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É hora da democracia!

Hoje é o dia da manifestação silenciosa do eleitor que vai decidir os destinos de 5.570 municípios no Brasil sendo 167 deles no nosso pequeno Rio Grande do Norte.

Durante todo período desta eleição procuramos fazer a melhor cobertura para manter o eleitor informado por meio de reportagens investigativas, análises e notícias das campanhas nas principais cidades potiguares.

Agora é a hora do eleitor decidir em quem vai votar.

Em Mossoró, a eleição para valer é a das cadeiras da Câmara Municipal onde 40 nomes estão na disputa de fato por 21 vagas no parlamento. A disputa majoritária tem ares de mera formalidade nas urnas dado o amplo favoritismo do prefeito Allyson Bezerra (UB), que deve ter a maior votação da história.

Em Natal, o quadro é de indefinição com três candidatos disputando voto a voto as duas vagas no segundo turno. Natália Bonavides (PT), Carlos Eduardo Alves (PSD) e Paulinho Freire (UB) estão na corrida. Carlos está em queda nas pesquisas enquanto os outros dois estão em ascensão.

Em Parnamirim, o quadro é de favoritismo da Professora Nilda (SDD) contra o candidato bolsonarista Salatiel de Souza (PL), que conta com o apoio do prefeito Rosano Taveira (Republicanos).

Em São Gonçalo, o quadro é de indefinição dada a disparidade entre as pesquisas que ora apontam vantagem para o prefeito Eraldo Paiva (PT) ora dão ampla margem para o ex-prefeito Jaime Calado (PSD).

Fora Mossoró, nas outras três cidades com mais de 100 mil habitantes o quadro é confuso por causa da disparidade das pesquisas.

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Agressor de mulheres tem que renunciar a presidência da OAB/Mossoró

Não há o que discutir. O presidente da OAB/Mossoró Hemerson Pinheiro agrediu a esposa ao ser flagrado por ela em uma situação extraconjugal. A mulher que estava com ele também foi agredida e foi abandonada sozinha numa calçada (tive acesso a um vídeo que mostra isso).

Hemerson merece o devido processo legal, ter o direito de defesa e a punição necessária para quem comete esse tipo de crime. Isso será na esfera judicial que tem o seu próprio tempo.

Mas na seara política a história é diferente. O caso é claro e um sujeito que faz o que ele fez não pode presidir uma entidade que tem como marca a defesa da democracia e da igualdade de direitos como a OAB.

Ele está provisoriamente afastado e teve a licença para advogar suspensa pela seccional da OAB no Rio Grande do Norte. São medidas emergenciais, mas Hemerson precisa deixar a presidência da entidade.

Se continuar, vai mergulhar a OAB num processo de desgaste e vai enfraquecer a luta contra a violência de gênero. Ele faria um grande favor à sociedade com a renúncia e aceitar que precisa lidar com as consequências deste ato.

Já existem advogados bolsonaristas passando pano para Hemerson nas redes sociais. Isso é péssimo para a luta pelos direitos das mulheres e a própria OAB.

Renuncie, Hemerson!

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Duas lutas, duas posturas diferentes dos adversários dos propositores

Existem duas lutas que ganharam corpo ao longo deste ano envolvendo os interesses de Mossoró e, acima de tudo, do Rio Grande do Norte: o Santuário de Santa Luzia e a duplicação da BR 304.

A primeira proposta foi resgatada pelo presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (SD). Lawrence recebeu apoio de grande parte da classe política do Rio Grande do Norte, inclusive de adversárias políticas como a governadora Fátima Bezerra (PT) e a deputada estadual Isolda Dantas (PT). A governadora veio a Mossoró pessoalmente garantir o apoio a proposta. Isolda fez questão de se reunir com Lawrence e representantes da Igreja Católica e garantir apresentação de emenda para o projeto.

Um raro caso de união distante da picuinha política.

Na outra ponta, a duplicação da BR 304 deveria unir católicos, evangélicos, espiritas, umbandistas, candomblecistas, agnósticos e ateus.

A proposta, que já tem projeto em fase de elaboração, pode ser acelerada caso fique entre as cinco mais votadas na enquete do “Brasil Participativo”, elaborada pelo Governo Federal.

