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Genivan afirma que usou verba para alimentação em momentos de trabalho

Em nota enviada ao Blog do Barreto, o vereador Genivan Vale (PDT) explicou que utilizou a verba de gabinete para custear alimentação porque isso está previsto na lei e nas vezes em que ele utilizou em finais de semana e recesso parlamentar era porque estava trabalhando. Segue abaixo a nota de esclarecimento do parlamentar.

Prezado, Bruno Barreto

Com relação à publicação no Blog do Barreto, com o título “Dos 21 vereadores, 16 utilizaram verba indenizatória para comer às custas do contribuinte mossoroense”, gostaríamos de fazer alguns esclarecimentos, tendo em vista termos sido citado como o vereador que mais gastou com alimentação.

O artigo 4º da Lei 3.068/13, em seu inciso IV, prevê o uso da verba de gabinete para “alimentação do parlamentar e de assessores do respectivo gabinete quando no desempenho de atividades parlamentares”. Podemos citar os dias de sessões ordinárias na Câmara Municipal de Mossoró como exemplo de situações previstas na Lei que permitem o uso da verba para este fim.

Como é de conhecimento da população que acompanha as sessões, principalmente dos jornalistas que cobrem o trabalho parlamentar, na grande maioria das vezes a sessão ordinária inicia às 9h e se estende até as 15h, houve dias de a sessão encerrar às 18h. Nestes casos, tanto o parlamentar quanto os assessores que o acompanham em plenário fazem uso do direito da verba de gabinete para a alimentação, conforme previsto na Lei 3.068/13, seja almoçando em um restaurante próximo ou pedindo uma quentinha para ser consumida na própria câmara.

Com relação ao fato de sermos apontados como o vereador que mais utilizou a prerrogativa de usar verba de gabinete para a alimentação, é importante considerar a nossa intensa atuação parlamentar. O nosso trabalho não se limita às sessões plenárias e ao horário de expediente da Câmara Municipal de Mossoró.

Trabalhamos visitando as comunidades de madrugada (como no dia dos vídeos que fizemos das Bases Integradas Cidadãs – BIC), aos finais de semana (por exemplo, na visita que fizemos ao conjunto Wilson Rosado), feriados (como no protesto das cinquentinhas, realizado no dia 30 de setembro) e também no período de recesso parlamentar (na visita UEI abandonada do Santo Antônio). Basta acompanhar nossas postagens nas redes sociais para comprovar o que estamos dizendo. Esses trabalhos em horários fora da jornada de trabalho comercial, em muitos casos se estendem de forma ininterrupta, fazendo-se necessário a alimentação para nós, vereadores, e os assessores que nos acompanham.

Ao se questionar o valor utilizado para alimentação, no total de R$ R$ 4.931, 97, também é importante atentar que essa verba, prevista em Lei, corresponde ao que foi gasto em todo o ano de 2014.

Ao ser divulgado o valor anual, o volume do recurso público utilizado soa uma extravagância. Porém, em termos mensais, o uso da verba com a alimentação representa um custo médio de R$ 410, 90. Para melhor ilustrar, se considerássemos que o valor de R$ 4.931, 97 fosse utilizado somente em dias de sessão, que temos em média oito sessões mensais e que permanecemos em Plenário eu e mais dois assessores, o gasto diário por refeição fica em torno de R$ 17,00.

Vale ressaltar, que o valor da verba de gabinete de cada vereador é um recurso que faz parte do orçamento da Casa. O que significa dizer que se o dinheiro não for utilizado pelo vereador, ele ficará na Câmara Municipal de Mossoró para que o presidente da Casa possa fazer uso. Por exemplo, quando a Câmara reduziu o número de assentos para 13 vereadores não houve redução no orçamento da Casa, ou seja, não houve nenhum tipo de economia para a sociedade, permaneceu o mesmo valor do orçamento, ficando mais recursos para a presidência. Caso semelhante, estão querendo fazer agora, ao tentar acabar com a verba de gabinete que é destinada para o custeio do mandato, cujos recursos são utilizados para gasolina, água, telefone, material de expediente (papel, caneta, toner, cópias), divulgação das ações parlamentares e, inclusive, alimentação.

