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Vice-prefeita e presidente de Câmara Municipal estão em condição de foragidos da justiça

Após uma denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), a Justiça potiguar determinou o afastamento dos cargos da vice-prefeita Damária Jácome (PP) e de Laete Jácome (PP), presidente da Câmara Municipal de João Dias por 180 dias.

Os dois, que são pai e filha, são acusados de terem cometido extorsão contra o atual prefeito da cidade, para que ele renunciasse ao cargo e a vice assumisse a Prefeitura local. Além do afastamento, a Justiça também decretou as prisões preventivas dos políticos, que já são considerados foragidos. A denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário e os foragidos agora são réus em ação penal.

O prefeito eleito em 2020, temendo pelas ameaças que vinha sofrendo da vice-prefeita e do presidente da Câmara Municipal, renunciou em 27 de julho de 2021. As ameaças de morte eram dirigidas ao prefeito e à família dele. Em outubro passado, após o prefeito eleito entrar com pedido para retomar o cargo, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte determinou o retorno dele à chefia da gestão de João Dias.

Além da vice-prefeita e do presidente da Câmara, as ameaças sofridas pelo prefeito eleito eram formuladas por três irmãos dela. Dois deles morreram em confronto com a polícia durante o cumprimento de mandados de prisão. Um outro está preso.

O crime de extorsão cometido pelo núcleo familiar é investigado pelo MPRN na operação Omertà. O MPRN também apura o envolvimento da família com outros crimes. Na segunda-feira (19), o MPRN deflagrou a operação Omertà II, com o objetivo de combater o crime de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outros crimes, com várias movimentações bancárias em empresas de fachada. A Justiça determinou o sequestro de R$ 1.770.090 de integrantes do grupo investigado. A ação cumpriu dois mandados de prisão e outros seis, de busca e apreensão no RN, e ainda nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A vice-prefeita e o presidente da Câmara Municipal de João Dias são considerados foragidos de Justiça. O MPRN disponibiliza o Disque Gaeco (84) 98863-4585 e o e-mail denuncia@mprn.mp.br para quem tiver informações sobre o paradeiro deles. O sigilo é garantido pelo MPRN.

Omertà II

A operação Omertà II apura o envolvimento do grupo investigado com lavagem de dinheiro, entre outros crimes. A pedido do MPRN, a Justiça potiguar determinou o sequestro de R$ 1.770.090 de integrantes do grupo investigado na operação Omertà II. A ação foi deflagrada na segunda-feira (19).

De acordo com as investigações, o grupo é suspeito de lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outros crimes, com várias movimentações bancárias em empresas de fachada. Uma dessas empresas é uma revendedora de veículos da cidade potiguar de Água Nova, que não possui mais do que 3.500 habitantes. Essa revendedora possui apenas um veículo cadastrado junto ao Detran/RN, mesmo tendo movimentado mais de R$ 6 milhões em apenas 2 anos.

Segundo já apurado pelo MPRN, a empresa de fachada recebeu entre os anos 2020 e 2021 um total de 238 depósitos no valor de R$ 2.000, totalizando R$ 476.000, e ainda 109 depósitos bancários no valor fechado de R$ 5.000, o que totalizou R$ 545.000 no mesmo período. Para o MPRN, esse dinheiro é proveniente de crimes cometidos pelo grupo e era lavado nessa empresa.

No Rio Grande do Norte, foram cumpridos mandados nas cidades de João Dias, Água Nova e Nísia Floresta.

A operação Omertà II contou com o apoio dos Ministérios Públicos dos Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul e também das Polícias Civil e Militar do Rio Grande do Norte. O nome da operação é uma referência ao termo que define um código de honra de organizações mafiosas do Sul da Itália, que apregoa as regras do silêncio e da solidariedade entre criminosos do mesmo grupo.

Fonte: MPRN

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Prefeito do RN renuncia e é substituído por vice ex-foragida da justiça que chegou a ter irmãos procurados pela Interpol

Nova prefeita tem histórico chegou a ficar foragida da justiça em plena campanha eleitoral (Foto: Nosso Paraná)

Eleito por uma maioria de apenas 46 votos nas eleições de 15 de novembro de 2020, Marcelo Oliveira (PP) renunciou a cargo de prefeito da cidade de João Dias, distante 372 Km de Natal.

A renúncia foi publicada no Diário Oficial da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN).

Esta é a segunda renúncia de prefeito do interior do RN no espaço de pouco mais de um ano. Outro caso foi de Lilito Monteiro (MDB) em Rodolfo Fernandes.

O que chama atenção no caso de Marcelo é que ele será substituído por Damária Jácome (PP), que em plena disputa eleitoral do ano passado esteve na condição de foragida da justiça. Ela é investigada pela acusação de envolvimento em milícia privada, receptação e posse ilegal de arma de fogo.

Damária foi empossada pelo pai, Laete Jácome (PP), que é presidente da Câmara Municipal de João Dias. Ele também esteve na condição de foragido da justiça em pleno processo eleitoral do ano passado, mas ainda assim foi o vereador mais votado da cidade cm 310 votos (11,65%).

Ele é acusado de chefiar uma organização criminosa.

Durante as investigações a Polícia Civil encontrou na casa de Laete R$ 15.535,00; duas espingardas calibre 12, com 100 munições do mesmo calibre; dois rifles de calibre 38, com 103 munições do mesmo calibre; e três pistolas calibre 380, com 80 munições.

Os problemas da Jácome não param nos políticos. Pelo menos três irmãos da nova prefeita de João Dias possuem mandados de prisão pela Interpol, a Polícia Internacional.

São eles:

Francisco Deusamor Jácome de Oliveira, de 37 anos;

José Romeu Jácome de Oliveira, 34;

Leidjan Jácome de Oliveira, 36.

Eles foram presos

Além dos irmãos, o cunhado, Carlos André Freire da Silva, 45 anos, foi preso recentemente após ser procurado pela Interpol por sete anos. Ele tem uma condenação de 2018 a 12 anos 10 meses de prisão por tráfico internacional de drogas.

Saiba mais em:

https://agorarn.com.br/ultimas/prefeito-de-municipio-do-rn-renuncia-cargo-e-alvo-do-mpe-e-da-deicor-assume-posto/

https://www.bol.uol.com.br/noticias/2020/10/23/rn-candidata-vice-prefeita-procurada-milicia-posse-ilegal-arma.htm