A deputada Isolda Dantas incluiu a duplicação da BR 304 na votação e iniciou a campanha nas suas redes sociais. Em princípio, os adversários ignoraram, mas agora entraram a contragosto porque a mobilização ganhou corpo.

Cada um saiu fazendo sua defesa sem citar o nome da petista, diferentemente do que ela fez em relação a Lawrence, sem sugerir uma união em torno a proposta. O prefeito Allyson Bezerra (União) chegou a gravar um vídeo convocando a população para votar marcando o vereador Francisco Carlos (Avante) em storie do Instagram, dando a entender que a iniciativa é do parlamentar que está sugerindo que a obra comece por Mossoró e provocou a governadora para lutar por isso.

Nada contra a ideia, muito pelo contrário, mas entendo que a hora é de unir forças pela duplicação para depois discutir onde a obra deve começar.

Enquanto Isolda e Fátima abraçaram o resgate do Santuário de Santa Luzia sem objeções, os adversários delas se dividem entre o silêncio e adesão egoísta à luta.

É hora de se unir dando crédito a quem tomou a iniciativa e demonstrando maturidade política. A duplicação da BR 304 e o Santuário de Santa Luzia são obras fundamentais e interligadas.

Picuinha só atrapalha.

Clique AQUI e vote pela duplicação da BR 304.

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Não há motivos para ser arrepender de ter feito o “L”

O principal motivo para quem votou em Lula em outubro foi tirar Jair Bolsonaro do poder. Ninguém aguentava mais um fascista que celebrava a morte dia sim, dia também. Ninguém suportava um presidente eleito democraticamente que flertava diariamente com o golpismo e apequenava a função de presidente.

O Brasil estava no abismo sob o comando de um ignorante que não tinha visão de país e entregou a economia a um liberal com a cabeça presa nos anos 1980 como Paulo Guedes.

A bagunça institucional em que fomos enfiados levará anos para ser superada desde que tenhamos uma sucessão de presidentes comprometidos com o Estado Democrático de Direito.

Só isso já seria suficiente para não existir motivos para não se arrepender de ter feito o “L” e garantir a posse do governo Lula III, que completa três meses hoje.

A democracia derrotou o golpismo em 8 de janeiro; as Forças Armadas estão sendo devolvidas as suas funções; a crise do Ianomamis teve uma resposta humanitária; o Brasil está recuperando terreno na política internacional; voltamos temas relevantes como taxa de juros, desigualdade social e reformas como a tributária; o Bolsa Família está sendo reestruturado; o Programa Mais Médicos está de volta; a libertação do PPI no preços dos combustíveis está no horizonte; o Minha Casa, Minha Vida está revigorado.

Não faltam motivos para termos certeza de que fazer o “L” era a melhor opção a não ser que você preferisse que continuássemos acumulando tragédias humanitárias e a volta de fascista ao poder.

Aos poucos estamos sentindo o gostinho de ter um governo que busca ser previsível e estável, focado no desenvolvimento.

Sim. Lula fala umas besteiras de vez em quando, mas é num volume infinitamente menor que o antecessor. Aliás, políticos falam besteira. O anormal era o volume e o tipo de besteira que Bolsonaro fala.

Lula tem umas alianças ruins para ter maioria no Congresso Nacional.

Também escolheu uns ministros toscos, mas por outro lado temos gente brilhante como Flávio Dino na justiça, Fernando Haddad na fazenda, Simone Tebet no planejamento, Sílvio de Almeida nos direitos humanos e tantos outros.

Mas reflita. Diante do que tínhamos não há motivos para arrependimento do “L” feito.

Cobrar é necessário e vamos seguir cobrando, mas está bem melhor do que aquele ambiente carregado dos últimos quatro anos.

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Insistir em fake news é colaborar com os bandidos

Parte da mídia potiguar tem apostado no quanto pior melhor não importando os custos disto para a sociedade do Rio Grande do Norte que sofre há uma semana com ataques terroristas. Já são mais de 50 municípios com pelo menos uma ocorrência registrada.