Acreditamos que a discussão sobre o uso da verba de gabinete é válida e importante. O ideal seria que o debate se ampliasse para toda a Câmara Municipal de Mossoró, uma vez que um único evento da Câmara Cultural consome mais recursos do que todos os gabinetes utilizam com alimentação em um ano.

No tocante ao debate sobre o fim da verba de gabinete, poderíamos ser favoráveis, caso os recursos fossem devolvidos à Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) para aplicação na saúde. Porém, não concordamos com a ideia de retirar uma verba para exercício do mandato, tolhendo nosso trabalho, em especial, dos vereadores de oposição, para que essa verba fique à disposição única e exclusiva do presidente da Câmara.

Atenciosamente,

Genivan Vale

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Advogada mostra que tinha deixado Prefeitura dois anos antes de auditoria

A advogada Petúcia Geanne Bezerra Fernandes entra em contato com o Blog do Barreto para informar que tinha saído da Prefeitura de Mossoró dois anos antes da revisão biométrica.

“NOTA DE ESCLARECIMENTO

Venho por meio desta, esclarecer a publicação indevida de meu nome como “servidora fantasma” da Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e veiculado em jornais, blogs sites, etc. Encontro-me surpresa e, principalmente, indignada!
Está sendo veiculado na mídia nomes de 98 “servidores fantasmas” da PMM que serão investigados pelo MP/RN, com base em auditoria realizada pela UERN, dentre os quais o meu nome encontra-se presente.
O MP cumpre sua função institucional de investigar, embora, a meu ver, poderia ter colhido esclarecimentos das pessoas envolvidas durante o Procedimento Preparatório realizado por esse Órgão antes da abertura do Inquérito, como forma de cautela, evitando prejudicar a honra e a imagem de inocente (s). Uma simples consulta no portal da transparência da PMM seria suficiente para confirmar que eu não sou servidora da prefeitura desde agosto de 2012. Contudo, nada disso não foi feito e a Inquisitoriedade, Princípio do nosso Processo Penal, acaba por ferir a Dignidade Humana (princípio expresso na Constituição Federal) de uma inocente que tem provas materiais simples, claras e contundentes.


Esclareço: participei de Processo Seletivo Simplificado realizado pela PMM no ano de 2010, onde concorri para vaga de Técnica de Nível Superior, tendo sido aprovada. Em 28 de outubro do mesmo ano, fui admitida tendo desempenhado minhas funções até 20 de agosto de 2012, quando pedi exoneração por entender que necessitava de mais tempo para estudar para concursos, uma vez que essa contratação junto a PMM era temporária. Tenho toda a documentação de admissão e exoneração, além de outras. A partir de então, encerrei, inclusive, uma conta que possuía na Caixa Econômica Federal por onde recebia meus rendimentos. Na época, questionei por que meu pedido de exoneração não tinha sido publicado no Diário Oficial do Município, mas ninguém soube informar e como eu já estava documentada de que não era mais, a partir daquele dia, contratada do Município, fiquei tranquila. No dia 19 de fevereiro do presente ano, fui surpreendida por familiares, amigos, colegas, etc me ligando, mandando mensagens por Whats App de que meu nome estava incluído na lista de “servidores fantasmas” da PMM.


Como cidadã honrada e advogada que sou, informo que todas as medidas judiciais estão sendo providenciadas e que não medirei esforços para provar minha inocência, bem como para que os responsáveis por esses atos sejam responsabilizados em todas as esferas admitidas. Com muita indignação e sentimento de injustiça despeço-me dos leitores dessa nota dizendo que a ineficiência administrativa de agentes públicos, seja ele qual for, não pode servir de base para ferir a honra e a imagem de cidadãos de bem.

PETÚCIA GEANNE BEZERRA FERNANDES”.

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Médico afirma que cumpre expediente na Prefeitura de Mossoró

O médico Bernardo Rosado faz contato com o Blog do Barreto através de um amigo em comum para dar esclarecimentos a respeito da inclusão do nome dele na lista de servidores fantasmas exposta pelo Ministério Público.

