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Ao estilo Bolsonaro, reitora tenta golpear eleição da Ufersa e se defende de críticas atacando jornalistas

A reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) Ludmilla Oliveira decidiu tumultuar o processo eleitoral da instituição ao adiar a reunião do Conselho Universitário (Consuni) da instituição que vai homologar a lista tríplice a ser enviada ao presidente Lula (PT).

A reitora alegou existir denúncias contra o processo eleitoral envolvendo a inclusão de mulher que não é professora da instituição na lista de docentes aptos a votar, inclusão de alunos especiais da pós-graduação na lista de votantes e a existência de um aluno matriculado no dia da eleição que alega direito a voto.

Ludmilla alegou que como reitora não poderia deixar de apurar as denúncias e para isso acionou a Polícia Federal. “Agora, como gestora, como servidora pública não posso fazer diferente, essa é a verdade! Há tempo suficiente, para a formação da LISTA TRÍPLICE e até agora, não entendi que desespero é esse, que não se pode aguardar a finalização dessas denúncias , até porque pelo próprio relatório da SUTIC, não temos hoje como obter lista de votantes do dia da votação e a quantidade de matrículas pode ter sido mais que uma, pois o SIGELEIÇÃO, não tem como fazer esse controle. Então, se fomos oficialmente provocados temos que responder”, alegou.

A atitude provocou forte reação negativa no meio acadêmico e várias críticas de jornalistas de Mossoró como o editor desta página, Saulo Vale e Magnos Alves.

A reitora, reagiu bem ao estilo Jair Bolsonaro, que a exemplo dela também tentou melar as eleições, atacando os jornalistas.

“Primeiro para não cair no ridículo como @blogsaulovale, não passar vergonha como @magnos.alves, e invocar o Leão da Tribo de Judá como fez @blogdobarreto de maneira desvairada. Além, do comportamento desprezível de pessoas, querendo falar em derrota e golpe, enfim, preciso respeitar o analfabetismo funcional de quem não quer saber a verdade. Teve até Deputada Estadual, deixando suas ocupações para se promover com o assunto. Respeitem à Reitora, ela só cumpre o seu papel, como servidora pública”, disparou nas redes sociais.

Essa é a terceira derrota de Ludmilla em disputas pela reitoria da Ufersa. Em 2020, ela ficou em terceiro lugar e só foi nomeada porque Bolsonaro não aceitou a vitória de Rodrigo Codes, que este ano mais uma vez venceu a eleição.

Nota do Blog: a reação da reitora não vai ficar sem resposta.

Confira o Relatrio_Pericial

Confira o ofício da Reitora adiando a reunião do Consuni 

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Professor que sofreu “golpe” na década de 90 poderá virar reitor da Ufersa

Em 1991 a então Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM) escolheu uma chapa para dirigir a instituição, mas foram os derrotados que ascenderam ao poder.  No voto a Chapa 2 (“Autonomia na Luta”) venceu a Chapa 1 (“Unidade na Luta”) 568 x 414. O diretor seria José Torres Filho, mas a manobra colocou Joaquim Amaro no posto. O episódio ficou conhecido como  “Golpe na ESAM”.

Torres em 1991 (Imagem: reprodução)

Agora, mais de 30 anos depois, a história dá uma impressionante reviravolta. Com a iminência da destituição de Ludmilla Serafim do cargo de reitora da Ufersa (veja mais sobre isso aqui), o mesmo José Torres Filho poderá ser reconduzido ao cargo de reitor pro tempore por ser um dos doutores mais velhos em atividade na universidade. Segundo o próprio Torres, além dele também existe outro professor na mesma condição.

“Vamos aguardar a decisão do CONSUNI e ver o que é melhor para a instituição”, comentou com ponderação o docente ao ser procurado pela reportagem do Blog do Barreto.

Confira na íntegra o  documentário “Democracia, um sonho distante. A história de luta da ESAM contra o golpe de 1991”, que conta a história do golpe na ESAM.