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Rogério venceu em dois terços das cidades do RN listadas pela CGU como lugares onde houve superfaturamento de obras da Codevasf

O senador Rogério Marinho (PL), líder do bolsonarismo no Rio Grande do Norte, venceu em seis das nove cidades potiguares listadas pela Controladoria Geral da União (CGU) como lugares onde houve superfaturamento de asfalto em obras da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Rogério foi eleito senador em 2022 com 41,85% dos votos válidos sob suspeitas de aparelhamento da estatal para fins eleitorais, acusação que não prosperou na Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte, embora existam várias reportagens apontando para o atendimento de prefeitos nos municípios através da distribuição de equipamentos.

Rogério venceu em Tangará com 47,77%, Lajes com 45,49%, Jaçanã com 54,07%, Lagoa Nova com 41,70%, Parelhas com 43,94% e Lajes Pintadas com 47,27%.

Perdeu em Santa Cruz por apenas 43 votos para Carlos Eduardo que também venceu em Currais Novos onde contava com o apoio do bem avaliado prefeito Odon Junior (PT). Ainda assim a diferença foi de somente 623 votos.

A única das cidades listadas apontadas com superfaturamento pela CGU onde Rogério foi muito mal é Campo Redondo. Lá ele teve apenas 15,07% dos votos válidos, ficando em terceiro lugar. Rafael Motta (na época no PSB) sobrou com 68,94%.

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RN está entre os Estados com superfaturamento de obras da Codevasf

Portal 98 FM

Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que a estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) superfaturou o preço do asfalto utilizado em obras de dez Estados do País. Entre eles, está o Rio Grande do Norte.

A CGU calculou em R$ 7,3 milhões o prejuízo pela “inobservância de parâmetros normativos”, como a espessura e a aderência dos pavimentos.

No caso do RN, amostras foram coletadas em obras realizadas nos seguintes municípios: Tangará, Lajes, Campo Redondo, Jaçanã, Santa Cruz, Lagoa Nova, Parelhas, Currais Novos e Lajes Pintadas. Os contratos foram firmados em 2020, durante o Governo Jair Bolsonaro.

“Restou demonstrada a baixa capacidade da Codevasf de acompanhar adequadamente as obras de pavimentação analisadas, especialmente quanto aos requisitos de qualidade”, afirma a CGU no relatório, concluído em maio e publicado na sexta-feira (26).

A Codevasf disse que “apontamentos e recomendações” de órgãos de controle, como a CGU, são observados pela companhia. “Obras que apresentem imperfeições ou inconformidades são objeto de notificação às empresas responsáveis, com vistas à correção”, informa a estatal.

A auditoria foi realizada em parceria com uma empresa especializada em análise de qualidade de asfalto. A CGU comparou os resultados da perícia com os termos dos contratos celebrados pela Codevasf para a realização de obras de pavimentação em 12 Estados do País. Por meio dessa comparação, foi constatado que, em dez obras, a qualidade do material estava inferior às especificações dos contratos.

Os estados onde foram constatadas obras com algum tipo de irregularidade são: Amapá, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Sergipe, Tocantins, Piauí e Pernambuco.

Segundo o relatório da CGU, o desperdício de verbas públicas não ocorre apenas pelo sobrepreço do material contratado, mas também pela menor vida útil do pavimento e pelos maiores custos com manutenção das vias.

“Para além do prejuízo decorrente do superfaturamento, o dano provocado à administração pública é muito maior, tendo em vista que a baixa qualidade dos pavimentos executados implicará em maiores custos de manutenção, além da perda precoce dessas obras, comprometendo a efetividade das entregas estatais”, diz o relatório.