As facções criminosas têm a seu favor o fator surpresa e é papel da mídia contribuir não atrapalhando o trabalho das polícias. Enquanto os policiais se desdobram para conter a onda criminosa, boa parte dos colegas disparam informações falsas, erros jornalísticos por atropelos na apuração e divulgam cartas apócrifas atribuídas ao comando do Sindicato do RN, a facção criminosa que atua para espalhar o terror no “sofrido elefante”.

Parte da imprensa age realmente de má fé. Outra parte está numa busca desenfreada para dar uma satisfação ao público de que não “passa pano” para a governadora Fátima Bezerra (PT) e nesse objetivo é que muitas vezes gente séria se mistura com os canalhas que querem tirar proveito da situação.

Esta página tem feito a parte dela evitando veicular documentos apócrifos, divulgando vídeos e informações checando após conversar com as fontes e tomando o devido cuidado para não colaborar com os criminosos.

Aqui não quero atacar o trabalho de nenhum colega em específico, mas dar um alerta sobre os procedimentos neste tipo de crise.

O caso que mais incomodou de ver foi o tratamento dado a informação sobre o artefato explosivo estourado na ponte de Igapó, na Zona Norte de Natal. A forma como a história foi repassada ao público dava a entender que uma bomba explodiu a ponte. Depois de esclarecido que se tratava de um objetivo constituído de pólvora prensada que se limitou a fazer um grande estrondo, logo surgiu uma nova confusão: usaram imagens da ponte como prova do potencial lesivo da ameaça da noite da terça-feira, dia 21. Uma ligação para a STTU esclareceria de que se tratava de um problema antigo. Hoje foi necessário o comando do Itep informar que uma perícia descartou dano ao explosivo.

Mesmo com o esclarecimento muitos não apagaram as postagens. Outros fizeram retratações tímidas e mantiveram a postagem original como se não acreditassem no trabalho dos peritos.

Quem achou que espalhando esse tipo de desinformação estava atuando para desgastar a governadora contribuiu para semear o pânico na população e fortalecer a causa dos criminosos.

Ficaremos apenas nesse exemplo para reforçar: espalhar

fake news é fortalecer os bandidos.

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Empresário envolvido em denúncia está mais preocupado com o Blog do Barreto do que com a Folha de S. Paulo

Na última quarta-feira o empresário e ex-candidato a vice-prefeito de Upanema pelo MDB Mario Lino de Mendonça Neto enviou uma nota desaforada ao Blog do Barreto por causa da matéria que repercute notícia da Folha de S. Paulo de que a empreiteira dele, a CLPT, está envolvida no Cartel da Codevasf.

“O repórter-jornalista não se pautou nos princípios éticos do jornalismo imparcial. Qualquer estagiário sabe que se deve sempre estabelecer como regra fundamental a de buscar os “dois lados” da notícia. Neste caso, o redator da matéria sequer teve a preocupação de procurar um esclarecimento ou uma posição desta empresa, demonstrando parcialidade e avidez na criação de um factóide. Também causa espécie o caráter genérico da matéria, colocando esta empresa como suspeita apenas por ser estabelecida no Rio Grande do Norte, e pelo fato de dois outros competidores da Licitação haverem dela desistido”, diz trecho da nota.

A nota é um show de patetice. Além de mau escrita abusa do “juridiquês” e de uma linguagem empolada para forçar erudição.

O que causa estranheza é que o empresário não quis responder a Folha de S. Paulo, o maior jornal do país, mas se preocupou em desferir ofensas a um humilde blog do interior do Rio Grande do Norte.

Para o empresário de Upanema, que virou notícia nacional, o Blog do Barreto pesa mais que Folha de São Paulo. Adoraríamos que fosse verdade, mas não é. Manda uma nota dessas para o jornal paulista, vai lá!

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Hoje é democracia ou barbárie

O povo vai as urnas escolher o presidente do Brasil e os governadores de 12 estados que ainda estão com segundo turno.

É a eleição mais importante de nossas vidas pelo simples fato de estarmos entre a democracia e a barbárie.

Não é sobre quem roubou ou deixou de roubar mais. Para cada mensalão temos o Tratoraço da Codevasf. Para cada Petrolão temos o orçamento secreto com pitadas de propina de um real por vacina e o esquema dos pastores no Ministério da Educação.

