Por Emanoel Barreto
O ex-vice-presidente-e-ex-presidente-interino-Michel-Temer deixou tal situação para enveredar por caminho agora mais vexatório: ele, você deve se lembrar, havia se queixado em carta a Dilma quanto à sua condição de “vice-presidente decorativo”. Agora ficou pior. Agora o ex-vice-presidente-e-ex-presidente-interino-Michel-Temer deixou de ser decorativo para ser presidente terceirizado.
Bem pior, não é mesmo? Agora o ex-vice-presidente-e-ex-presidente-interino-Michel-Temer é caudatário do PSDB, que não brinca em serviço. Sim, e ele também deverá atender aos puxões de orelha do centrão. A terceirização implica obediência. Ou faz ou racha.
Como se deu a terceirização: o partido tucano, como não pôde assumir o protagonismo com o golpe terceirizou ao ex-vice-presidente-e-ex-presidente-interino-Michel-Temer encargo e label de passar uma vassoura nos direitos trabalhistas e fazer escoar a Petrobras ao capital internacional, além de garantir ao capital rentista mais lucros e gorduras.
Mais claramente: o ex-vice-presidente-e-ex-presidente-interino-Michel-Temer é aquele sujeito que vai passar à história como o obediente mandatário, o obreiro do desmonte, o jardineiro da desertificação.
Assim, como presidente terceirizado, cuja parceria com o PSDB tem data certa para acabar – 2018 está ali na esquina e o PSDB vai demiti-lo – o ex-vice-presidente-e-ex-presidente-interino-Michel-Temer sabe que vai arrostar todos os desgastes decorrentes dos ataques aos trabalhadores, enquanto o tucanato ficará à espreita e – não tenha dúvida –, lhe fará oposição oportunista e tática sempre que julgar necessário.
Resumo: o ex-vice-presidente-e-ex-presidente-interino-Michel-Temer continua como decorativo ao assumir sua condição de presidente terceirizado. E o que é pior: não tem mais a quem mandar carta lamentando sua desdita.