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Destino de Fernando Freire ainda é incerto

O ex-governador Fernando Freire e a família não estão seduzidos pelo conforto prometido pelo Centro de Detenção Provisória de Apodi. Eles lutam para continuar com mais privilégios. Nem parece que se trata de um cidadão com mais de 80 anos em condenações por corrupção.

O empenho é manter o ex-governador no Quartel Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar, um privilégio para quem tem sentença a cumprir.

Quem comete crime e é condenado tem direito a privilégio não. Mas no Brasil é sempre assim.

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Tapa na cara de Mossoró

Cada vez mais inspirado em Claudionor dos Santos (PMDB), o presidente da Câmara Municipal Jório Nogueira (PSD) deu outra bola fora na hora de escolher seus homenageados na sessão solene que será realizada daqui a pouco em alusão ao 30 de setembro.

Uma das homenageadas é a primeira dama Juliane Faria, que também é secretária de trabalho e ação social. O momento não poderia ser pior. O maior patrimônio do Governo do Estado em Mossoró, a UERN, está sendo tratado com desdém pelo marido dela.

Ontem na  Assembleia Universitária que celebrou os 47 anos da UERN, Robinson nem veio nem mandou representante. Mas… Jório acha que a esposa desse governador que vira as costas para a UERN merece uma homenagem. Logo ela que nunca fez nada pela cidade. Em nove meses como secretária só veio a Mossoró participar de uma solenidade.

Nada contra Juliane. Só entendo que além de ela não ter nada a apresentar o povo de Mossoró, o momento é inadequado para ela receber esse tipo de honraria.

Sem contar que foi a pedido de Juliane Faria que Socorro Batista foi demitida do cargo de secretária adjunta de educação justamente por ter cobrado uma solução do governador para a greve da UERN.

Isso só reforça o desgaste do vereador que um dia falou que os graduados na UERN não sabem fazer um “o com uma quenga”.

Jório dá um tapa na cara do povo de Mossoró no mesmo nível que Claudionor dos Santos deu quando concedeu título de cidadania a Graça Foster. Justo ela, a presidente da Petrobras no período em que a estatal encolheu os investimentos na cidade.

Lamentável.

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Critério de afinidade

É comum em qualquer parlamento do mundo a concessão de honrarias. Acho justo que pessoas que fazem algo por um determinado lugar recebam o reconhecimento.

Mas a banalização das honrarias incomoda o cidadão. Nos tempos em que Daniel Gomes era vereador qualquer pastor de fora ou cantor evangélico que viesse a Mossoró recebia um título de cidadania até que um dia o plenário foi obrigado a praticar a deselegância de rejeitar uma dessas homenagens.

Mas esse foi um lapso de bom senso perdido na década passa. A Câmara Municipal é perdida nesse sentido. Chegou ao absurdo de, através de uma proposição de Claudionor dos Santos (PMDB), conceder título de cidadã a Graça Foster. Justo ela que não só nunca veio a Mossoró como foi a presidente da Petrobras responsável por diminuir o peso da estatal na economia da cidade. Puro masoquismo.

Para aumentar o constrangimento, Foster nem veio nem muito menos mandou representante.

Homenagem sem merecimento provoca repulsa mesmo quando é para figuras que beiram a unanimidade como o poeta Dorgival Dantas que tem o respeito até de quem não gosta de forró.

Dantas será homenageado hoje com título de cidadão mossoroense por sugestão de Jório Nogueira (PSD). Fica aberta uma série de perguntas: qual a contribuição do artista para o povo de Mossoró? Ele divulga a nossa cidade por onde anda? Tem alguma obra social por aqui? Gera empregos? A resposta em todos os casos é não. O máximo que ele faz é vir aqui duas ou três vezes por ano trazer um pouco de lazer para nós. Vem, se apresenta e vai embora com o dinheiro no bolso do cachê.

Na capital em meados da década passada, às vésperas do Carnatal, cantores de axé como Ricardo Chaves, Cláudia Leitte e Durval Léllis receberam títulos de cidadão natalense. O povo se revoltou.

Por coincidência o polêmico título de cidadão para Dorgival Dantas acontece às vésperas de uma vaquejada cuja parte festiva tem nele uma das atrações principais.

Lamento a ingratidão da Câmara Municipal com seus filhos. Eu mesmo já sugeri a vários vereadores, inclusive o próprio Jório Nogueira, que colocasse nomes de ruas homenageando o jornalista Nilo Santos e o radialista Nazareno Martins. Não era amigo de nenhum dos dois, mas entendo que ambos merecem esse reconhecimento.

Até hoje eles nunca tiveram seus nomes eternizados como tantos outros que se estabeleceram por aqui que seguem gerando empregos e colaborando com a nossa sociedade e são ignorados.