Um grupo de 28 reitores e vice-reitores eleitos e não empossados de institutos e universidades federais lançou uma carta aberta em defesa da democracia e da autonomia universitária que vem sendo desrespeitada pelo presidente Jair Bolsonaro.
O texto classifica os escolhidos pelo presidente como interventores:
Até que ponto uma intervenção pode sufocar e até mesmo levar à morte esses espaços educacionais que eram reconhecidos, anteriormente, apenas pela qualidade da formação dos Estudantes, pela inovação de suas práticas e pela capacidade e formação de excelência de seus Corpos Docentes e Técnico-Administrativos? A pergunta é pertinente, pois o clima de medo, a ameaça de punições arbitrárias e o adoecimento físico e mental de suas Comunidades são apenas algumas das formas já percebidas de respostas individuais e coletivas ao sufocamento lento, invisível e inaudível imposto pela atitude governamental antidemocrática.
No Rio Grande do Norte a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) teve a terceira colocada na consulta à comunidade acadêmica transformada em reitora. No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) hoje completa um ano que o professor José Arnóbio de Araújo filho venceu a eleição, mas está impedido de tomar posse por causa de uma liminar que sustenta com base numa Medida Provisória que caducou.
A situação impacienta professores do IFRN como Tales Augusto que ontem interpelou o reitor pró-tempore Josué Moreira (confira no vídeo abaixo):
Arnóbio e o reitor eleito da UFERSA Rodrigo Codes assinam o documento.