Ontem o Projeto de Lei 2630, conhecido como PL das Fake News, foi retirado de pauta da Câmara dos Deputados a pedido do relator Orlando Silva (PC do B/SP). O ato é uma demonstração do triunfo da mentira.
Em vez de debatermos a real motivação da proposta que é a formatação de uma legislação para responsabilizar as big techs, donas das redes sociais, sobre a divulgação de notícias falsas, discurso de ódio e golpes financeiros, a extrema-direita conseguiu impor a sua pauta com o debate sobre se a proposta era ou não censura.
A pressão das big techs com aliança objetiva do bolsonarismo surtiu efeito. Não há um único trecho que trate de censura na proposta, muito pelo contrário, há reafirmação da liberdade de expressão como um direito humano como é direito humano de receber informações verdadeiras.
O PL das Fake News virou um embate entre o direito de enganar e o direito de não ser enganado e a extrema-direita venceu.
Nem parece que só esse ano tivemos um golpe de estado fracassado motivado por mentiras espalhadas nas redes sociais, 35 crianças perderam a vida em escolas a partir de ações inspirada em discursos de ódio na internet, que pessoas caem em golpes financeiros a partir de post s patrocinas e que existe uma rede social chamada “discord” que tem como marca o incentivo a automutilação de adolescentes.
A mentira, por enquanto, triunfou.