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Previsão para o próximo trimestre é de chuvas com volumes de normal a acima do normal

O ano de 2022 vem apresentando bons volumes de chuvas no Rio Grande do Norte e a previsão é que, para este último mês do ano, dezembro e os primeiros meses de 2023, o cenário permaneça com volumes de chuva de normal a acima do normal. Dados do Sistema de Monitoramento Hidrometereológico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) registram tendência do Fenômeno La Niña com o esfriamento das águas do oceano Pacífico, na faixa equatorial e o aquecimento do oceano Atlântico associado a atuação de sistemas metereológicos. Essas condições são determinantes para a formação e ocorrência de chuvas.

“Diante desse cenário apresentado pela tendência dos oceanos Pacífico e Atlântico, os próximos meses, dezembro/22, janeiro e fevereiro de 2023, é de que as chuvas ocorram dentro da condição de normal a acima do normal, com grande variabilidade nas distribuições temporal espacial pois os sistemas meteorológicos (Vórtices Ciclônicos de Ar Superior, Frentes Frias e Linhas de Instabilidade), que atuam nesse período são transientes e de baixa previsibilidade tanto no local e tempo de atuação”, comentou o chefe da unidade instrumental de Metereologia da Emparn, Gilmar Bristot.

Sobre as temperaturas, a média prevista para o Estado no próximo trimestre deve variar entre a mínima de 27,6ºC e 36,4°C. “O potiguar já tem sentido gradativamente mais calor em relação aos meses anteriores. No dia 21 o verão começa no Hemisfério Sul. Neste período é esperada a diminuição das nuvens no céu e há o consequente aumento da exposição solar”, explicou o meteorologista.

Análise dos próximos três meses

Pela climatologia, dezembro, primeiro mês da pré-estação chuvosa no Rio Grande do Norte, é o que menos chove no segundo semestre. A previsão chuvas médias no estado é de 16 milímetros (mm). Para as regiões Oeste, Central, Agreste e Leste o volume de chuva esperada é de 16,8mm, 15,4mm, 11,6mm 20,4mm, respectivamente “Normalmente as chuvas observadas em dezembro apresenta valores entre 1,0mm a 20, 30 mm, com maiores valores apresentados na região do Alto Oeste, Vale do Assú e Litoral Leste”, explicou Bristot.

Para janeiro de 2023, a média prevista para o estado é de 67,3mm. Bristot explica que “o mês apresenta índices que variam entre 20mm a 100mm em algumas áreas localizadas nas regiões Oeste e Litoral Leste. Na maior parte do estado predominam valores entre 20mm a 40mm. As chuvas deverão ficar próximo do normal”.

Já em fevereiro de 2023, primeiro mês da estação chuvosa, o volume de chuvas começa a elevar no interior, com acumulados entre 100mm e 150mm nas regiões Oeste e Seridó Potiguar. A média esperada é de 88,4mm para o estado, 116,7mm para o Oeste Potiguar, 89,3mm para o Litoral Leste Potiguar, 81,8mm para região Central Potiguar.

O sistema de monitoramento pode ser acessado pelo site emparn.rn.gov.br, aba meteorologia ou meteorologia.emparn.rn.gov.br.

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Mossoró registra chuvas irregulares em 2021

Período chuvoso foi menor do que o esperado (Foto: Elisa Elise)

Levantamento da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SEADRU) mostrou que o período chuvoso em Mossoró alcançou 92,7% da média esperada que é de 612,6 milímetros. De acordo com professor responsável pelo departamento de Meteoreologia, Alciomar Lopes, choveu entre janeiro e junho desse ano na Capital do Oeste 568,1mm. Mesmo assim, o período chuvoso no município foi considerado irregular no ano vigente.

O titular da SEADRU, Faviano Moreira, disse que a distribuição de chuva que ocorreu de forma irregular em Mossoró proporcionou uma safra também irregular. Ele destacou que quem realizou o plantio cedo de suas culturas teve uma considerável perda na safra, enquanto quem deixou para plantar um pouco mais tarde foi possível fazer parte da colheita.

“Para aqueles produtores que realizaram o plantio cedo de suas culturas ocorreu uma perda de safra muito grande. Para aqueles produtores que realizaram o plantio um pouco mais tarde foi possível fazer colheita de parte da safra. Tecnicamente o município de Mossoró perdeu 50% da safra. Não foi questão de falta de chuva e sim de irregularidade. Choveu quase 600mm, sendo que destes quase 450 foram em somente 45 dias. O período chuvoso foi muito irregular. Essa irregularidade causou essa perda de safra para quem fez plantio cedo. Para quem plantou em fevereiro, no começo de março ocorreu a perda de safra”, explicou.

Por conta dessa perda, Faviano Moreira explicou que alguns agricultores do município tiveram acesso a programas para amenizar o impacto do prejuízo com a irregularidade das chuvas. “Alguns agricultores do município tiveram acesso ao Seguro-Safra ou Programa Garantia Safra, que é justamente quando ocorre perda de safra por situação de estiagem. No nosso caso foi a irregularidade das chuvas no período”.

O destaque ficou para os meses de março, abril e maio. O volume acumulado em 44 dias chegou a 447,7 milímetros, o que equivaleu a pouco mais de 78% de todo o volume registrado na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte no período chuvoso. Fevereiro também teve acumulado de chuvas acima dos 100 milímetros.

