Izabel Montenegro (MDB) que hoje classifica a gestão passada como “estrago” foi aliada de primeiríssima hora do ex-prefeito. Assim como o líder da bancada governista Alex Moacir (PP).

Na bancada rosalbista foram eleitos pelo PSD de Francisco José Junior em 2016 os vereadores Maria das Malhas, Toni Cabelos e Emílio Ferreira. Os dois últimos estão no PP de Rosalba.

Ainda foram ferrenhos aliados do prefeito até ele desistir da reeleição os vereadores Flávio Tácito, Ricardo de Dodoca e Manoel Bezerra. Todos hoje estão no partido da prefeita.

Isso sem contar que a própria Rosalba deu apoio velado a Francisco José Junior nas eleições de 2014 e boa parte dos comissionados rosalbistas de hoje fizeram parte da gestão anterior.

Tudo é uma questão de narrativa, mas a coerência não sustenta o discurso rosalbista para quem tem memória boa.

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Francisco José Junior está na “lista negra” do TCE

Ex-prefeito está na “lista negra” do TCE (Foto: Magnus Nascimento)

O ex-prefeito Francisco José Junior está na “lista negra” do Tribunal de Contas do Estado (TCE) enviada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Caso ele tente registrar uma candidatura nas eleições deste ano ele pode ser considerado inelegível.

Ele está na lista por causa de uma reprovação de contas relativa ao exercício orçamentário de 2012 quando estava a frente da Câmara Municipal de Mossoró.

Em fevereiro deste ano, a Câmara Municipal referendou parecer do TCE que reprovou as contas dele a frente da Prefeitura de Mossoró relativas ao ano de 2016. Esta medida também pode provocar inelegibilidade.

Nota do Blog: vale lembrar que Francisco José Junior não tem planos de ser candidato este ano. Ele cursa medicina na Universidade Potiguar (UnP) em Natal.

Decisão do TCE que condenou Francisco José Junior

Recurso de Francisco José Junior rejeitado no TCE

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A técnica e a política na reprovação das contas de Francisco José Junior

Palácio não entrou na parada para reprovar contas de ex-prefeito (Foto: arquivo)

As contas reprovadas do ex-prefeito Francisco José Junior relativas ao ano de 2016 se tornaram um marco na história da sempre subserviente Câmara Municipal de Mossoró. Mas o resultado da votação é muito mais fruto da articulação intensa da presidente da mesa diretora Izabel Montenegro (MDB) e da vereadora Sandra Rosado (PSDB) do que dos interesses palacianos.

O curioso nisso é que as duas são “intrigadas”, como se diz no popular.

Mas o espelho dessa minha avaliação é o comportamento da bancada governista que não votou em bloco com de costume. Some-se a isso a isso a informação dos bastidores de que o líder do rosalbismo Carlos Augusto Rosado deixou a bancada à vontade e essa foi à orientação dada por Alex Moacir (MDB), que está a frente da bancada governista.

O resultado refletiu essa orientação. Dos 14 vereadores governistas somente sete votaram contra Francisco José Junior. Juntaram-se a eles os oposicionistas Ozaniel Mesquita (PL) e Petras Vinícius (DEM).

Os quatro votos favoráveis ao ex-prefeito foram de governistas. Posicionaram-se assim Rondinelli Carlos (PMN), João Gentil (REDE), Zé Peixeiro (PTC) e Flávio Tácito (PCdoB). O primeiro é um dos mais entusiasmados defensores da gestão de Rosalba Ciarlini (PP) enquanto que Gentil costuma sempre votar com o governismo mesmo se colocando como independente.

O voto predominante na oposição foi o de abstenção. Assim votaram Alex do Frango (PMB), Genilson Alves (PMN), Gilberto Diógenes (PT), Maria das Malhas (PSD) e Raério Araújo (sem partido).