Temos dois projetos de país frente a frente.

Um é inclusivo, construiu universidades, fez mais de 100 escolas técnicas, tirou 40 milhões da pobreza, virou referência mundial no combate a miséria, o respeito as instituições, levou o país ao pleno emprego pela primeira vez, investiu em ciência e tecnologia, reduziu o desmatamento da Amazonia e fez o Brasil ser respeitado no planeta.

Do outro temos a volta da fome, o desrespeito as minorias, o desmantelamento da educação, a retirada de direitos trabalhistas, o negacionismo da ciência, o deboche com as mortes por covid, a predação ambiental, a desmoralização do Brasil no exterior, o desprezo pelos pobres, o preconceito, a incivilidade na política, a fábrica de crises institucionais e o desmantelo com as contas público com um abuso da máquina pública jamais visto em eleições presidenciais no Brasil.

De um lado temos quem foi preso num processo com um juiz comprovadamente parcial e sem provas (você sabe qual obra Lula ajudou a sair do papel em troca de propina?), aceitou as regras e lutou dentro da institucionalidade para voltar a ser livre e disputar as eleições. Do outro temos quem desmantela a estrutura institucional e democrática do país seguindo o roteiro do livro “Como as Democracias Morrem” para, caso eleito hoje, tentar fechar o regime.

Lula quando presidente escolhia o procurador geral da república com base em uma lista tríplice elaborada pelos subprocuradores e sempre nomeando o primeiro colocado. Bolsonaro ignora esta regra não escrita da democracia e nomeou um promotor que atua como seu advogado. Lula deu autonomia a Polícia Federal nas investigações e suportou os escândalos enquanto Bolsonaro muda o delegado que contrariar seus interesses.

De um lado tem quem criou a lei de acesso a informação e o portal da transparência. Do outro temos quem coloca sigilo de 100 anos em tudo que possa lhe causar constrangimento. Nem o cartão da vacina escapou.

De um lado tem quem defende um estado laico e o respeito a todas as religiões. Do outro temos quem abusa da fé do povo para tirar proveito político com o aparelhamento das igrejas evangélicas.

A escolha de hoje é muito fácil e esta página não vai se omitir quando o que está em jogo é a democracia. Não existe imparcialidade quando existe o risco de o país entrar numa aventura autocrata.

É Lula ou ditadura!

 

 

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Editorial: não é hora para neutralidade

Neutralidade na política e no jornalismo nunca foram virtudes, no máximo um escudo dos covardes para ficar ao lado dos mais fortes e dos que detém o poder econômico. O certo é ser justo e a justiça deve estar do lado de quem tem razão.

O no contexto atual a razão é preservar a democracia liberal, que é o melhor modelo que existe para se fazer uma nação mais justa. A democracia liberal consolidada no Brasil a partir da Constituição de 1988 permitiu aos brasileiros a estabilidade econômica com o Plano Real, avanços na saúde com o SUS, acesso a educação universalizada, programas sociais que tiraram o país do mapa da fome e a condição de pleno emprego.

O Brasil nunca foi um mar de rosas, nem muito menos politicamente pacífico. Nosso país desde a sua fundação é marcado pela violência política que ora avança, ora recua. A nossa democracia liberal é imperfeita e precisa estar em constante aperfeiçoamento, mas com ela é bem melhor do que nas ditaduras do passado.

Na nossa cultura política há uma falsa sensação de superioridade dos que se julgam neutros e imparciais, sobretudo entre os que militam na imprensa.

Mentem para si.

Não existe imparcialidade na imprensa. Não neutralidade existe na política. Existe um centro que pendula entre os lados na democracia, que escolhe um lado a depender das circunstâncias e isso é legítimo. Essas pessoas votam no que é melhor para si assim como os que são mais engajados politicamente agem.

No Brasil de outubro de 2022 o que está em jogo é muito maior do que nossas vaidades. Temos em risco a democracia. Quem já leu “Como as Democracias Morrem”, “Como as Democracias Chegam ao Fim” e “O Povo Contra a Democracia” sabe que, infelizmente, os valores democráticos não são consensuais na sociedade.