“Olá Bruno
Vi aquela lista do MP e fiquei estarrecido.
Para minha surpresa meu nome fazia parte dela. Virou rotina tentativas de depreciar minha imagem. Em primeiro lugar não sou médico da Prefeitura e sim do Ministério da Saúde cedido à Prefeitura . Em segundo lugar fiz o recadastramento no período determinado, caso o MP queira saber quem trabalha e quem é fantasma pode fazer uma diligência no meu local de trabalho no PAM do Bom Jardim. Tenho o orgulho de dizer que durante toda minha vida jamais pedi um privilégio para mim ou para minha família aí incluindo uma filha minha ou minha esposa.
Durmo tranquilo, sem susto , embora muitos tentem me prejudicar. Por uma parte acho até bom, porque só assim posso mostrar a lisura da minha vida e com isso deixar alguns entristecidos.
Um grande abraço”.

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Pensionista explica que está em lista indevidamente

A pensionista Margarida Maria Costa de Melo faz contato para contestar a inclusão do nome dela na lista publicada pelo Ministério Público no Diário Oficial do Estado (DOE).

“Prezado Jornalista,

Hoje fui surpreendida por amigos e familiares informando que meu nome se encontrava em uma suposta lista do Ministério Público taxada como “funcionária fantasma” da Prefeitura de Mossoró.

Diante desse lamentável e revoltante episódio envolvendo meu nome e considerando que esse veículo de comunicação divulgou/transmitiu a lista, venho esclarecer que sou PENSIONISTA da Prefeitura Municipal de Mossoró depois de ter alcançado na JUSTIÇA esse direito, através de sentença confirmada pelo Tribunal de Justiça e há muito transitada em julgado (ou seja, onde não cabe sequer mais recurso).

Ressalto que a pensão por morte foi um DIREITO que decorreu do falecimento do meu esposo, João de Melo, que em vida exerceu por longos anos o cargo de fiscal de tributos no município.

A propósito, o processo judicial – contendo pedido feito por advogado, contestação, recurso do Município e todas as decisões proferidas pelo juiz – podia e pode ser acessado por qualquer pessoa, inclusive pelos integrantes dessa “auditoria” da UERN e também pelo representante do Ministério Público que publicizou de maneira temerária meu nome como sendo uma “funcionária fantasma”.

Espero que esse episódio envolvendo indevidamente meu nome e minha imagem seja rapidamente esclarecido pelos responsáveis, pois sou uma pessoa que sempre pautei minha vida pelos ensinamentos cristãos e pela ética, sendo muito entristecedor ser exposta assim ao desprezo público.

Margarida Maria Costa de Melo”

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Diretora do Chuva de Bala acusa Carlinhos Ferdebez de provocar situações constrangedoras para o elenco do espetáculo

A diretora do espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró Diana Fontes envia carta se manifestando a respeito das denúncias do empresário Carlinhos Ferdebez. No documento, ela acusa o empresário de não cumprir compromissos financeiros e relata situações constrangedoras provocadas pelo descumprimento de compromissos por parte da Ferdebez Produções e Eventos que venceu a licitação para organizar o Mossoró Cidade Junina.

A carta é longa, mas vale a pena ler e entender a versão da artista.

Veja a carta de Diana

Jornal O Mossoroense

Att. Bruno Barreto

Mossoró/RN

Natal, 01 de outubro de 2015.

Em matéria publicada no dia 19 de setembro, domingo, o Sr Carlos da Ferdebez, relatou fatos sobre o espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró, no tocante a sua construção e processo na edição 2015. Como fui citada, não pelo meu nome, mas pelo cargo que ocupei nessa montagem, direção, me senti no dever de esclarecer e pontuar os acontecimentos.

Após a sugestão de vários nomes, fui convidada pelo Prefeito Francisco José Lima Silveira Junior, pela experiência em direção cênica, principalmente quando o assunto são Autos, religiosos ou históricos como o Chuva de Bala no País de Mossoró. Um pouco da minha trajetória enquanto direção cênica para que tomem conhecimento: Um Presente de Natal (1997 a 2015), Terra de Santana (2006 a 2008), Auto de São João Batista (2005 a 2008), Oratório de Santa Luzia (2006), Senhoras da Luz – Navegantes e Esperança (2009). Cito também, ainda muito jovem a direção corporal da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém (1979 a 1981) e peças teatrais de referência como Eqqus, Romeu e Julieta, Calígula,  Bye, Bye, Natal, entre outras ao lado de renomados diretores de Recife e da Paraíba como Rubens Rocha Filho, Eliezer Rolim, José Mário Austregésilo, José Pimentel e Paulo de Castro.

