O delegado Alex Wagner, diretor da Divisão de Polícia Civil do Oeste (DIVIPOE) e que integra a operação para desvelar as motivações e os responsáveis pelo assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira e do pai dele Sandi Alves de Oliveira, informou em coletiva de imprensa na tarde de hoje que foram presos dois suspeitos de participação direta do crime.
Em outra ocorrência foram presos dez pessoas, entre elas um irmão do prefeito assassinado e três PMs (um do Ceará e dois do RN). Eles foram autuados por constituição de milícia privada.
As prisões ocorreram menos de oito horas após os assassinatos. Além dos dois suspeitos de envolvimento direto (um por execução e outro por propiciar fuga), outras 10 pessoas também foram detidas, suspeitas de formação de milícia privada (grupos armados que se unem para fornecer segurança e que formam poder paralelo, à revelia das forças de segurança do Estado).
“Importante ressaltar o empenho dos policiais em dar uma resposta rápida. Em menos de oito horas após o crime, conseguimos prender suspeitos e tirar muitas armas de circulação. Mas também é importante dizer que os esforços continuam”, acrescentou o titular da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), coronel Francisco Araújo.
Durante coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje (28), o delegado Alex Wagner, reforçou que as investigações continuam na região, em razão da fuga de outros dois suspeitos que estavam no mesmo veículo com os dois presos por participação direta. “O helicóptero Potiguar 01, aeronave da SESED, segue dando apoio aéreo às buscas”, acrescentou o coronel Niltoildo Dantas, comandante do policiamento militar na região.
Já com os outros dez presos, que estavam em dois veículos e foram detidos em uma ocasião distinta, foram aprendidos um fuzil, espingardas, pistolas e revólveres. “Evitamos um derramamento de sangue na cidade. O grupo, muito provavelmente, tentaria se vingar da morte do prefeito”, destacou o delegado.