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Reitor do IFRN lembra como foi vítima do “amor” dos bolsonaristas pela liberdade: “desrespeitam a vontade do povo”

Eleito reitor do IFRN em 2019 José Arnóbio de Araújo Filho deveria ter tomado posse em abril de 2020, mas foi impedido por uma manobra bolsonarista comandada pelo deputado federal General Girão (na época no extinto PSL, hoje no PL).

A alegação é que ele respondia um Processo Administrativo (PAD) movimento por membros do MBL porque num evento da igreja católica no campus do IFRN de Natal foi colocada uma banquinha “Lula Livre”. Arnóbio era diretor do campus. No lugar dele o professor bolsonarista Josué Moreira foi nomeado “pró-tempore” e logo apelidado de “interventor”.

Na verdade, era só intolerância do bolsonarista por Arnóbio ser filiado ao PT. Ontem em um post em que o editor desta página se referia a hipocrisia do discurso de “liberdade” do bolsonarismo, o reitor lembrou do drama que viveu.

“Bruno, por falar nisso, os defensores da liberdade desrespeitam a vontade do povo, quando nomeiam interventores, no lugar dos Reitores eleitos pela comunidade acadêmica. Esse povo é realmente amante da liberdade. Tem mais não respeitam a liberdade religiosa”, provocou.

Arnóbio sofreu nos descaminhos do judiciário e só conseguiu tomar posse em dezembro de 2020, com seis meses de atraso.