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Styvenson relata casos de suicídio e automutilação entre policiais

O senador Styvenson Valentim (Pode-RN) alertou esta semana para um fenômeno silencioso e que deve ser objeto de políticas públicas urgentes por parte do Estado: o suicídio e a automutilação de policiais civis e militares. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que em 2018 mais policiais foram vítimas de suicídio do que assassinados no horário de trabalho. Foram 104 casos. Os casos de automutilação não são registrados oficialmente.

“Por ser capitão da PM eu convivi com uma classe que não procura ajuda para não parecer fraca. A gente precisa achar essas pessoas. Se formos esperar eles procurarem o serviço, vamos perder muito tempo e eles podem perder a vida. Eu liguei para testar o 188 e passei 27 minutos para ser atendido. Se a pessoa já está impaciente, como vai esperar tanto tempo?”, questionou Styvenson.

Atento ao aumento do número de suicídios no Rio Grande do Norte, principalmente entre policiais, o senador Styvenson Valentim (Pode-RN) fez vários questionamentos aos especialistas convidados para debater o tema. Em abril deste ano, o Senado Federal aprovou a Lei nº 13.819, que instituiu a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, a ser implementada pela União, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

A proposta da audiência, que contou com o apoio do senador Styvenson Valentim, teve como principal objetivo compreender quais os principais gatilhos que levam ao comportamento autodestrutivo e quais as ações que estão sendo realizadas ou podem ser adotadas no Brasil para agir de forma preventiva e diminuir estes os índices de automutilação e suicídio. Especialistas representantes de diferentes ministérios do Governo, estiveram presentes e falaram da preocupação sobre o tema.

“Estamos conscientes da subnotificação e da morosidade para a implementação de políticas que solucionem esse grave problema. Criamos a Campanha Acolha a Vida que pode ser acessada pelo site do Ministério dos Direitos Humanos e estamos articulando outras ações para serem realizadas em todo o país, em diálogo com outros ministérios”, esclareceu o representante do Ministério dos Direitos Humanos, Antônio Rafael da Silva Filho.

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Psicóloga alerta para importância da prevenção ao suicídio

 

Criada no Brasil em 2015, a campanha Setembro Amarelo buscar a conscientização da sociedade sobre a prevenção do suicídio. É uma iniciativa importante e trata de um tema que deve ser discutido diariamente. Afinal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 45 minutos, um brasileiro tira a própria vida.

“Esse número assusta e estimula para que mais pessoas se mobilizem pela prevenção dessas mortes precoces. Mas apesar dos avanços, ainda temos que quebrar muitos tabus, preconceitos e vergonhas que são adversários nessa luta”, destaca a psicóloga do Hapvida, Mariana França.

A especialista atenta que o suicídio é um assunto complexo e que ninguém tira a própria vida por um único motivo. Por isso, a importância da prevenção. “É preciso permitir que as pessoas, independentemente de sua idade, possam desabafar e falar sobre seus sentimentos, sem receber críticas condenatórias, que as levem a buscar a morte como solução para suas dores”, explica psicóloga.

Isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades que antes gostava, descuido com a aparência e higiene, piora no desempenho da escola ou trabalho, alterações no sono e no apetite e uso repetitivo de frases como “quero desaparecer”, “estou atrapalhando todo mundo” e “queria dormir e nunca mais acordar” são sinais que devem ser observados como atitudes que podem levar ao suicídio

“As tentativas de suicídio e o suicídio são um ato de comunicação. Quem tira a própria vida, fala sobre o ato antes e, muitas vezes, está, na realidade, tentando se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável”, alerta Mariana França.

A orientação é procurar tratamento profissional ao primeiro sinal que aponte perda de interesse pela vida. “Existe esperança, tem tratamento adequado e uma luz no fim do túnel”, conclui a psicóloga.

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Deputado do RN se reúne com ministra Damares

Motta discute projeto de prevenção ao suicídios na ponte de Natal (Foto: Christiano Brito)

O deputado federal Rafael Motta (PSB/RN) se reuniu nesta terça-feira, 28, com a ministra da Mulher, dos Direitos Humanos e da Família, Damares Alves em busca de soluções para a instalação de equipamentos de segurança na Ponte Newton Navarro. Cartão-postal de Natal, a ponte de 55 metros de altura tem altos índices de autoextermínio. O parapeito gradeado não é suficiente para impedir reiteradas tentativas de suicídio.

A Política Nacional de Prevenção da Automutilação e Suicídios, sancionada em abril deste ano, prevê a cooperação entre União, estados e municípios. Nesse sentido, Rafael Motta irá apresentar uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a fim permitir a alocação de recursos federais para prevenção de suicídio em pontes administradas pelas prefeituras e governos estaduais. Essa iniciativa permite o envio de emendas parlamentares e a realização de convênios com a União.

“Infelizmente, outros estados e municípios são acometidos dessa mesma tragédia. A nossa intenção é de solucionar o problema em Natal, mas também abrir a possibilidade para outras localidades que sofrem do mesmo mal”, justifica o parlamentar.

A proposta foi bem aceita pela ministra Damares, que se comprometeu a articular com os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, da Cidadania, Osmar Terra, a aprovação da emenda, além da destinação de recursos para o projeto feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/RN) e pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RN) do Rio Grande do Norte.

A instalação de placas de vidro laminado no parapeito da ponte está orçada em R$ 2,7 milhões e melhora a segurança mantendo a beleza do projeto arquitetônico. “Foi uma audiência muito satisfatória pela disposição da ministra Damares em ajudar Natal. Estamos vendo a mobilização da sociedade civil, que tem feito um trabalho extraordinário para evitar essas mortes, os parlamentares do Rio Grande do Norte, o governo do estado e a prefeitura buscando saídas. Com o apoio do governo federal, conseguiremos uma solução definitiva”, afirmou Rafael.