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A quaresma, o cristianismo e o perdão

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Por Tales Augusto*

“Havia ao lado de Jesus dois bandidos, o bandido bom e o bandido ruim, o bom mudou…” Ouvi muitas pessoas na minha infância falando isso, correções! Não havia dois bandidos, eram três. Outra correção, não eram dois bandidos (excetuando nesta explicação Jesus) onde havia um bom e um ruim, mas um que se arrependeu, houve conversão.

Drauzio Varella recentemente abraçou uma encarcerada que cometeu um crime hediondo, onde a pedofilia e outras ações estavam envoltas.

Contudo, ele não sabia que a detenta tinha cometido isso, mas tirem-me uma dúvida, o tal “amai ao teu próximo como a ti mesmo” aonde fica?

Em plena Quaresma estou lendo muitos cristãos condenando o Médico, já a detenda para muitos deles deveria era ser morta, antes torturada, é claro. Para que possamos fazer o que fizeram com o bandido Jesus?

Tento entender o CRISTIANISMO que muitos de nós diz seguir. Se a detenta está pagando sua pena perante a sociedade, quem somos nós para novamente a condenar, por acaso alguns de nós somos igual a DEUS?

Um assassino de cristãos chamado Saulo de Tarso se converteu e por ele, principalmente por causa de São Paulo hoje conhecemos a palavra de Deus.

Desculpem, mas é impossível ser Cristão sem acreditar no perdão e menos ainda sem perdoar. Se não fazermos isso, somos assim como muitos fariseus, verdadeiros Sepulcros Caiados. Doutores da Lei sem nada de realmente cristão em nós! “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” é a passagem do Bom Samaritano. Enquanto os ditos justos, corretos, corriam para não assistir aquela pessoa que fora agredida. Ele recebera ajuda justamente de um habitante da Samaria (sou um relés Historiador e pouco conheço a Bíblia), região má vista pelos demais seguidores de Iavé.

E hoje, a detenta paga pelo seu crime, mas queremos também condenar o médico que estava lá num trabalho jornalístico é fato, mas também de humanização.

Acredito que nós cristãos saibamos que Barnabé teve coragem de abraçar um cúmplice de um apedrejamento de um cristão márti, ele conseguiu abraçar Paulo, o maior disseminado da palavra de Deus)Jesus

A família da criança morta jamais será a mesma, Deus esteja sempre com ela e a conforte. Mas este Deus é o mesmo que perdoa, que veio ao mundo enquanto homem, onde o Verbo se fez carne e habitou entre nós? Que nos pregou “perdoar 70 X 7”?

Deus tenha piedade de nós!

*É professor do IFRN