No Brasil pós-2013, o bolsonarismo emergiu como força política que aglutinou o que há de pior em termos de visão de mundo e sociedade. É uma corrente de pensamento (se é que podemos chamar assim) que combate a ciência, os valores civilizatórios e a democracia.

A polarização que já foi liberais x conservadores, PTB x UDN e PT x PSDB agora voltou a um estágio primitivo entre civilização x barbárie. Não é mais esquerda x direita, mas o direito de amar quem quiser, de comer, vestir, ter lazer, trabalhar… respirar o ar puro da liberdade.

Muita gente duvidou e segue duvidando das intenções autoritárias de Bolsonaro por mais que ele deixe tudo bem claro. Ao longo de quatro anos ele minou as instituições. Ignorou a lista tríplice da Procuradoria-Geral da República, colocando Augusto Aras que mais serve como um advogado de defesa quando deveria fiscalizar o presidente. Colocou dois ministros subservientes no STF. Ele nem disfarça ao dizer que tem 20% da corte. Com o orçamento secreto, que simplesmente institucionalizou a corrupção no país, ele controlou o Congresso Nacional.

Bolsonaro conseguiu acuar o STF aprovando PECs ilegais para reduzir artificialmente a alta dos combustíveis e pagar auxílios escancaradamente eleitoreiros. O judiciário, em outros tempos, teria aplicado a lei. Mas hoje se vê intimidado.

Nada disso é por acaso.

Em 2023, o presidente escolhido no dia 30 vai indicar mais dois ministros. Bolsonaro ainda não terá maioria na corte. A solução autoritária será aumentar para 15 a quantidade de ministros e antes mesmo da eleição ele e seus aliados falam abertamente sobre o assunto.

Com maioria no STF qualquer absurdo será considerado constitucional e será a ruína da nossa democracia.

Foi assim que Hugo Chávez acabou com a democracia na Venezuela. Foi assim que Viktor Orbán acabou com a democracia na Hungria. A receita da destruição democracia está sendo aplicada e não há como fingir que nada de grave ocorre no país.

Escolher assistir tudo isso posando de neutro ou imparcial para alimentar o próprio ego (como se isso fosse virtude) é fazer o jogo de quem quer minar as liberdades individuais no país. É hora de tomar posição, deixar o ódio ao PT de lado por um tempo e na solidão da cabine eleitoral votar em Lula que é a única alternativa para em 2026 ter a certeza de que se tudo der errado nos próximos quatro anos teremos uma nova oportunidade para mudar novamente.

Não existe imparcialidade e neutralidade ainda mais quando é a democracia que está em jogo.

A escolha nunca foi tão fácil!

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Chegou a hora do poder emanar do povo

Hoje o povo brasileiro vai as urnas decidir o futuro do país pelos próximos quatro anos e aqui no nosso Rio Grande do Norte 2.554.727 eleitores irão as urnas definir quem vai governar o Estado, nos representar no Senado, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa.

São 34 cargos em jogo, mas o foco principal é na disputa majoritária. Em se confirmando o que as pesquisas indicam a governadora Fátima Bezerra (PT) quebrará um tabu de 16 anos e se reelegerá no primeiro turno.

Com a gestão marcada pelas dificuldades causadas pela pandemia da covid-19, crises na saúde e pela retomada do equilíbrio fiscal com a consequente colocação dos salários em dia, Fátima cozinhou a campanha em fogo brando mantendo a disputa morna e não permitindo que seus principais adversários conseguissem polarizar com ela.

O senador Styvenson Valentim (PODE) deve ser o segundo mais votado fazendo uma campanha inusitada em que não usou fundo eleitoral e renunciou ao tempo de TV. O desempenho dele humilha o candidato da oposição Fábio Dantas (SD) cuja imagem atrelada ao governo de Robinson Faria era um sinal claro de uma campanha que tinha tudo para fracassar. Para evitar o vexame ele precisou a abraçar o bolsonarismo na reta final.

Se surpreender e ficar em segundo estará no lucro.

A disputa mais emocionante será a do Senado com o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) disputando voto a voto com o ex-ministro Rogério Marinho (PL). O deputado federal Rafael Motta (PSB) corre por fora em uma eleição imprevisível.

