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Até quando maus gestores vão se encobrir sob o manto já fadado da pandemia?

Por Caio César Muniz*

É certo que a pandemia ainda em voga, lógico que em uma dimensão imensamente menor, nos deixou sequelas que ainda perdurarão por muitos anos, sem contar as saudades imensas de tantos quantos nos deixaram neste (naquele) momento tão único para tantas gerações.

Convenientemente, naquele tempo (e neste), a pandemia, no entanto, foi (e continua) sendo utilizada convenientemente por maus políticos, gestores públicos para justificar suas incompetências e falta de sensibilidade.

Quando foi conveniente, encheram as “burras” de dinheiro para investir (ou não) em setores prioritários, como a Saúde, óbvio, mesmo com várias denúncias aqui e algures de falta de equipamentos básicos, como máscaras e até a retirada de um bônus para quem se colocou na linha de frente no combate a Covid-19. Isto aconteceu em Mossoró.

Na Educação, professores ficaram dois anos sem reajuste anuais, oficialmente definido pelo Ministério da Educação (MEC) e não disseram sequer um “piu”, na esperança em que, passados os dias mais difíceis, os gestores tivessem um olhar mais justo para com estes profissionais.

Fizeram de suas casas salas de aula, utilizaram a sua internet, seus equipamentos, trabalharam fora dos horários, tudo por aplausos e elogios vãos, afora propagandas sempre pomposas e caras e soluções mirabolantes e inócuas.

Ainda na linha das suas conveniências e irresponsabilidades, agora maus gestores continuam se cobrindo sob o manto já fadado da pandemia para negar direitos para aqueles que viveram aqueles dias difíceis na esperança de reconhecimento além de aplausos e elogios vãos.

E a Justiça, ah, a Justiça! Nem sempre justa! Nada cega, a primeira a fechar as portas e a última a abrir na pandemia, fica ao lado dos maus gestores, como um pai inconsequente que encobre os maus-feitos dos maus-filhos. Isto aconteceu em Mossoró.

A pandemia não passou e não vai passar tão cedo, principalmente para quem a usa para encobrir suas incompetências e falta de bom-senso. E o pior, para isto não tem sequer qualquer vacina!

*É jornalista.

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