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RN tem a segunda maior redução da taxa de desocupação do país

A taxa de desocupação do Rio Grande do Norte no segundo trimestre de 2023 foi de 10,2%, caindo 1,9 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre deste ano (12,1%) e 1,8 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (12%). O RN apresentou a segunda maior queda percentual na taxa de desocupação do Brasil, atrás apenas de Brasília (-3,2%). Outros sete estados acompanharam os resultados com quedas estatisticamente significativas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua trimestral, divulgada hoje (15) pelo IBGE.

Dentre as sete maiores taxas de desocupação no país, cinco são de estados do Nordeste, tendo Pernambuco a maior taxa (14,2%), seguido pela Bahia (13,4%). O RN ficou com a sétima maior taxa do país (10,2%).

A taxa de desocupação por sexo foi de 8,6% para os homens e 12,5% para as mulheres no segundo trimestre de 2023, acima das médias nacionais (6,9% para homens e 9,6% para mulheres), mas abaixo das médias regionais (9,7% para eles e 13,6% para elas). Já a taxa de desocupação por cor ou raça foi de 8,8% para brancos, 8,4% para pretos e 11,5% para os pardos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino fundamental incompleto ou equivalente (14,2%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados, seguida pelo grupo de pessoas com ensino médio incompleto ou equivalente (13,8%). Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,5%, enquanto para o nível superior completo, 7,2%. Nacionalmente e regionalmente, as taxas de desocupação para o nível superior completo são consideravelmente menores, 3,8% e 5,2%, respectivamente.

Percentual de desalentados no estado cai no segundo trimestre de 2023

 O percentual de desalentados no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, bem acima da média nacional de 3,3%, conferindo ao RN a 4ª posição entre os estados com maior percentual de pessoas desalentadas. Piauí (13,8%), Maranhão (12,6%) e Alagoas (12,2%) tinham os maiores percentuais de desalentados, enquanto os menores estavam em Espírito Santo (1%), Rio Grande do Sul (0,9%) e Santa Catarina (0,4%). Se comparado ao último trimestre (9,5%), o Rio Grande do Norte teve uma queda de 1,5 p.p. em sua população desalentada no segundo trimestre de 2023.

São considerados desalentados aqueles que não estavam trabalhando nem procuraram emprego nos últimos 30 dias, mas que declararam ter interesse e disponibilidade para trabalhar na semana em que foram entrevistadas. Entre os indisponíveis estão aqueles que, embora tenham declarado interesse em trabalhar, não teriam condições de assumir uma vaga na semana anterior à que foram entrevistados por motivos diversos, como: estudo, afazeres domésticos e cuidado de filhos ou dependentes.

Taxa de Informalidade no RN cai em relação ao primeiro trimestre do ano, mas ainda está acima da média nacional

A taxa de informalidade para o Rio Grande do Norte no 2º trimestre de 2023 variou negativamente em 1,8%, saindo dos 45,9% no primeiro trimestre para 44,1% no segundo. A média nacional foi de 39,2%, sendo as maiores a dos estados do Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%), e as menores, as de Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%). Das 1,3 milhões de pessoas ocupadas do estado, 587 mil são trabalhadores informais. No trimestre passado eram 598 mil pessoas na condição de informalidade.

O percentual da população ocupada no RN trabalhando por conta própria caiu 0,3 p.p. no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, ficando em 26,8%, enquanto os empregados cresceram 0,8 p.p. chegando aos 69%. O maior percentual de trabalho continuou sendo do estado de Rondônia (37,8%) e o menor do Distrito Federal (19,9%). A média nacional neste mesmo índice foi de 25,5%.  Entre os empregados, o percentual com carteira assinada no estado foi de 32,6%, sendo 30,2% destes do setor privado, 1,3% de trabalhadores domésticos e mais 1,1% de empregados celetistas do setor público. Todas as modalidades de tipo de empregado com carteira assinada referidas anteriormente apresentaram incremento no percentual em relação aos resultados do primeiro trimestre, sendo de 0,2%, 0,4% e 0,2% respectivamente.

O rendimento médio real mensal habitualmente recebido em todos os trabalhos no RN caiu R$ 24,00 se comparado ao último trimestre, indo para R$ 2.131,00. De janeiro a março de 2023, esse valor havia sido de R$ 2.155. Já a média nacional para o segundo trimestre foi de R$ 2.921,00. O Rio Grande do Norte teve o terceiro maior rendimento do Nordeste (R$ 2.131,00) no segundo trimestre, ficando atrás do Piauí (R$ 2.289,00) e de Sergipe (R$ 2.135,00). Bahia e Maranhão apresentaram os menores rendimentos da Região, R$ 1.836,00 para ambos os estados.

Fonte: IBGE