Já os meses de janeiro e junho registraram os menores acumulados do ano. O primeiro e sexto mês de 2021, respectivamente, registraram, apenas 9,3 milímetros de chuvas em todo o período.

RIO GRANDE DO NORTE – As análises da Empresa de Pesquisa Agropecuária Rio Grande do Norte (EMPARN) apontaram que Rio Grande do Norte registrou 90,2% abaixo do volume médio de chuva esperado para o mês de junho. A expectativa era de um volume médio de 90,2 milímetros (mm) porém, o estado registrou apenas 9,0mm.

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Chuvas: RN registra 90,2% abaixo do esperado em junho

Segundo mês de junho mais seco em Natal desde 1978 (Foto: Elisa Elsie)

O Rio Grande do Norte registrou 90,2% abaixo do volume médio de chuva esperado para o mês de junho. A expectativa era de um volume médio de 90,2 milímetros (mm) porém, o estado registrou apenas 9,0mm, de acordo com as análises da Empresa de Pesquisa Agropecuária Rio Grande do Norte (Emparn).

As análises registraram ainda que junho de 2021 é o segundo mês de junho mais seco da história da capital potiguar. Em Natal, choveu somente 56mmm, quando o esperado era um volume acima de 300mm.

O vento seco, oriundo do Atlântico Sul, associado a baixa umidade predominou durante todo o mês dificultando a ocorrência de chuvas.

“O volume médio de chuvas no mês de junho/2021 em Natal, só perde para o mês de junho de 1978, quando choveu 18mm na capital”, avaliou o chefe da unidade instrumental de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.

Além de prejudicar a atividade agrícola, a ausência de chuva comprometeu o carregamento do manancial hídrico do estado. “Desde abril, quando comumente aumentam o volume das chuvas nas regiões leste/agreste, não estamos tendo recarga dos mananciais o que pode trazer problemas de abastecimento no segundo semestre de 2021”, comentou Gilmar Bristot.

As demais regiões do estado registraram volumes médios abaixo do esperado para o período: Oeste (91,5%), Central (96%), Agreste (94,9%) e Leste (86,5%).

Previsão – Para o mês de julho, a previsão é das chuvas seguirem abaixo do normal, com predominância no litoral, de dias nublados porém sem perspectivas de chuvas intensas.

“A previsão indica que as chuvas que ocorrerem vão se localizar mais em outros Estados como Pernambuco, norte da Bahia e Alagoas. Aqui no RN, a previsão é de dificuldades na formação da chuva devido a condição de alta pressão do Atlântico Sul que não está liberando ventos leste/sudeste capazes de trazer umidade e melhorar a condição de chuva”, disse.

Em relação a sensação térmica o potiguar está sentindo temperaturas um pouco mais frias, especialmente nas madrugadas e início das manhãs. “A temperatura não ultrapassou os 29°C na última semana e deve permanecer desta forma no restante do mês. Em agosto, quando as temperaturas abaixam um pouco mais, especialmente no interior em regiões Serranas- como Martins e São Miguel- os termômetros podem chegar a 16°C ou abaixo disso”, considerou Bristot.

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Confira o Boletim das chuvas no RN

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Chuvas foram acima de 150 milímetros (Foto: Web/Autor não identificado)

As chuvas deverão continuar a cair no Rio Grande do Norte durante os próximos dias. Os ventos, em altos níveis da atmosfera, sobre a parte central da América do Sul seguem intensos e, associados com a formação de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e ao aquecimento das temperaturas do oceano Atlântico favorecem a ocorrência das chuvas.

“As chuvas mais intensas que caíram nesta madrugada (09), ocorreram de modo bem distribuído nas diversas regiões do RN, especialmente nos municípios próximos ao leito do rio Potengi. No litoral ocorreram descarregas elétricas. As chuvas mais intensas devem migrar para o interior a partir de hoje”, analisou o chefe da Unidade de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Gilmar Bristot.

Os próximos dias, de acordo com a previsão, o potiguar terá dias nublados com pancadas de chuva ao amanhecer e anoitecer no litoral leste, e no interior do estado as chuvas deverão ocorrer durante as tardes e as noites.

Boletim diário

O município de Barcelona (Agreste), foi o que registrou o maior volume de chuvas com 157,7 milímetros (mm), seguido por Ceará Mirim (Leste), com 140mm, das 7h da manhã de ontem (08) até às 07h da manhã de hoje (09). Natal registrou 59,9mm e Mossoró, 6,7mm. O boletim completo pode ser acessado por meio do site emparn.rn.gov.br, aba Meteorologia.

Balanço das chuvas

A primeira semana de 2020 já registrou chuvas acima de 100 mm, como no município de Luis Gomes, com 114 mm. “Seguindo esta tendência, em 2020 devemos ter um inverno melhor no interior do RN, mas ainda dentro da média histórica”, considerou Bristot.

A expectativa dos meteorologistas é que a chuva acumulada no período de janeiro a março registre, no Oeste, 390,7mm; Região Central, 307,0mm; Agreste, 234,8mm e Leste 319,0mm.

Em 2019 a média do volume de chuvas no RN foi de 777,7 mms. Os municípios com maiores precipitações foram Natal (Agreste), com 1726,4; Martins (Oeste) com 1.415mm, Janduís (Oeste) com 1.039,5mm, Alto do Rodrigues (Oeste) com 900,4mm. Já em 2018, a média foi de 743,5 mm.