Em finais de abril em reunião com o prefeito concretizarmos o convite, e fui solicitada a apresentar um orçamento, reduzido em relação aos anos anteriores, devido ao orçamento a menor ganho pela FERDEBEZ na licitação. Dessa forma foram necessário cortes em todos os segmentos do Mossoró Cidade Junina. Em números reduzi em torno de R$ 200.000,00 em relação aos anos anteriores e com muita dificuldade, levando em consideração que estávamos num processo de criação novo, desde a música a concepção plástica e cênica. Necessário construir tudo. Tínhamos apenas o Texto, mas com nova dramaturgia. Tínhamos exatos 33 dias pra estreia! Vamos aos fatos citados.

Do Hotel:

Cheguei no dia 11 de maio e em tempo algum, exigi um Loft no Hotel Villa Oeste. Sugestão do Loft foi devido à necessidade que temos de reuniões e tempo longo hospedada.  Essa prática sempre foi utilizada nos anos anteriores pelas razões citadas. Mas com certeza nunca foi uma exigência. Apenas pedi que não me colocassem em um quarto pequeno, que fosse pelo menos um intermediário. E assim foi feito. Quanto ao Hotel Vitória, não tenho absolutamente nada contra. Inclusive já me hospedei nele, mas não aceito o desdém do Senhor Carlos na sua citação em relação ao Luan Santana. Até porque tanto eu como minha equipe, assim como todos que participaram do Chuva de Bala, do elenco ao apoio, não somos em nada inferiores a Luan Santana. Tem mais, a saída do Hotel Villa Oeste para o Hotel Vitória não se deu por valores, economia ou qualquer razão que tenham citado e sim,  por eles não terem cumprido com os pagamentos e as vezes, palavras da gerente, por sequer dar uma satisfação. O Villa Oeste, como sempre parceiro nos eventos culturais, fez um preço especial, no intuito de resolver as pendências e o mal estar causado entre a equipe, hotel e a empresa. Na semana que antecedeu o evento, pessoas vieram para os ensaios gerais e pra sair do hotel tive que pagar a conta, como eu ia ficar, porque a Ferdebez não tinha acertado o devido e dessa forma, só restava ao hotel, não permitir a saída do hóspede sem o pagamento.  Ocorreu com o nosso iluminador Adriano Nunes e com a preparadora corporal Manuelle Flor. Depois aconteceu comigo na segunda semana da temporada. Paguei minhas diárias para trabalhar.  Assim como a alimentação que a Ferdebez se recusava a pagar para a equipe que estava em Mossoró trabalhando. Sempre muito mal estar com relação a isso. No Hotel Vitória, a alimentação só foi resolvida depois que eu cheguei e fui batalhar para que autorizassem a alimentação da equipe. A noite após os ensaios, era eu que pagava a alimentação, porque a FERDEBEZ, não se pronunciava. A produção nunca nos procurou pra dizer vamos definir um lugar para o jantar, já que era após os ensaios ou espetáculos.

Aliás, as confusões causadas pela empresa, sempre foram contornadas e resolvidas, graças a interferência da Secretaria Isolda Dantas, do Prefeito e de Amélia, a primeira dama.

Dos cachês:

Creio que nesse aspecto fica extremamente difícil dialogar ou até mesmo argumentar, porque o Sr. Carlos e a FERDEBEZ não sabem trabalhar com técnicos e artistas cênicos referência no estado. De fato, impossível mesmo, porque eles não tem experiência nesse segmento e nem tinham condições de produzirem um espetáculo como Chuva de Bala no País de Mossoró. Ações que requerem atitudes e conhecimentos culturais, e isso realmente está fora dos padrões FERDEBEZ. Os shows sim, esses eles sabem produzir, valorizam e cuidam. Creio eu! Do Chuva de Bala, eles desdenharam e nos trataram sem nenhuma postura condizente com o que estamos acostumados e merecemos.