Já as ausências foram de três vereadores governistas Francisco Carlos (PP), Ricardo de Dodoca (Pros) e Tony Cabelos (PSD). Com exceção do primeiro, os outros dois foram aliados de Francisco José Junior durante toda gestão anterior e hoje são da base de apoio da prefeita Rosalba Ciarlini.

Reprovar as contas do antecessor não foi tratado como prioridade pelo governismo. Tornar inelegível (situação que neste caso depende de comprovação de dolo como informamos em outra matéria – ver AQUI) alguém que já está fora do páreo é um gasto de energia desnecessário. Essa decisão é meramente política, embora tecnicamente justificada. O resultado da votação não acrescenta em nada no consenso da sociedade mossoroense de que Francisco José Junior foi mau gestor.

Não se discute que o ex-prefeito merecia ter as contas reprovadas. Ele perdeu prazos, não entregou documentos e foi negligente.

O empenho pela reprovação das contas foi maior da parte de Izabel Montenegro. Foi ela quem insistiu em botar o assunto para frente e indicou Aline Couto (Avante) para a função de relatora.

Diga-se de passagem, o material produzido por Aline foi medíocre. O trabalho dela se resumiu a um parágrafo de justificativa sem sequer trazer os argumentos da defesa e o que foi exposto no parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

 

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Câmara confirma rejeição das contas de Francisco José Junior

Ex-prefeito governou Mossoró por três anos (Foto: crédito não identificado)

Blog Saulo Vale

A Câmara Municipal de Mossoró tomou uma atitude inédita na história do legislativo mossoroense: reprovou as contas de um ex-gestor.

Na conturbada sessão ordinária desta quarta-feira (19), a maioria dos vereadores votou para reprovar às contas de 2016 do ex-prefeito Francisco José Júnior (sem partido). A votação tem como principal consequência a inelegibilidade do ex-gestor.

O placar foi de nove votos pela reprovação das contas, quatro contra, três ausências e cinco abstenções.

A maior parte dos parlamentares votou de acordo com a orientação da relatora do caso na Câmara, vereadora Aline Couto (Avante), e do parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O TCE reprovou as contas do ex-prefeito e apontou que ele não enviou as informações necessárias àquela corte no prazo determinado.

Bancadas se dividiram quanto à votação (Foto: Edilberto Barros)

Defesa e acusação

A sessão foi marcada por forte bate-boca entre vereadores.

O vereador João Gentil (Rede) fez fervorosa defesa pela aprovação das contas do ex-gestor. Foi seguido por pronunciamentos, também favoráveis ao ex-prefeito, de Genilson Alves (PMN), Rondinelli Carlos (PMN) e de Alex do Frango (PMB).

Já as vereadoras Izabel Montenegro (MDB), Sandra Rosado (PSDB) e Aline Couto (Avante) defenderam, por várias vezes, durante a sessão, a reprovação das contas do ex-gestor.

Veja como votou cada vereador:

Votaram a favor do ex-prefeito Francisco José Júnior:  Rondinelli Carlos (PMN), João Gentil (REDE), Zé Peixeiro (PTC) e Flávio Tácito (PCdoB).

Votaram contra o ex-prefeito: Alex Moacir (MDB), Ozaniel Mesquita (PL), Manoel Bezerra (PRTB), Aline Couto (Avante), Didi de Arnor (PRB), Emílio Ferreira (PSD), Izabel Montenegro (MDB), Petras Vinícius (DEM) e Sandra Rosado (PSDB).

Declararam abstenção:  Alex do Frango (PMB), Genilson Alves (PMN), Gilberto Diógenes (PT), Maria das Malhas (PSD) e Raério Araújo (sem partido).

Ausentes da sessão/votação: Francisco Carlos (Progressista), Ricardo de Dodoca (Pros) e Tony Cabelos (PSD). Os três justificaram ausência na sessão.

Nota do Blog: a inelegibilidade do ex-prefeito só será identificada se houver o entendimento de que a reprovação das contas se deu por dolo ao erário.