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Análise

No debate entre os candidatos ao Governo do RN o sono venceu

Foi uma luta ficar até mais de meia noite assistindo o debate entre os candidatos ao Governo do Rio Grande do Norte na Intertv.

Primeiro pelo formato engessado e ultrapassado usado pela emissora que usou em dois blocos os sorteios de temas quando deveria deixar os candidatos livres para escolher os assuntos que gostariam de abordar.

Abro aqui um parêntese: o modelo da Band em formato de sabatinas é mais interessante porque garante que todos os adversários façam perguntas entre si.

Parêntese fechado. Volto a análise.

A má qualidade das abordagens dos temas feita pelos candidatos foi imperativa. De forma geral ninguém se destacou. Fátima Bezerra (PT), em vias de vencer no primeiro turno foi o alvo principal, e se limitou a se defender das críticas. O senador Styvenson Valentim (PODE) seguiu sua pregação antipolítica e até surpreendeu colocando o dedo em algumas feridas do governo petista usando dados do Portal da Transparência. Fábio Dantas (SD) teve um desempenho pífio a ponto de sequer olhar para câmeras, exagerando no gestual e falando num ritmo acelerado que lembrava o saudoso Eneas Carneiro. Ele também mostrou dificuldade em respeitar as regras do debate se irritando com respostas de adversários a ponto de levar um “carão” da mediadora Emily Virgílio.

Danniel Morais (PSOL) virou uma espécie de versão potiguar do “Padre Kelmon”, candidato a presidente, servindo em alguns momentos como linha auxiliar de Fátima. Já Clorisa Linhares (PMB) ficou marcada por não saber pronunciar corretamente o nome do município vizinho ao de sua principal base política (Grossos) chamando Tibau de “Tibau do Norte” em diversas oportunidades.

O debate foi de dar sono. Foi difícil assistir sem “pescar”.