Há anos é praxe em Mossoró e isso realmente é admirável.  A atitude de só subir no palco com os cachês pagos. Acho interessante que, como já produzi vários shows grandes como Xuxa, Caetano Veloso, Gal Costa, Paralamas do Sucesso, Bibi Ferreira, entre outros em Natal e esses sequer sairiam da sua cidade sem 50% na conta e não começavam o show sem os 50% restantes. Porque essa estranheza do Sr. Carlos e da FERDEBEZ? Somos diferentes? Também estranhar os cachês? Que tudo era 5.000,00. Do elenco, os cachês maiores eram R$ 3.000,00. Tomara que no próximo seja R$ 5.000,00 mesmo. Mas do que merecido. Cachês mais do que normais para quem atua e é referencia no que faz. E antes de mais nada, nosso patamar geral, na licitação senão me engano, era de R$ 530.000,00 para o Chuva de Bala. Nem atingimos!

Da Infra estrutura Técnica 

Estreamos no dia 13 de junho sem ensaio geral. Testemunhas temos muitas. Um grande público se formou em frente ao palco pra assistir, inclusive o prefeito e equipe. Mas, infelizmente voltaram pra casa sem ver nada. Finalizamos com o elenco na madrugada e os técnicos, responsáveis que são, não dormiram. Sabem porque? O nosso orçamento para sonorização e iluminação – equipamentos, criação e execução – no primeiro orçamento era de R$ 60.000,00 e R$ 40.000,00. Valores esses que também constavam no Termo de Referência da Licitação. O Sr. Carlos da FERDEBEZ, garantiu que tinha uma pessoa que faria com todos os equipamentos solicitados na licitação por R$ 15.000,00 na Luz e 10.000,00 no Som. Claro que eu sabia que isso não seria possível, mas não pude argumentar mais. Tive que aceitar, cancelei o fornecedor e seguimos.  Na semana  anterior a estreia, como sempre começamos a montagem. Passamos 01 semana com a empresa contratada em cima do palco e nada do material. Estava sempre vindo de Assú. Não chegava a 40% do que precisávamos. Desespero total! Na véspera, fomos ao prefeito e explicamos a situação. A própria empresa local, contratada pela Ferdebez terminou confessando que não tinha o material e que a FERDEBEZ sabia. Resultado, foi necessário contratar uma empresa de Natal, às pressas e que só chegou às 20hs, hora que deveria estar tudo pronto para o ensaio geral. Acho que ele não nos conhece bem. Jamais iríamos aceitar essa situação. Inclusive espero que eles tenham pago a empresa local, porque foram também heróis.

Estreamos, sem poder avaliar a luz, o som, exaustos e felizes. Foi mais um ensaio geral do que uma estreia, mas o público aprovou então atingimos nosso objetivo.

Das tensões pós estreia

A Segunda e terceira semana das apresentações foram extremamente tensas. Os atrasos que várias vezes aconteceram e que a imprensa sem saber nos culpou, foram devido à falta de cumprimento nos pagamentos da FERDEBEZ às empresas fornecedoras.

Às 18hs, começava a nossa novela:

O gerador não liga porque não recebeu!!! Corre Diana que a Empresa de luz e som está tirando todo o material!!!! O nosso sonoplasta e iluminador agarrado com os refletores, pedindo pelo amor de Deus que não fizessem isso. A projeção mapeada na primeira semana, deu uns problemas devido a carga de energia grande para um só gerador. Tudo estava em um só gerador: luz, som e projeção mapeada. Tínhamos 02 geradores no local, mas 01 como reserva. A FERDEBEZ, indiferente se daria problema técnico com o espetáculo, não autorizava que utilizássemos 02 geradores. Todos os dias, o elenco, direção e equipe, escutava ao lado da Igreja, uma discussão sem fim, sobre ligar ou não 02 geradores ou não ligar nada, pois não tinham recebido. Só resolvia quando ligávamos para o prefeito que autorizava. Teve 01 dia que muita coisa foi retirada e tivemos que refazer tudo. Começamos com quase 01 hora de atraso. Mas os espetáculos aconteceram apesar de toda essa tensão. Nosso elenco e técnicos, foram heróis assim como os fornecedores que, mesmo com toda essa tensão, terminavam permitindo, mesmo sem saber se receberiam. Nosso eterno agradecimento a esses que foram muito mais culturais e sensíveis do que a FERDEBEZ, nosso produtor.

