No dia 12 deste mês a ex-deputada Sandra Rosado anunciou que está se aposentando das disputas eleitorais. A decisão teve baixíssima repercussão e reflete a baixíssima votação que ela recebeu na eleição de outubro.
Sandra não foi qualquer deputada. Foi uma das mais atuantes que o Rio Grande do Norte teve, mas isso parece ter ficado numa memória distante da opinião pública potiguar.
Noves fora a antipatia que o sobrenome Rosado provoca hoje em dia, ela merecia um fim de carreira a altura do que foi como parlamentar.
O principal legado de Sandra para Mossoró foi a atuação para a Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Foi dela a autoria da lei que garantiu a criação do curso e a articulação para os recursos.
O curso de medicina está prestes a completar 20 anos.
Na Câmara dos Deputados, Sandra fez história. Foi ela quem liderou as articulações para que a coordenação da bancada feminina tivesse assento no colegiado de líderes da casa.
Em 2009, Sandra se tornou a primeira mulher a participar de uma reunião com os líderes das bancadas. Em 2011 ela retornou ao colegiado desta vez na condição de líder do PSB, um dos principais partidos do país.
Outra atuação marcante dela como deputada foi a relatoria na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP)do Projeto de Lei 7279/2010, que regulamentou a profissão de diarista. Ela ainda teve atuação importante na PEC das Domésticas e da redução alíquota do INSS para os trabalhadores domésticos. Ainda na área trabalhista foi relatora da lei que regulamentou as profissões de cabeleireiro, barbeiro, manicuro e pedicuro.
Foram 146 leis relatadas, 138 projetos de lei apresentados e, destes, nove se transformaram em normas jurídicas.
Apesar do bom desempenho parlamentar, Sandra teve um fim melancólico em disputas eleitorais. Em 2 de outubro recebeu 6.760 (0,36%) votos, sendo 3.254 (2,48%) em Mossoró, bem distante do desempenho em seu auge como deputada federal.