Audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa revelou que a 3R Petroleum que comprou o Polo Potiguar, que inclui a Refinaria Clara Camarão, está atuando como mera importadora de gasolina no Rio Grande do Norte.
O gerente de novos negócios da 3R Petroleum, Kim Pedro, explicou que o foco da refinaria está no querosene de aviação. “A nossa refinaria só produz Querosene de Aviação. Ao processar o petróleo, os produtos e quantidades geradas são: 7% de Nafta (NDD); 11% de querosene de aviação; 16% de diesel com alto teor de enxofre (que não é o que consumimos); e 66% de óleo combustível (que é um preto, viscoso, destinado a grandes embarcações e motores específicos). Portanto, o único produto que conseguimos entregar de maneira pronta ao mercado é o querosene de aviação. Os demais dependem totalmente da importação e da cadeia logística de abastecimento internacional”, revelou.
A respeito da formação de preços da companhia, Kim Pedro esclareceu que estão incluídos os componentes de commodities (diesel ou gasolina dos mercados de origem, que podem ser Estados Unidos ou Europa); a logística internacional (frete marítimo), para que o produto saia da origem e chegue ao terminal de Guamaré; a cotação do dólar ou euro; e os custos de internalização.
Além disso, ele demonstrou, através de gráficos, que houve crescimento na demanda brasileira por diesel e gasolina, além da capacidade de refino existente no País, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
“Desde junho, quando a 3R adquiriu o Polo Potiguar e o ativo industrial de Guamaré, nós tivemos uma oscilação na ordem de 30% no custo do diesel, no mercado internacional; e de 15% no preço da gasolina; os fretes aumentaram entre 30 e 48%. Portanto, esses são os principais fatores que lastreiam os contratos da 3R com as distribuidoras para a formação de preço, e esse procedimento pode ser consultado no nosso site, semanalmente”, acrescentou.
A 3R Petroleum comanda os Polos Potiguar e Macau no Rio Grande do Norte. Kim ainda disse que o pagamento de Royalties em Macau subiu depois da privatização, mas dados divulgados na semana retrasada pela Femurn apontam queda de 60% naquele município.
Com informações da Assecom/ALRN.