Conclusão

Tenho realizado grandes espetáculos desde 1997 em todo o estado. Um Presente de Natal, auto pioneiro no RN, existente desde 1997, completando nesse 2015, 18 anos de existência, Terra de Santana no Seridó, Auto de São João Batista em Assú, Nossa Senhora dos Navegantes na Redinha, Senhora da Esperança, Oratório de Santa Luzia em Mossoró, entre outros. Comecei há muitos anos em Recife/Nova Jerusalém com a reconhecida Paixão de Cristo. Foram 03 anos de grande aprendizado. Nesses eventos grandes e com muita gente sempre surgem problemas, uns maiores, outros menores, mas nunca convivi com uma empresa que não nos valorasse com a FERDEBEZ.  Foi uma experiência ímpar!  Foram situações que prefiro nem comentar.  Muito triste saber que uma empresa entra numa licitação sem se dar conta de, nesse grande evento existem vários segmentos que compõem o imaginário e  a história de uma cidade aguerrida, que valoriza e quer bem a sua tradição. Esses segmentos pra eles pequenos, mas para a cidade e pra nós de imensa grandeza, como o Chuva de Bala, fazem a diferença na cidade de Mossoró dos festejos juninos no Nordeste. Não existe cidade referência nessa esfera, que tenha uma atração do nível do Chuva de Bala no País de Mossoró há anos.  Exemplo para o nosso Rio Grande do Norte.  São ações populares, culturais, de massa, que agregam e compõem o Mossoró Cidade Junina, referência no país. Entrar numa licitação sem ter conhecimento do que estão assumindo, baixar os custos, não pagar o devido e depois gritar em voz alta, – de fato comprovadamente quando não se tem argumento e provas , se grita – acusando os que fazem parte da prefeitura, que inclusive assumiram várias competências para não comprometer o evento e a prefeitura e, esses chamar de quadrilha, é inadmissível.

O teto com base nos anos anteriores foi a menor em quase um milhão. Todos sabem disso. Como realizariam? Por isso tivemos que reduzir tudo. Pior no caso do Chuva de Bala com tudo novo. Mesmo assim, fizeram aditivos, não sei os valores, reduzimos e ainda não conseguiram pagar os devidos. Dos fornecedores em geral não sei, mas vou citar os nossos:

Emitimos para os pagamentos do Chuva de Bala, notas dos Grupos artísticos da cidade. Grupos esses representando o elenco e pessoal de base (pessoas físicas) e, pelo que sei, a última nota no valor de R$ 200.000,00, foi emitida, entregue, mas nunca foi creditado na conta do grupo. Valor esse que era para concluir com os pagamentos restantes, que foram retirados pela Ferdebez, da planilha emitida por nós.  As nossas notas eram apenas para os pagamentos do Chuva de Bala, no tocante ao elenco, criadores e apoio. Com isso criadores como Tarcísio Gurgel, Fabinho e Gideão, além do coro de vozes de cantores da cidade, estão ainda sem receber. Tarcísio Gurgel não recebeu nada dos direitos autorais. Fabinho, Gideão, Diana Fontes, Ferreiro, entre outros receberam incompletos. As empresas fornecedoras não sei, espero que tenham conseguido. Pena que tudo isso dá um prejuízo imenso ao projeto, tão significativo para a cidade, sua história, sua glória. Pena, que Tarcísio Gurgel, querido entre nós, autor consagrado, não permita mais, por falta de respeito, a utilização da sua obra. Fabinho e Gideão, não nos brindem mais com as suas melodias. As empresas pensem bastante antes de entrar numa licitação. E foi  graças a prefeitura que conseguimos realizar a temporada. Várias vezes, eu como diretora, e isso não me competia, tinha que ir a prefeitura ou a Isolda para pressionar a FERDEBEZ.

Portanto Sr. Carlos e FERDEBEZ, trate de pagar o que deve a cidade e pense bastante, tenha muito cuidado quando se refere aos artistas e criadores do Chuva de Bala no País de Mossoró ou a outros. Somos sensíveis e seu linguajar não dialoga, nos ofende.  Portanto respeite a tradição de uma cidade e Nos respeite enquanto criadores! É só isso que queremos.  Passe bem!!!

Natal, 01 de outubro de 2015.

Diana Fontes