Mais bolsonarista do que nunca o ex-ministro Rogério Marinho (PL) seguiu a tese do presidente Jair Bolsonaro (PL) que minimiza o crime político ocorrido em Foz do Iguaçu no dia 10 de julho quando o policial penal federal Jorge Guaranho matou o guarda municipal Marcelo Arruda que comemorava aniversário de 50 anos com a temática do PT.
À Veja, Marinho disse que a vítima é Bolsonaro por ter sido esfaqueado em 2018 tentando minimizar a influência do discurso do presidente que prega a violência política. “O presidente da República tem uma postura que desagrada ao politicamente correto, ele não tem filtro, ele fala o que pensa”, afirmou Marinho, acrescentando que Bolsonaro diz a “verdade”, disse. “Nós sabemos e você sabe fazer o filtro, que isso é uma questão figurada e superlativa. É fuzilar no sentido de ganhar a eleição, de retirar as pessoas do governo, ele não falou no sentido de matar, de dizimar. Aliás, vou reiterar. Quem sofreu violência política foi o presidente, que foi esfaqueado”, argumentou.
Já em outra entrevista, desta vez à 98 FM, Rogério Marinho duelou com a realidade ao negar o cunho eleitoreiro da PEC Kamikaze, que aumentou os auxílios sociais até 31 de dezembro e defendeu que os programas sociais reduzam após 1º de janeiro de 2023. ““A Constituição excepcionaliza a calamidade e a emergência. Define um período em que isso ocorre. A emergência não é um estado permanente. É episódico, circunstancial. O que todo mundo espera? Que essa guerra (na Ucrânia) consiga ser concluída até o fim do ano. O que o mundo inteiro espera? Que o desarranjo da cadeia logística que ocorreu no mundo possa ser diminuído até o fim do ano. Todos os países do mundo estão tomando medidas circunstanciais, episódicas, não apenas o Brasil”, justificou.
Em resumo: Rogério Marinho quer ser eleito senador defendendo medidas que só valem até 31 de dezembro e normalizando a violência política.