Bem diferente da eleição para presidente em que o ex-presidente Lula (PT) deverá ter uma ampla maioria sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio Grande do Norte.

O que foi escrito aqui é resumo do que as pesquisas mostram, mas a hora da verdade vais ser logo mais às 17h quando a votação finalizar e a apuração iniciar.

Aí sim o poder emanará do povo!

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Blog do Barreto prova com notícias da época e projeto de lei que Fábio Dantas propôs demissão de servidores em 2017

Ontem o Blog do Barreto registrou que o ex-vice-governador Fábio Dantas (SD) tem um histórico de propor demissão de servidores. Hoje mais cedo ele enviou uma nota dizendo que esta página mentiu ao noticiar isso e nos desafiou a provar com o projeto que ele propôs demissões.

Pois bem! O desafio foi aceito.

Este operário da informação não tem compromisso com o erro e quando faz uma crítica se baseia nos fatos. Então vamos a eles.

No início de março de 2017 o então governador Robinson Faria (na época no PSD) viajou para a China deixando no exercício do cargo Fábio Dantas (na época do PC do B) com a missão de enviar para a Assembleia Legislativa no dia 3 de março daquele ano um pacote de propostas impopulares, entre elas a que estabelecida o reajuste dos cargos comissionados que tinha no artigo 3º a seguinte redação:

“As despesas decorrentes desta lei correrão à conta das dotações do Poder Executivo no Orçamento Geral do Estado e serão compensadas com a extinção de gratificações de representação de gabinete (CRG) e demissão de servidores não estáveis, na mesma proporção”.

A não ser que o atual candidato ao Governo do RN não tenha sido um vice-governador que assumiu o executivo estadual interinamente e não se chame Fábio Berckmans Véras Dantas a assinatura não será dele.

Na época o projeto provocou reações de sindicatos.

Segundo cálculos do então presidente do Conselho Regional de Economia (CORECON/RN) a proposta teria como efeito prático a demissão de 14 mil servidores não estáveis. “Não somos contra o aumento salarial dos cargos comissionados que atuam há mais de 10 anos sem reajuste, mas não podemos aprovar dar um cheque em branco para que o Governo possa, a qualquer momento, demitir quase 14 mil servidores públicos que não têm estabilidade. Não podemos sacrificá-los para, em troca, aprovar o aumento dos pouco mais de 3 mil comissionados. Não seria mais prático diminuir os muitos contratos terceirizados ou os servidores em Regimes da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT dos órgãos extintos?”, disse na época o presidente do Corecon Ricardo Valério.

Após pressão dos sindicatos foi fechado um acordo no dia 7 de março em que foi suprimido o artigo 3º do texto original.

Ou seja: Fábio Dantas assinou sim um projeto de lei em que se pedia a demissão de servidores públicos não estáveis.

E quem são os servidores públicos não estáveis? São funcionários que não se enquadraram nos requisitos para receber estabilidade no ato de promulgação da Constituição Federal de 1988.

Se tratava de servidores antigos, em vias de se aposentar, o que torna a proposta ainda mais cruel do ponto de vista social.

Reunimos o texto original assinado por Fábio Dantas e algumas notícias da época para mostrar que o ex-vice-governador tentou repor a verdade contando uma mentira cabeluda.

Seguem os links:

Ofício 141-2017 com o projeto que previa demissão de servidores

https://www.corecon-rn.org.br/2017/03/07/conselho-de-economia-e-servidores-publicos-pressionam-alrn-sobre-demissao-de-funcionarios-e-aumento-de-salario-para-comissionados/

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2017/03/al-analisa-lei-que-aumenta-salarios-de-servidores-comissionados-do-rn.html

https://www.janeayresouto.com.br/fabio-dantas-pcdob-encaminha-para-assembleia-legislativa-mensagens-que-extermina-com-o-servico-publico-e-os-servidores-estaduais-ativos-inativos-e-pensionistas/

https://www.janeayresouto.com.br/al-analisa-lei-que-aumenta-salarios-de-servidores-comissionados-do-rn/

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/governo-altera-projeto-que-previa-demissa-o-de-servidores-sem-estabilidade/373628